Minas Gerais
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a quarta maior em extensão territorial, que é de 586.528 km², superior à da França. Localiza-se noSudeste e limita-se a sul e sudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a noroeste com Goiás, incluindo uma pequena divisa com o Distrito Federal, a leste com o Espírito Santo, a sudeste com o Rio de Janeiro e a norte e nordeste com a Bahia. O atual governador do estado é Antônio Anastasia, que assumiu após a renúncia de Aécio Neves para disputar uma cadeira no Senado Federal. Linguisticamente, o nome Minas Gerais dentro de frases não é acompanhado de artigo definido, como acontece com os estados de Goiás, de Roraima e de Mato Grosso do Sul.
O estado é o segundo mais populoso do Brasil, com quase 20 milhões de habitantes.[6] Sua capital é a cidade de Belo Horizonte, que reúne em sua região metropolitana cerca de cinco milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração populacional do país.
Minas Gerais possui o terceiro maior Produto Interno Bruto do Brasil, superado apenas pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, embora em um importante indicador de capacidade econômica, a arrecadação de ICMS, Minas tenha superado o Rio de Janeiro na classificação nacional.
Também é muito importante sob o aspecto histórico: cidades erguidas durante o ciclo do ouro no século XVIII consolidaram a colonização do interior do país e estão espalhadas por todo o estado. Alguns eventos marcantes da história brasileira, como a Inconfidência Mineira, a Revolução de 1930, o Golpe Militar de 1964 e a campanha pela abertura política em meados da década de 1980 mais conhecida como Diretas Já, foram arquitetados em Minas Gerais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais#Hist.C3.B3riaO linguajar do mineiro, por Pe Prata- Há dois anos, se tanto, estava com meus irmãos, assistindo a uma partida de futebol, no Uberabão. (Por sinal, foi a última!). Como o jogo estava muito ruim, começamos a prestar atenção nas expressões verbais dos torcedores. Foi uma experiência que, realmente, nos trouxe divertimento e, ao mesmo tempo, levantou dentro de nós uma série de interrogações. Aquele linguajar que ouvíamos era “caipira”, “dialeto” ou o modo normal de o povão se expressar?
- Com o tempo, adquirimos o hábito de tomar nota de como o povo falava. Não era mais o chamado “português”. Era um modo de falar singular. Com o tempo, conseguimos anotar mais de mil palavras e expressões do cotidiano popular. Certa vez, passando a pé por uma rua, vi uma criança sair correndo de uma casa e a mãe, logo atrás, perguntando: “Dé qui cê vai, fi?” A resposta veio na mesma linha: “Vô cá vó, mãe”. Outro modo de falar ouvido: “Fia, será cá vendinha tá aberta?” “Tá qui tá, pai”. Bem, isso é caipirismo ou mineirismo? Não seria uma subcultura criada para facilitar a comunicação?
- De tudo isso, tiramos algumas conclusões:
- O mineiro tem uma tendência inata para simplificar as coisas. Não é preguiça. Economiza palavras e sílabas de acordo com suas conveniências. É uma subcultura generalizada.
- O mineiro não é muito chegado ao gerúndio. Elimina o “d” automaticamente e o “o” final vira “u”. Daí, “estudanu”, “falanu”, “pescanu”, “conversanu” e assim por diante.
- O mineiro odeia as proparoxítonas. Por acaso, você já ouviu entre o povo alguém falar “cócegas”? “Córrego”? “Abóbora”? Será que falar “abobrinha” é errado? Errado seria “aboborinha”, além de pedante. Será que é errado falar que “lá pertim de casa tem um corguim?”
- O mineiro não gosta muito dos ditongos em “ei”. Ele fala “dinhero”, “mantega”, “manero”, “quejo”, “mantega”, “cantero” e é sempre entendido.
- O mineiro adora um diminutivo. É regra geral. Fala com carinho, é diferente dos outros. Alguém perguntou a um mineiro: “O senhor é fazendeiro?” Veio a resposta: “Nada disso, seo moço, tenho umas terrinha lá pros lados do corguim do Buriti. Tenho lá uns pastim, crio um gadim miúdo, vai dano pro gasto”. Afinal, é errado falar assim ou é uma subcultura que deveria ser respeitada? Não me venham dizer que isso é caipirismo.
- Em Curitiba, no Paraná, ouvi muitas vezes, gente falando “eu ponhei”, “nós ponhemos”, “ele ponhô”. O mineiro não fala “nós ponhemo”, ele fala “nós põe”. Não é mais suave? Mineiro vai sempre pelo mais fácil, Não complica. Se é mais fácil falar “masstumate”, para que “massa de tomate”? Demora muito.
- Os donos absolutos das terras onde moramos não somos nós, são os caiapós. Foram dizimados pelos colonizadores. Pires de Campos decepou milhares deles e pendurou suas cabeças em árvores para servir de escarmento. Esses índios tinham dificuldade com o dígrafo “lh”. Diziam fio, veio, trabaio, paia, môio e assim por diante. Seria isso caipirismo. Muito pior do que falar “trabaio” e sair por aí assimilando a cultura gringa com “happy hour”, “coffee break”, “folder”, “new wave”, “new look” e outros. O que estou dizendo não é convite para falar como fala o mineiro. O que procuro transmitir é que não se deve fazer julgamentos sem conhecer as causas de tais efeitos.
- Escrevemos um livro sobre esse tema “mineirismos”. Não foi editado, nem sabemos se haverá possibilidade. Não será vendável. São mais de duas mil palavras e expressões que ficarão esquecidas.
- Tem ainda a história triste da Língua Geral, do Nheengatu. Fica para a próxima vez.
(* Acadêmico, reside em Uberaba )
http://jmonline.com.br/novo/?noticias,34,ESPA%C7O+CULTURAL,16856
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