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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

TEORIA DOS SONHOS, SEGUNDO A NEUROCIêNCIA

TEORIA DOS SONHOS, SEGUNDO A NEUROCIÊNCIA


Freud e Jung foram os psicanalistas que mais exploraram o temas dos sonhos. Para eles, os sonhos são desejos inconscientes reprimidos pelo ego, podem ser considerados também reminiscências dos acontecimentos diários (Freud). Outra explicação ainda é de que os sonhos são símbolos arquetípicos que estejam relacionados com a história de vida de cada pessoa (Jung). O fato é que para a teoria psicanalítica os sonhos são sempre objeto de interpretação simbólica e subjetiva.

Pode até ser que os autores acima estejam certos, mas isso não contradiz a leitura contemporânea dos sonhos a partir de estudos da neurociência e da neuro psicanálise.
Suzana Herculano e Robert Lent escrevem sobre o assunto e são categóricos: todos os mamíferos (e algumas aves) sonham. Isto é fato. Mas por que muitas pessoas nunca se lembram de seus sonhos? A resposta está relacionada aos vários circuitos cerebrais que regulam os sonhos, entre eles, o sono e a vigília e mecanismos da memória.

Durante a vigília nosso cérebro está imerso com duas substâncias importantes: a acetilcolina e noradrenalina, elas são responsáveis pela capacidade de memorização dos fatos ocorridos durante o dia (entre outras funções). Já no período do sono, as produções destas substâncias diminuem e aumentam a produção de serotonina, a qual faz com que nossos sonhos (imagens mentais) não sejam reproduzidos em movimento muscular, há um mecanismo de bloqueio dos músculos.

A hipótese, já confirmada, de alguns cientistas americanos (Tononi, Chiara, e cols, 1996) é de que a acetilcolina e noradrenalina são responsáveis pela conexão entre os fatos ocorridos durante o dia: nossas ações, pensamentos, sentimentos, etc. com os circuitos “matrizes” já existentes, gravando aquela informação como memória de trabalho, curto ou longo prazo. Ou seja, estas substâncias são importantes para a formação da memória em si. Mas dependem da nossa vigília, a qual está relacionada com a atenção.

Bem, como eles fizeram pra provar esta hipótese? Lesaram a área responsável pela produção destas substâncias (somente em um lado do cérebro, o locus coerulus), de ratos, e os deixaram acordados durante muitas horas. Durante a vigília mediu-se cada lado do cérebro do rato para saber se a produção destas substâncias tinha diminuído em função da lesão e quais os efeitos desta intervenção.

A resposta foi: SIM! Confirmou-se a hipótese inicial. Isso significa que os pesquisadores concluíram que com a diminuição de acetilcolina e noradrenalina circulante no cérebro não foram observadas as novas conexões neurais, diminuindo a capacidade de memória. É assim que nosso cérebro funciona durante os sonhos: com a baixa destas substâncias. Por isso sonhamos, porém não lembramos...

A autora dá algumas dicas para quem quiser lembrar os sonhos, uma delas: um dia quando acordar espontaneamente (sem despertador) prolongue este momento (entre o sono e a vigília) e tente jogar as informações oníricas para a sua memória de curto prazo, faça o circuito funcionar conscientemente, então você terá acesso aquelas informações durante o dia, até o próximo sonho chegar...

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