Festival de Holi colore
Índia para celebrar chegada da primavera
EFE | NOVA DÉLHI27
MAR 2013
Com tambores, cantos, bailes e, principalmente,
muitas cores, os indianos tomam às ruas nesta quarta-feira para dar as
boas-vindas à primavera com o Festival de Holi, a celebração mais divertida e
ensandecida do país.
Com o desejo de comemorar a chegada do bom tempo e
de afugentar os maus espíritos, milhões de indianos de todas as idades vão às
ruas para travar uma intensa batalha de água e pós multicoloridos, exaltando
uma rica mistura de cores e pessoas.
"É uma festa de felicidade e esperança perante a chegada da
época da fertilidade", disse Rohan, um morador de Nova Délhi que trazia o
rosto pintado com tons de amarelo, verde, azul e vermelho.
O chamado festival da cor, que paralisa a Índia e atrai cada vez
mais turistas do mundo todo, é celebrado na primeira lua cheia de março, sendo
que suas origens se remetem a diferentes lendas mitológicas dos hindus.
De acordo com uma tradicional narrativa hindu, a origem da festividade
possui uma ligação com o rei dos demônios Jirania Kashipú, que tentou matar seu
filho Prajlad várias vezes por causa da devoção do mesmo ao deus Vishnu, tendo
em vista que só Kashipú podia ser venerado em seus domínios.
Diante de suas frustradas tentativas de matar Prajlad, Kashipú
ordenou que sua filha Hólika, imune ao fogo, entrasse junto com seu irmão em
uma fogueira para queimá-lo.
No entanto, a filha do rei acabou ardendo na fogueira, enquanto
Prajlad seguia vivo. A moral da história gira em torno da vitória do bem sobre
o mal, mas hoje acaba sendo reconvertida em uma agitada e divertida celebração.
Outra lenda aponta que o deus Krishna, por causa de seu imortal
amor por Radha, lançou cores no rosto da mesma para escurecê-la, já que ela
tinha a pela mais clara do que a dele.
Assim, Krishna daria início a festa da cor, a qual consegue
atenuar momentaneamente as gruitantes diferenças sociais da rígida sociedade
indiana, já que essa é a única celebração que envolve todo país.
"É precioso. O povo se pinta e arremessa pós coloridos como
se conhecessem seu suposto oponente a vida toda", afirmou Andrea, uma
turista espanhola que aproveito a ocasião para conhecer Nova Délhi.
Além da guerra de cores, os jovens indianos também aproveitam a
festividade para paquerar. Isso porque, nesta data, as conservadoras normas
sociais indianas acabam relaxando um pouco, enquanto o uso do
"bhang", uma bebida de leite com maconha, ajuda a quebrar a timidez.
Além da habitual guerra colorida, o Festival de Holi deste ano
terá um componente reivindicativo em Vrindavan, lar de aproximadamente 15 mil
viúvas abandonadas por suas famílias, as quais esperam a morte na cidade em que
Khrisna iniciou a festividade, para escapar do círculo de reencarnações da vida
e da morte.
Pela primeira vez no festival, aproximadamente 800 viúvas desta
cidade do norte da Índia realizarão o Holi com flores e bailes, uma prática
vetada pela tradição hindu, que proíbe que estas mulheres de participar de
expressões festivas e, inclusive, o uso de joias.
"As viúvas querem ser normais. Elas também têm aspirações
que desejam cumprir", afirmou ao jornal "The Times of Índia"
Bindeshwar Pathak, diretor da ONG Sulabh International, que organizava o evento
entre as viúvas.
Em Maharashtra, no entanto, as celebrações foram contidas
perante o pedido das autoridades de economizar, já que este estado ocidental da
Índia sofre sua pior seca desde 1972. Aliás, esse pedido chegou a ser
encabeçado por estrelas de Bollywood e outras celebridades.
"Seca em Maharashtra? E só estamos em março. Que ocorrerá
em março? Economize água, jogue um Holi seco!!". Afirmou a estrela
cinematográfica Amitabh Bachchan.
Além do aviso referente à economia de água, as autoridades
indianas, assim como todos os anos, também alertam sobre os riscos dos pós
coloridos, que, em algumas ocasiões, são fabricados com metais ou tinturas
industriais que podem causar intoxicações.
"Muitos dos pós têm uma base alcalina que pode causar
problemas na visão", assegurou um porta-voz da Clean Índia, uma ONG meio
ambiental em seu site.
Holi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre.
O Holi é celebrado por crianças e adultos.
HOLI ou Festival
das Cores é um festival
realizado na Índia todos os anos entre fevereiro e março, que comemora a
chegada da Primavera. Neste dia, as pessoas atiram tintas das mais diversas cores umas às
outras, com muita bebida, comida e música. Essa brincadeira começa quando crianças atiram as tintas aos pais e
irmãos sendo que, no final, todos estão completamente pintados e coloridos.
Holi, também chamado de Festival das Cores, é
um popular festival hindu Primavera observado na Índia, Suriname, Guiana, Trindade, Reino Unido, Ilhas Fiji e no Nepal. Em Bengala Ocidental da Índia e do Bangladesh, é
conhecido como Dolyatra (Doljatra) ou Boshonto Utsav ( "Festa da
Primavera").
O principal dia, Holi, também conhecido como
Dhulheti, Dhulandi ou Dhulendi, é celebrado por pessoas jogando pó colorido e
cor da água em si.As pessoas se cumprimentam dizendo “Holi Hai”. Fogueiras são
acesas na véspera, também conhecido como Holika Dahan (morte de Holika) ou
Chhoti Holi (pouco Holi). As fogueiras estão acesas em memória das
milagrosamente escapar que os jovens tinham quando Prahlad Diaba Holika, irmã
de Hiranyakashipu, levado-o no fogo. Holika foi queimado, mas Prahlad, um fiel
devoto do deus Vishnu, escapou sem ferimentos devido a sua inabalável devoção.
Dahan Holika é referido como Kama Dahanam em Andhra Pradesh.
Holi é comemorado no dia de lua cheia do mês
de Phalugna ou Falguna (Phalgun Purnima), que geralmente cai na parte posterior
de fevereiro ou março. Em 2009, Holi (Dhulandi) está em 11 março. Dahan Holika
e está em 10 março. No dia 11 de Março de 2009, o festival Holi foi homenageado
na página principal do site de relacionamentos orkut.
Rangapanchami ocorre poucos dias mais tarde,
em um Panchami (quinto dia da lua cheia), marcando o fim das festividades que
envolvem cores.
História e Significado
Krishna, Radha e Gopis.
Os historiadores contam que o Holi antecende
em muitos séculos o nascimento de Cristo e são muitas
as lendas que explicam o seu aparecimento, em geral remetendo ao temível Rei
Hiranyakashyap. Muito vaidoso, ele queria que todos no seu reino o venerassem,
mas foi justamente o seu filho Prahlad quem resolveu adorar uma entidade
diferente, chamada Lord Naarayana. Hiaranyakashyap combinou com a sua terrível
irmã Holika, que tinha o poder de não se queimar, que ela entraria numa
fogueira com Prahlad em seus braços para matá-lo. Mas Holika deu-se mal porque
ela não sabia que o seu poder de enfrentar o fogo seria anulado quando ela
entrasse na fogueira acompanhada de outra pessoa. Lord Naarayana reconheceu-a
bondade e devoção de Prahlad e salvou-o. O festival, portanto, celebra a
vitória do bem contra o mal e o triunfo da devoção.1 A tradição
da queima Holika ou o "Holika Dahan" vem principalmente a partir
desta lenda.
Apesar de esta ser uma festa colorida,
existem vários aspectos de Holi, o que o torna tão importante para a cultura da
Índia. Embora possa não ser tão evidente, um olhar mais atento e um pouco de
pensamento revelará o significado do Holi em mais formas do que aquilo que
simplesmente se vê. Holi celebra também a lenda de Radha e Krishna, que
descreve o extremo prazer que Krishna teve na aplicação de cor sobre Radha e
Gopis. Esta brincadeira de Krishna mais tarde, tornou-se uma tendência e uma
parte das festividades do Holi.1
Guerra
de cores toma conta da Índia. O Festival de Holi celebra a primavera e o deus
Vishnu, e, ao menos por um dia, ricos e pobres, seja qual for a religião, se
tornam um só: o povo indiano.
Já
imaginou um lugar em que todas as diferenças desaparecessem sob cores e fumaças
cor-de-rosa? Num dia do ano isso é possível. Na comemoração da chegada da
primavera, a Índia apaga raça, credo e status
com tons de azul, laranja e dourado.
Diz a lenda que tudo começou em uma brava luta entre o bem e o
mal. Hiranyakashipu era o rei dos demônios; imortal e arrogante, ele fazia com
que todos os seus súditos o idolatrassem como a um deus. Ele tinha uma irmã de
nome Holika que, de maldade, não ficava atrás. Um dia, o rei e sua irmã
decidiram planearam matar Prahalad, o filho do rei que, ao contrário do pai,
era bom e continuava devoto ao deus Vishnu.
De nada adiantavam as
artimanhas, suas estratégias sempre falhavam, até que Holika consegue convencer
Prahalad a entrar em meio às chamas. Ele sai vivo, enquanto sua tia queima até
a morte. Foi quando apareceu Vishnu e pôs fim à imortalidade de Hiranyakashipu.
Foi assim que surgiu o Festival de Holi, um dia de homenagem ao deus Vishnu e a
celebrar a chegada da primavera.
Além de
uma ocasião religiosa, Holi marca o início do ano novo no calendário Hindu.
Entre os meses de fevereiro e março, milhões de indianos se reúnem e pintam
casas, ruas e pessoas, escondendo as tristezas sob guerras de cores. Por todo
um dia, a regra é brincar, atirar pós e tintas coloridos e esquecer a
hierarquia de castas. Os preparativos para o festival começam alguns dias
antes, quando a população começa a juntar madeira para acender a fogueira na
noite em que acontece Holi. Uma boneca de Holika é queimada nela; uma maneira
de refazer a história que inspira o festival. No sul da Índia, as celebrações
são mais religiosas, enquanto no norte, mais exuberantes.
Todo o ritual simboliza a vitória do bem contra o mal. O povo canta e
dança pelas ruas, bebendo bhang uma bebida típica, enquanto nuvens de pó de
todas as cores pintam o que quer que toquem, trazendo uma nova vida aos
mercados, pessoas e calçadas.
Entre crianças
gritando e cantos de hindus, para os indianos o festival traz diversos
significados e até a saúde sai em benefício. Os hindus acreditam que o fogo nos
rituais aquece o corpo enrijecido pelo inverno, levando embora as doenças, e há
quem diga que os pigmentos dos pós coloridos ajudam a fortalecer o organismo.
O dia acaba com
visitas a parentes e amigos, regadas a doces como presentes; nada melhor para
estreitar as relações depois de uma renovação total do corpo, alma e mente.
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