O cérebro humano ainda está evoluindo?
por Molly Edmonds - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Evidências genéticas da evolução do cérebro
Uma maneira de determinar se a evolução do cérebro está no nosso futuro é considerar como nosso cérebro evoluiu no passado. Como os cientistas não sabem exatamente como acabamos com cérebros maiores que os dos outros primatas, eles olham para exemplos de quando o cérebro não cresce até o tamanho esperado. Uma dessas condições é a microcefalia, um distúrbio no qual o cérebro é muito menor que o normal; pesquisadores acreditam que o tamanho de um cérebro microcefálico é, em linhas gerais, similar ao do cérebro de um hominídeo primitivo.
[fonte: Kouprina et al.].
[fonte: Kouprina et al.].
Reprodução Até meados do século 20, alguém com microcefalia poderia se tornar atração circense, mas nos dias de hoje, essa condição fornece um novo olhar sobre a evolução humana |
No caso do ASPM, um novo alelo emergiu aproximadamente há 5.800 anos, e agora está presente em cerca de 50% das populações do Oriente Médio e da Europa.
[fonte: Wade].
Ele é encontrado em uma proporção muito menor nas pessoas do Extremo Oriente e da África. O alelo associado com o micro cefalina provavelmente se desenvolveu há 37 mil anos; cerca de 70% das populações europeia e do Extremo Oriente exibiram esse alelo. A equipe de Lahn avaliou variações comuns suficientes para sugerir que suas presenças eram evidência da seleção natural em oposição a uma mutação acidental, sugerindo que o cérebro ainda possa estar evoluindo.
[fonte: Associated Press].
[fonte: Wade].
Ele é encontrado em uma proporção muito menor nas pessoas do Extremo Oriente e da África. O alelo associado com o micro cefalina provavelmente se desenvolveu há 37 mil anos; cerca de 70% das populações europeia e do Extremo Oriente exibiram esse alelo. A equipe de Lahn avaliou variações comuns suficientes para sugerir que suas presenças eram evidência da seleção natural em oposição a uma mutação acidental, sugerindo que o cérebro ainda possa estar evoluindo.
[fonte: Associated Press].
A hipótese de Lahn de que esses genes evoluíram à medida que eles conferiram vantagens ao cérebro vem com as mesmas limitações do estudo anterior. Os cientistas simplesmente não estão certos de que papel o ASPM desempenha no tamanho do cérebro, já que nem todos os genes que determinam o tamanho do cérebro foram identificados ainda. As populações africanas, que não pareceram estar carregando nenhum dos dois genes em grandes taxas, podem ter outros genes em funcionamento em seus cérebros, enquanto revelou-se que o ASPM e o micro cefalina persistiram em outras populações por alguma razão totalmente sem relação com o cérebro.
Mais estudo é necessário sobre o papel do ASPM, do microcefalina e de outros genes envolvidos no crescimento do nosso cérebro, mas uma das razões pelas quais os cientistas estão tão interessados no tamanho do cérebro é que ele está ligado à inteligência. Cérebros maiores podem significar QIs maiores. Assim, se os alelos do ASPM e do micro cefalina estão, de fato, levando nossos cérebros a evoluir, quais são os destinos possíveis? Teremos cérebros grande e inteligência suficiente para realizar invenções incríveis? Ou a humanidade está numa rampa escorregadia para a estupidez? Na próxima página, vamos investigar o possível efeito colateral adverso dessa evolução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário