NATAL, EU E VOCÊS.
Neste natal pense nos natais passados, pense nos que passaram pelos natais passados, pense nos que deixaram imagens de esperança, pense nos que doaram corações e nada pediram em troca, pense no mar da vida a estourar suas ondas todas as manhãs, pense em mim, pense nos que estendem mãos, pense nas flores verdes que tombaram pelas mãos dos insensatos e gananciosos, pense no amigo indispensável e inesquecível, nos que oferecem flores de chocolate e se lambuzam de vida, pense na ciranda da vida entoando o hino que leva adiante os sonhos, pense no sol que brilha e aquece, pense na alegria de andar e respirar e amar e buscar a felicidade, pense nos que já não estão no natal, pense nas estrelas que você deseja tanto abraçá-las, pense nas crianças do Sudão, pense nas favelas miseráveis sem o teu panetone, pense nos animais que só anseiam um afago carinhoso e uma atenção que você não tem dispensado, pense no ser de luz que anda na sua estrada, pense nos dias que fotografaram imagens boas, pense nos homens que podem hastear a bandeira branca, pense em tudo, pense em mim, e pense que você é o milagre na noite deste natal. Aos amigos que tanto estimo, aos que não conheço e que sonho conhecer, aos que estarei junto em pensamento, aos que compartilham meu existir, um NATAL com tanta luz quanto as noites de paris.
Natal
De quem sonha
De quem crê
De quem é companheiro
De quem é solidário
Do solitário
É natal do pobre, do rico
Natal é sentimento
Da certeza de Jesus
A família, o amigo, a humanidade,
Natal não é apenas
Mais um dia...
São trezentos e sessenta e cinco dias
Para exemplificar beneficência
Natal é festa nos corações Da esperança dos homens
Em um mundo melhor
Onde não haja fome
Haja cultura
Racismo nunca mais
Violência jamais
Amizade sempre
Que o sentimento do natal
Seja todos os dias revivido
Que não seja utopia
Daqueles que crêem
Em dias melhores
Em paz e perdão
Luz e compreensão
Natal é tempo de fé
De comemorar o nascimento
Do Menino Jesus Cristinho!
MARLENERS 18/11/2007 Clima passageiro (NATAL)
Clima passageiro
As luzes piscam a milhares, os prédios parecem mais umas árvores de Natal. Neve artificial invade ruas cinzentas da metrópole (pela temperatura dos últimos dias, não me causaria estranheza se a verdadeira brindasse nosso céu na grande noite, nos moldes norte-americanos). A bondade reluz nas faces das pessoas, o que produz ações benéficas. Enfim, o clima do Natal chegou. Comemora-se o nascimento de um ilustre. Embora ele tenha morrido e ressurgido dos mortos, muitos ainda o têm como uma criancinha. E, por ironia do destino (conduzido ou não pelos benevolentes natalinos), milhões de criancinhas estão espalhadas em outras tantas “manjedouras”, com um agravante para boa parte: não tem pais que os amparem quando os reis do pedaço chegarem oferecendo o incenso do momento. Pais e filhos, irmãos e irmãs brigados cedem à pressão da “paz” e voltam a se falar. Até mesmo para receber seus respectivos pacotes. O que eles não vêem é que seus semelhantes estão empacotados na calçada pútrida. Deixa-me triste, pois, que este momento é uma estrela cadente. Irradia um brilho nos olhos de quem o vislumbra, mas leva com esse resplandecer a esperança de que pedidos sejam atendidos não pelo senhor do capitalismo, mas por seus iguais.
José Augusto G. de Almeida em: http://amoraspalavras.zip.net
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