Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

domingo, 9 de agosto de 2015

DIA DOS PAIS... SER PAI

Ser Pai


Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas.


Mas ficar feliz caso e quando cheguem.

É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. 

É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros. 

Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. 

É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. 

Mas jamais falar no momento preciso. 

É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte.

É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar. 

Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. 



É esperar. 

É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem 

vivendo. 

Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos

sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que

percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.



Ser pai é saber e calar.
Fazer e guardar. 
Dizer e não insistir. 
Falar e dizer. 
Dosar e controlar-se. 

Dirigir sem demonstrar.


É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. 

Ser pai é ser bom sem ser fraco. 

É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão. 

Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. 

É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida. 

Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. 

Mas ir às lágrimas quando chegam. 

Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. 

É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. 

É saber brincar e zangar-se. 

É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. 

Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação. 

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. 

O máximo de convivência no máximo de solidão. 

É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. 

É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.

Parabéns a todos os pais.

https://senhorasnamoda.wordpress.com/2012/08/12/ser-pai/

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