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sexta-feira, 21 de março de 2014

Festival de Holi colore Índia para celebrar chegada da primavera

Festival de Holi colore Índia para celebrar chegada da primavera

EFE | NOVA DÉLHI27 MAR 2013
Com tambores, cantos, bailes e, principalmente, muitas cores, os indianos tomam às ruas nesta quarta-feira para dar as boas-vindas à primavera com o Festival de Holi, a celebração mais divertida e ensandecida do país.
Com o desejo de comemorar a chegada do bom tempo e de afugentar os maus espíritos, milhões de indianos de todas as idades vão às ruas para travar uma intensa batalha de água e pós multicoloridos, exaltando uma rica mistura de cores e pessoas.
"É uma festa de felicidade e esperança perante a chegada da época da fertilidade", disse Rohan, um morador de Nova Délhi que trazia o rosto pintado com tons de amarelo, verde, azul e vermelho.
O chamado festival da cor, que paralisa a Índia e atrai cada vez mais turistas do mundo todo, é celebrado na primeira lua cheia de março, sendo que suas origens se remetem a diferentes lendas mitológicas dos hindus.
De acordo com uma tradicional narrativa hindu, a origem da festividade possui uma ligação com o rei dos demônios Jirania Kashipú, que tentou matar seu filho Prajlad várias vezes por causa da devoção do mesmo ao deus Vishnu, tendo em vista que só Kashipú podia ser venerado em seus domínios.
Diante de suas frustradas tentativas de matar Prajlad, Kashipú ordenou que sua filha Hólika, imune ao fogo, entrasse junto com seu irmão em uma fogueira para queimá-lo.
No entanto, a filha do rei acabou ardendo na fogueira, enquanto Prajlad seguia vivo. A moral da história gira em torno da vitória do bem sobre o mal, mas hoje acaba sendo reconvertida em uma agitada e divertida celebração.
Outra lenda aponta que o deus Krishna, por causa de seu imortal amor por Radha, lançou cores no rosto da mesma para escurecê-la, já que ela tinha a pela mais clara do que a dele.
Assim, Krishna daria início a festa da cor, a qual consegue atenuar momentaneamente as gruitantes diferenças sociais da rígida sociedade indiana, já que essa é a única celebração que envolve todo país.
"É precioso. O povo se pinta e arremessa pós coloridos como se conhecessem seu suposto oponente a vida toda", afirmou Andrea, uma turista espanhola que aproveito a ocasião para conhecer Nova Délhi.
Além da guerra de cores, os jovens indianos também aproveitam a festividade para paquerar. Isso porque, nesta data, as conservadoras normas sociais indianas acabam relaxando um pouco, enquanto o uso do "bhang", uma bebida de leite com maconha, ajuda a quebrar a timidez.
Além da habitual guerra colorida, o Festival de Holi deste ano terá um componente reivindicativo em Vrindavan, lar de aproximadamente 15 mil viúvas abandonadas por suas famílias, as quais esperam a morte na cidade em que Khrisna iniciou a festividade, para escapar do círculo de reencarnações da vida e da morte.
Pela primeira vez no festival, aproximadamente 800 viúvas desta cidade do norte da Índia realizarão o Holi com flores e bailes, uma prática vetada pela tradição hindu, que proíbe que estas mulheres de participar de expressões festivas e, inclusive, o uso de joias.
"As viúvas querem ser normais. Elas também têm aspirações que desejam cumprir", afirmou ao jornal "The Times of Índia" Bindeshwar Pathak, diretor da ONG Sulabh International, que organizava o evento entre as viúvas.
Em Maharashtra, no entanto, as celebrações foram contidas perante o pedido das autoridades de economizar, já que este estado ocidental da Índia sofre sua pior seca desde 1972. Aliás, esse pedido chegou a ser encabeçado por estrelas de Bollywood e outras celebridades.
"Seca em Maharashtra? E só estamos em março. Que ocorrerá em março? Economize água, jogue um Holi seco!!". Afirmou a estrela cinematográfica Amitabh Bachchan.
Além do aviso referente à economia de água, as autoridades indianas, assim como todos os anos, também alertam sobre os riscos dos pós coloridos, que, em algumas ocasiões, são fabricados com metais ou tinturas industriais que podem causar intoxicações.
"Muitos dos pós têm uma base alcalina que pode causar problemas na visão", assegurou um porta-voz da Clean Índia, uma ONG meio ambiental em seu site.


 Holi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Holi é celebrado por crianças e adultos.
HOLI ou Festival das Cores é um festival realizado na Índia todos os anos entre fevereiro e março, que comemora a chegada da Primavera. Neste dia, as pessoas atiram tintas das mais diversas cores umas às outras, com muita bebida, comida e música. Essa brincadeira começa quando crianças atiram as tintas aos pais e irmãos sendo que, no final, todos estão completamente pintados e coloridos.
Holi, também chamado de Festival das Cores, é um popular festival hindu Primavera observado na Índia, Suriname, Guiana, Trindade, Reino Unido, Ilhas Fiji e no Nepal. Em Bengala Ocidental da Índia e do Bangladesh, é conhecido como Dolyatra (Doljatra) ou Boshonto Utsav ( "Festa da Primavera").
O principal dia, Holi, também conhecido como Dhulheti, Dhulandi ou Dhulendi, é celebrado por pessoas jogando pó colorido e cor da água em si.As pessoas se cumprimentam dizendo “Holi Hai”. Fogueiras são acesas na véspera, também conhecido como Holika Dahan (morte de Holika) ou Chhoti Holi (pouco Holi). As fogueiras estão acesas em memória das milagrosamente escapar que os jovens tinham quando Prahlad Diaba Holika, irmã de Hiranyakashipu, levado-o no fogo. Holika foi queimado, mas Prahlad, um fiel devoto do deus Vishnu, escapou sem ferimentos devido a sua inabalável devoção. Dahan Holika é referido como Kama Dahanam em Andhra Pradesh.
Holi é comemorado no dia de lua cheia do mês de Phalugna ou Falguna (Phalgun Purnima), que geralmente cai na parte posterior de fevereiro ou março. Em 2009, Holi (Dhulandi) está em 11 março. Dahan Holika e está em 10 março. No dia 11 de Março de 2009, o festival Holi foi homenageado na página principal do site de relacionamentos orkut.
Rangapanchami ocorre poucos dias mais tarde, em um Panchami (quinto dia da lua cheia), marcando o fim das festividades que envolvem cores.

História e Significado


Krishna, Radha e Gopis.

Os historiadores contam que o Holi antecende em muitos séculos o nascimento de Cristo e são muitas as lendas que explicam o seu aparecimento, em geral remetendo ao temível Rei Hiranyakashyap. Muito vaidoso, ele queria que todos no seu reino o venerassem, mas foi justamente o seu filho Prahlad quem resolveu adorar uma entidade diferente, chamada Lord Naarayana. Hiaranyakashyap combinou com a sua terrível irmã Holika, que tinha o poder de não se queimar, que ela entraria numa fogueira com Prahlad em seus braços para matá-lo. Mas Holika deu-se mal porque ela não sabia que o seu poder de enfrentar o fogo seria anulado quando ela entrasse na fogueira acompanhada de outra pessoa. Lord Naarayana reconheceu-a bondade e devoção de Prahlad e salvou-o. O festival, portanto, celebra a vitória do bem contra o mal e o triunfo da devoção.1 A tradição da queima Holika ou o "Holika Dahan" vem principalmente a partir desta lenda.
Apesar de esta ser uma festa colorida, existem vários aspectos de Holi, o que o torna tão importante para a cultura da Índia. Embora possa não ser tão evidente, um olhar mais atento e um pouco de pensamento revelará o significado do Holi em mais formas do que aquilo que simplesmente se vê. Holi celebra também a lenda de Radha e Krishna, que descreve o extremo prazer que Krishna teve na aplicação de cor sobre Radha e Gopis. Esta brincadeira de Krishna mais tarde, tornou-se uma tendência e uma parte das festividades do Holi.1

decracha.com.br -


FESTIVAL HOLI - AS CORES DESLUMBRANTES DA ÍNDIA

Guerra de cores toma conta da Índia. O Festival de Holi celebra a primavera e o deus Vishnu, e, ao menos por um dia, ricos e pobres, seja qual for a religião, se tornam um só: o povo indiano.
Já imaginou um lugar em que todas as diferenças desaparecessem sob cores e fumaças cor-de-rosa? Num dia do ano isso é possível. Na comemoração da chegada da primavera, a Índia apaga raça, credo e status com tons de azul, laranja e dourado.
 Diz a lenda que tudo começou em uma brava luta entre o bem e o mal. Hiranyakashipu era o rei dos demônios; imortal e arrogante, ele fazia com que todos os seus súditos o idolatrassem como a um deus. Ele tinha uma irmã de nome Holika que, de maldade, não ficava atrás. Um dia, o rei e sua irmã decidiram planearam matar Prahalad, o filho do rei que, ao contrário do pai, era bom e continuava devoto ao deus Vishnu.
De nada adiantavam as artimanhas, suas estratégias sempre falhavam, até que Holika consegue convencer Prahalad a entrar em meio às chamas. Ele sai vivo, enquanto sua tia queima até a morte. Foi quando apareceu Vishnu e pôs fim à imortalidade de Hiranyakashipu. Foi assim que surgiu o Festival de Holi, um dia de homenagem ao deus Vishnu e a celebrar a chegada da primavera.
Além de uma ocasião religiosa, Holi marca o início do ano novo no calendário Hindu. Entre os meses de fevereiro e março, milhões de indianos se reúnem e pintam casas, ruas e pessoas, escondendo as tristezas sob guerras de cores. Por todo um dia, a regra é brincar, atirar pós e tintas coloridos e esquecer a hierarquia de castas. Os preparativos para o festival começam alguns dias antes, quando a população começa a juntar madeira para acender a fogueira na noite em que acontece Holi. Uma boneca de Holika é queimada nela; uma maneira de refazer a história que inspira o festival. No sul da Índia, as celebrações são mais religiosas, enquanto no norte, mais exuberantes.
Todo o ritual simboliza a vitória do bem contra o mal. O povo canta e dança pelas ruas, bebendo bhang uma bebida típica, enquanto nuvens de pó de todas as cores pintam o que quer que toquem, trazendo uma nova vida aos mercados, pessoas e calçadas.
Entre crianças gritando e cantos de hindus, para os indianos o festival traz diversos significados e até a saúde sai em benefício. Os hindus acreditam que o fogo nos rituais aquece o corpo enrijecido pelo inverno, levando embora as doenças, e há quem diga que os pigmentos dos pós coloridos ajudam a fortalecer o organismo.
O dia acaba com visitas a parentes e amigos, regadas a doces como presentes; nada melhor para estreitar as relações depois de uma renovação total do corpo, alma e mente.
 
 http://obviousmag.org/archives/2010/06/festival_holi_-_as_cores_deslumbrantes_da_india.html

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