Mídias Sociais Podem Causar Estresse! Veja a Seguir
A Associação Americana de Psicologia, nos Estados Unidos, publicou recentemente sua pesquisa anual intitulada Stress in America (“Estresse na América”), e a segunda parte foca exclusivamente nos estresses que a tecnologia e as mídias sociais nos impõem. Muitas das descobertas deste estudo são interessantes e relevantes para a maioria de nós, porque delineou em termos inequívocos que o uso das mídias sociais está afetando os níveis de estresse, felicidade e bem-estar geral da população.
Uma das conclusões mais claras tiradas do estudo foi que o fato de verificar constantemente um smartphone inevitavelmente eleva os níveis de estresse de forma considerável. Vamos aprofundar o estudo:
Uso de smartphones
O estudo realizado nos Estados Unidos mostra que nove em cada dez americanos possuem um computador. Cerca de 74% deles possuem um smartphone habilitado para internet e 55% dos americanos possuem um tablet. Esses números mostram que agora vivemos em um mundo quase totalmente interligado.
Uso de mídias sociais 2005-2016
De todos os adultos americanos que estavam online em 2016, cerca de 79% tinham uma conta no Facebook, tornando-se, de longe, a plataforma de mídia social mais popular daquele país. Os valores de uso de outras redes como Instagram, Pinterest e LinkedIn ficaram em 32, 31 e 29%, respectivamente. O Twitter mostrou-se um pouco menos popular, com 24% de presença na plataforma.
O fenômeno da “checagem constante”
Cerca de 42% dessas pessoas viciadas afirmaram que a discussão política e os desentendimentos culturais nas mídias sociais eram uma fonte significativa de estresse. Este número contrastava com os 33% registrados para aqueles que não verificavam o telefone constantemente. Para eles, esses conflitos nas redes sociais os deixavam estressados, e muitos deles entravam nas discussões, os deixando ainda mais nervosos.
2. Efeitos na saúde
Numerosos estudos mostraram que o estresse mal gerenciado pode levar a vários problemas de saúde, e esses estudos também mostraram que muitos dos pesquisados estão preocupados com os efeitos que o estresse pode ter em suas saúdes.
A pesquisa “Estresse na América” não foi diferente, com 42% dos entrevistados indicando sua preocupação com os efeitos negativos das mídias sociais sobre sua saúde física e mental. Esta preocupação tem fundamento, porque outros órgãos de pesquisa descobriram que comparar-se com os outros nas mídias sociais, de fato, contribuem para a diminuição da felicidade e do bem-estar, bem como o aumento dos níveis de estresse.
3. Sensação de estar desconectado
O mais curioso sobre o fenômeno da checagem constante é que as pessoas que checam seus telefones com mais frequência são aquelas que se sentem menos ligadas a amigos e familiares, mesmo quando estão com eles. Cerca de 44% deles relataram se sentirem assim, em contraste com os 27% daqueles que não conferem seus telefones com tanta frequência.
Apesar dos números acima, cerca de 35% dos checadores constantes disseram que eram menos propensos a encontrar amigos ou familiares pessoalmente pela disponibilidade de mídias sociais. Este número caiu para 15% para aqueles que não verificavam seus telefones com frequência.
A questão de desconectar ou não
Ironicamente, apenas 28% daqueles que acreditam na importância de uma ruptura digital relataram que eles realmente a fizeram. As razões para isso são complexas, porque as mídias sociais são percebidas como trazendo vários benefícios para diferentes dados demográficos das pessoas. Por exemplo, cerca de 36% dos entrevistados da geração milennials (pessoas nascidas a partir do início dos anos 1980) disseram sentir que as mídias sociais os ajudaram a cultivar suas identidades.
No entanto, quase metade (48%) deles também citou preocupações quanto aos efeitos negativos que as redes sociais poderiam ter em sua saúde mental e física. Este número foi marcadamente reduzido no caso dos “maduros” (15%), Baby Boomers, a geração nascida dentre 1946 e 1964 (22%) e a Geração X, que nasceu entre 1976 e 1981 (37%).
Parece que certos entrevistados estão fazendo incursões no problema da checagem constante, tomando práticas como proibir o uso de telefones na mesa na hora das refeições (28%) ou desligar as notificações das redes sociais (19%).
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Como parar a checagem constante
1. Fique desconectado em determinados horários do dia
Tente criar janelas durante o seu dia quando você se torna indisponível nas mídias sociais, como durante a hora do jantar, depois de um certo horário da noite ou a qualquer outra hora escolhida. Além de se programar para limitar sua disponibilidade, também ensinará aos outros a não esperar que você esteja constantemente disponível.
2. Torne-se confortável com "Modo de espera"
Tente colocar o telefone no modo de espera e verifique apenas uma vez por hora. Isso permitirá que as notificações continuem por vir, mas você terá controle sobre se elas interrompem seu dia ou não.
3. Peça às pessoas que o chamem para verificar o telefone
Faça um pacto com amigos e familiares. Quando você está junto em um grupo, proíbam-se mutuamente usando seus telefones – assim como nos velhos tempos, quando você não tinha um telefone habilitado para internet ou se não tivesse um telefone. Isso transformará o exercício em um jogo, em vez de algo que você precise fazer sozinho.
4. Exclua seus aplicativos de mídias sociais
Uma medida mais drástica que você pode tomar é excluir os aplicativos de redes sociais em seu telefone, se obrigando a usá-los somente quando você estiver em um computador ou tablet. Isso tornará praticamente impossível manter o hábito insensato de verificar o seu telefone, mas não o excluirá das mídias sociais inteiramente.
5. Tente meditar
A meditação pode ajudar a torná-lo mais consciente do momento presente, e estar no "aqui e agora". Meditar regularmente pode levá-lo à prática de estar presente e parar de se perguntar sobre quem está dizendo o que nas mídias sociais.
Fonte: VeryWell
Imagens (inclui capa): Deposit Photos
http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=9885
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