Bissexualidade: O que é?
Apesar de ser a maior parte da comunidade LGBT, os bissexuais também são os menos confortáveis com sua sexualidade. E isso acontece devido ao fato de as pessoas simplesmente não acreditarem neles.
Por exemplo, em um estudo que foi pago por ninguém menos do que o famoso jornal The New York Times, com o título (em tradução livre) “Direto ao ponto: Gay ou não?”, pesquisadores decidiram testar se os homens bi estavam ou não dizendo a verdade usando uma máquina projetada para medir a sua excitação e mostrando-lhes pornôs gays e pornôs héteros.
Se uma garota em um bar diz a um cara que ela é bissexual, há uma chance significativa de sua reação ser uma sobrancelha levantada e uma série de cenários de filmes pornográficos passando em sua mente. Se um cara diz a seus amigos que ele é bi, a reação tende a ser um “ah, então você é gay”. Numa época em que a compreensão e aceitação da homossexualidade está lentamente se tornando conhecimento geral, muitas pessoas ainda pensam que a bissexualidade é apenas um hobby sexy ou coisa de “gente sem vergonha”.
Antes de julgar, é melhor a gente entender do que realmente se trata esta opção sexual.
5. A maioria das pessoas parecem pensar que a bissexualidade não é real
3,1% dos adultos dos Estados Unidos se identificam como bissexuais, em comparação com apenas 2,5% que se identificam como gays ou lésbicas. Por outro lado, enquanto que cerca de três quartos de todos os indivíduos gays já saíram do armário, apenas 28% de todos os bissexuais se assumem, e apenas 12% dos homens bi se identificam abertamente como tal.
Apesar de ser a maior parte da comunidade LGBT, os bissexuais também são os menos confortáveis com sua sexualidade. E isso acontece devido ao fato de as pessoas simplesmente não acreditarem neles.
Por exemplo, em um estudo que foi pago por ninguém menos do que o famoso jornal The New York Times, com o título (em tradução livre) “Direto ao ponto: Gay ou não?”, pesquisadores decidiram testar se os homens bi estavam ou não dizendo a verdade usando uma máquina projetada para medir a sua excitação e mostrando-lhes pornôs gays e pornôs héteros.
Eles descobriram que todas as pessoas que afirmavam ser bi ficavam significativamente mais excitadas por um ou outro vídeo e, assim, aparentemente, estaria provado que eram gays ou não.
Claro, um terço dos homens não ficaram excitados com nenhum dos vídeos. Mas nem por isso foram identificados como assexuados.
Então por que os pesquisadores se permitiram tirar conclusões com um mínimo de dados? Afinal, convenhamos: esse parâmetro não diz lá muita coisa.
É assim que funciona a percepção de bissexuais
Ela simplesmente não funciona. Na consciência coletiva, existem coisas como a fusão de duas criaturas mitológicas existentes, como uma sereia, em vez de uma combinação real que existe, como um garfo. As pessoas definitivamente gostariam de rotular umas as outras em parâmetros simples, tipo preto ou branco, quando na verdade existem alguns 50 tons de cinza entre esse intervalo.
Obviamente, a comunidade bissexual ficou muito sentida com a “pesquisa” promovida pelo jornal. Isso, então, levou o New York Times a fazer um artigo que tinha como missão provar que bissexuais existem sim. Em última análise, o artigo concluiu que os bissexuais existem (obviamente – porque eles existem) e estão por aí – na verdade, por toda a parte.
Bissexuais não estão apenas lutando contra a ciência do reconhecimento. Mesmo dentro da comunidade LGBT, bissexuais são largamente marginalizados e ignorados.
4. Tem gente que acha que os bissexuais são pessoas que “topam qualquer negócio”
Se um personagem de novela é bi, há uma boa chance de que ele esteja fazendo mais sexo do que qualquer outra pessoa (como o personagem de Olivia Wilde na série House). E por que não? Como os bissexuais podem se divertir com praticamente qualquer pessoa, é apenas lógico que eles saiam por aí fanfarrando com todo mundo, certo?
Claro que não. Infelizmente, algumas pessoas acreditam que bissexuais topam qualquer negócio, a qualquer hora, sem tempo ruim. Outras acham que ter um relacionamento com uma pessoa bi não é sustentável porque essa pessoa não seria confiável – já que ela poderia estar dando em cima de qualquer um.
Essa corrente de desconfiança está errada
A maioria das pessoas veem a sexualidade feminina, por exemplo, como algo maleável. Há um tipo de insegurança de que como a pessoa pode desfrutar de relações íntimas com ambos os sexos, então ela tem que obrigatoriamente desfrutar do sexo com ambos os sexos. Como se isso fosse algo natural e subentendido.
E depois há a suspeita de que com todo o sexo promíscuo que os bissexuais fazem, eles devem ser uma verdadeira fonte de doenças sexualmente transmissíveis. Não é à toa que a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, teve que gastar dinheiro pesquisando para provar por a + b que bis não são mais propensos a carregar pragas na virilha do que qualquer outra pessoa.
3. Todo mundo acha que um bi está sempre pronto para um sexo a 3
Ah, o Santo Graal da exploração sexual: o sexo a 3. Dizem por aí que isso é o que as pessoas fazem quando elas não estão exatamente prontas para participar de uma orgia real. E isso seria algo como um treinamento.
O problema óbvio, no entanto, é que, para ter o máximo de prazer, alguém precisa estar pronto para alimentar ambos os equipamentos. Caso contrário, você ficará apenas sentado, à espera da sua vez, enquanto as outras duas pessoas se divertem.
De acordo com relatos de uma mulher homossexual que concedeu uma entrevista ao site Cracked, ela precisa ser extremamente cuidadosa na hora de escolher com quem vai sair. Se afirmar como bissexual parece um convite para sexo a três e uma série de “brincadeiras” do tipo “quem sabe um dia?”.
Ainda segundo ela, é ainda pior online. Colocar “bi” no perfil garante que você vai ser inundada com pedidos de sexo a três, em sua maioria por homens, mas também por um bom número de meninas.
2. Se um homem se diz “bi”, as pessoas simplesmente o consideram como “gay”
*SPOILER ALERT* Se você assistiu House of Cards, você sabe que o personagem Frank Underwood é um pervertido quando o assunto é sexo. Ele sai com uma mulher muito mais jovem (e agora muito mais morta) que ele, faz alusão a vários casos que tem com o pleno conhecimento de sua esposa, e no final da segunda temporada, faz uma mini orgia com sua esposa e seu guarda-costas.
Agora vá para o Google e pergunte: “Frank Underwood é gay?” e “Frank Underwood é bissexual?”. Você vai descobrir que o primeiro termo tem 6 vezes mais buscas que o segundo.
Não importa quantas vezes vemos Frank com Zoe ou carinhosamente beijando e acariciando sua esposa; ele beijou um cara por meio segundo uma vez em 26 episódios e, BAM, ele deve ser gay #comcerteza.
Se você assistiu ao seriado Sex and The City, deve se lembrar do episódio em que Carrie (a protagonista), namora um cara bissexual, mas afirma que ele estava apenas no caminho da homossexualidade. No final, ela termina com ele porque percebe que ele está vivendo em uma fase de experimentação e se diz muito velha para “seus joguinhos”.
1. Ser bissexual não implica em ter relações com todos os sexos igualmente
Este talvez seja o ponto central de confusão que gera todos os mal entendidos que falamos acima. As pessoas realmente precisam de rótulos para colar nas pessoas, como se eles fossem uma coisa fácil se de estabelecer. Assim, mesmo se alguém está disposto a aceitar que a bissexualidade é uma coisa, elas querem que isso signifique exatamente o que o nome diz: que eles preferem igualmente ambos os sexos. Mas esse raramente é o caso.
É mais ou menos assim: eu gosto de maçã e banana. Mas eu prefiro banana.
Inclusive, a maioria dos bissexuais tendem a preferir um sexo a outro. Só que é quase impossível para a maioria das pessoas entender isso. Afinal, este é um julgamento muito subjetivo. [cracked]
http://hypescience.com/o-que-e-ser-bissexual/
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