Síndrome de burnout dificulta a vida dos profissionais
Estresse no trabalho pode levar a um estado de insatisfação e esgotamento físico.
POR REDAÇÃO
“Sabemos que o trabalho dignifica o homem, mas pode provocar, também, um estado de estressee insatisfação, quando passa a constituir-se como tarefa árdua e desmotivadora”. A frase da psicóloga Sônia Maria de Wallau leva a uma reflexão importante: um emprego estressante pode levar a uma complicação cada vez mais comum, chamada síndrome de burnout.
A palavra “burnout” significa, literalmente, “queimar-se” , estar esgotado pelo trabalho. De acordo com a psicóloga, pode se manifestar em profissionais que exercem atividades diretas com pessoas, nas mais diversas áreas de atuação.
Esgotamento no trabalho pode ocorrer nas mais diversas áreas de atuação. Foto: iStock, Getty Images
Síndrome de burnout e as estatísticas
De acordo com o International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), aproximadamente 30% dos brasileiros que trabalham sofrem com a síndrome de burnout. Isso, segundo o estudo, promove um prejuízo de aproximadamente 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) por ano.
Como exaustão e ineficiência são algumas das características mais fortes dessa síndrome, 94% dos doentes se sentem incapacitados para o trabalho e 89% praticam o presenteísmo, ou seja, estão presentes na empresa, mas não conseguem realizar suas tarefas.
Dentre os profissionais, 93% sentem-se exaustos, 86%, irritados 82% têm falta de atenção e 74% têm dificuldade de relacionar-se no ambiente profissional, sintomas típicos do transtorno. Além disso, outros 47% têm depressão.
Síndrome de burnout é uma resposta ao estresse
Sônia conta que a doença foi identificada nos anos 1970, nos Estados Unidos, e há quase 15 anos teve seus estudos intensificados no Brasil. “A síndrome de burnout consiste numa resposta ao estresse laboral crônico”, afirma Sônia, autora do livro "Estresse Laboral e Síndrome de Burnout - Uma Dualidade em Estudo" (Editora Feevale, 2003).
Para entender o que é exatamente essa síndrome, é importante compreender antes o que é o estresse laboral.
“Sabemos que o verdadeiro sentido do trabalho faz com que o homem encontre significado e razão de viver, quando se configura como experiência saudável, necessária à sobrevivência e também enriquecida pelas trocas afetivas entre as pessoas. Caso contrário, instala-se o estresse laboral”, explica Sônia.
Quando os profissionais ficam por muito tempo expostos a esse estresse, continua a especialista, podem desenvolver atitudes negativas e sentimentos de frieza com os colegas de trabalho.
Há falta de entusiasmo nas atividades, perda de interesse pelo trabalho e sensação de não poder mais dar de si afetivamente, com consequências nocivas para as pessoas e para a empresa. A síndrome de burnout, completa a especialista, é o resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas situações de estresse.
Para que o burnout não ocorra, diz Sônia, é necessário considerar a qualidade de vida no trabalho, por meio de medidas de prevenção e tratamento. “A ideia é preservar a saúde do indivíduo e da organização na qual ele está inserido”, resume a psicóloga.
Além da terapia, algumas atitudes podem ajudar no combate à síndrome de burnout. A prática de exercícios é uma delas. Escolha algo que lhe seja agradável. Pode começar com uma caminhada. Procure orientação de um educador físico e descubra a atividade que mais lhe dará prazer.
Saiba que mudanças no estilo de vida podem ser uma importante ferramenta contra o burnout. Invista, assim, em qualidade de vida, prestando atenção também à alimentação ela deve ser equilibrada, com itens saudáveis e naturais.
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