NÃO BASTA PARTICIPAR, É PRECISO SER PAI!
SER PAI!
Participar é fundamental.
Participar é um verbo, verbo é ação e ação é algo que nós homens entendemos muito bem. Ação é fazer algo e nisso, nos consideramos bons.
Existem muitas coisas que podemos (e devemos fazer), sem dúvida alguma.
Participar é um verbo, verbo é ação e ação é algo que nós homens entendemos muito bem. Ação é fazer algo e nisso, nos consideramos bons.
Existem muitas coisas que podemos (e devemos fazer), sem dúvida alguma.
Quando o bebê chega, podemos fazer todas as funções que aliviem a mãe para que esta possa ficar dedicada ao recém nascido. Podemos cuidar do bebê na hora de trocar uma fralda, dar um banho ou colocar para arrotar. Tudo que permita à mãe um momento de repouso é uma enorme contribuição e participação. Podemos segurar o bebê no colo em momentos de choro intenso, permitindo que a mãe saia de perto e não fique exposta a uma tensão enorme. Se existem outros filhos, podemos ficar mais próximos destes, dando-lhes atenção, conversando, brincando, saindo com eles, e ajudando-os a se sentirem queridos e importantes, assim se adaptando à chegada do um novo irmão. Podemos ser os “leões de chácara” do ambiente, procurando assegurar o conforto e segurança da mãe e do bebê. Devemos ser incentivadores do aleitamento materno, bloqueando as ações“terroristas” que tentarão minar a amamentação (esse bebê chora demais, só pode ser o leite que está fraco. Dá logo uma mamadeira!). Não existe leite fraco e é da natureza dos bebês chorarem.
Podemos abraçar e acarinhar a mulher, fazendo com que se sinta querida. Se nós homens nos sentimos excluídos nos primeiros meses, as mulheres se sentem ameaçadas pela dúvida de serem capazes de retomar a vida, voltando a ser o que eram, mulheres por inteiro e não apenas mães.
Temos também uma ação fundamental no desenvolvimento dos filhos que é a introdução do limite. Claro que isso não acontece nos primeiríssimos meses, mas o primeiro limite que devemos introduzir é o de que a mãe não tem dedicação exclusiva e tempo integral para o bebê. Isso acontece mais em torno do sexto mês, mas é uma função importantíssima. O bebê aprenderá, por nosso intermédio que a mãe que era só dele, não é mais. Passará a ser uma mãe compartilhada, com os demais da família. Outros limites se seguirão ao longo da vida da crianças e o homem é, em geral, o que detém a responsabilidade de interditar o que não é para ser feito. Claro que a mãe também tem essa função, mas há uma força na interdição masculina que é muito importante.
Poderia continuar listando uma série de ações que nós, pais, podemos fazer para participarmos do desenvolvimento de nossos filhos. Mas, o que dizer do ser pai?
Ser pai é nos permitirmos ter acesso a um aspecto que, na nossa cultura, é “surrupiado” de nós homens, o afeto, a emoção. Ser pai é contribuir para que nossos filhos sejam pessoas felizes. Não há a menor dúvida de que todas as ações descritas acima, estão relacionadas com a felicidade dos filhos. Algumas, por serem vitais (agasalhar, alimentar, proteger) antecedem a própria ideia de felicidade porque falam da sobrevivência. Mas, existem momentos, muitos, onde não devemos fazer nada. Momentos onde a nossa presença, nosso exemplo, o que somos, é mais importante do que nossa capacidade de organizar, planejar, comprar, levar, trazer etc. Esses são os momentos onde estamos sendo pais, sem estarmos fazendo nenhuma ação.
Um olhar de carinho e admiração, um abraço afetuoso, uma palavra de reconhecimento, são momentos que contribuem para a felicidade dos filhos e nossa, pais.
O brincar, sem estar focado no brinquedo e sim no encontro que proporciona, na criatividade que gera, no afeto que circula, é um momento onde podemos ser pais. Ainda que estejamos fazendo algo, ao mesmo tempo, estamos simplesmente
presentes, envolvidos, conectados, aos nossos filhos.
Um olhar de carinho e admiração, um abraço afetuoso, uma palavra de reconhecimento, são momentos que contribuem para a felicidade dos filhos e nossa, pais.
O brincar, sem estar focado no brinquedo e sim no encontro que proporciona, na criatividade que gera, no afeto que circula, é um momento onde podemos ser pais. Ainda que estejamos fazendo algo, ao mesmo tempo, estamos simplesmente
presentes, envolvidos, conectados, aos nossos filhos.
Neste dia dos pais, meu desejo é que todos nós consigamos fazer menos e sentir mais. Desejo que possamos ignorar convenções, preconceitos, regras, dicas, e sentirmos a emoção que é ser pai.
Ao sentirmos essa emoção, sugiro que agradeçamos aos nossos filhos.
Afinal, são eles que nos tornam pais!
Ao sentirmos essa emoção, sugiro que agradeçamos aos nossos filhos.
Afinal, são eles que nos tornam pais!
Nas fotos, Carolina, a que me fez e faz ser pai. Obrigado, filhota!
http://robertocooper.com/2013/08/10/nao-basta-participar-e-preciso-ser-pai/
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