Cinco motivos por que somos atraídos por pessoas tão diferentes
Por Danilo Barba | Sexo Oposto – 20 horas atrásNo começo a vontade é grande, mas uma relação não significa apenas “ficar junto”. Relacionamentos também envolvem espaço e separação. Triste, não? É claro que não! Enquanto o tempo juntos promove mais compreensão e conexão entre ambos, os intervalos entre experiências de conexão também são importantes para a saúde e sustentabilidade do relacionamento.
Segundo um artigo de Linda e Charlie Bloom, especialistas em relacionamentos e autores do livro 101 Things I Wish I Knew When I Got Married: Simple Lessons to Make Love Last, publicado pela Psychology Today, existem alguns motivos que explicam por que nos sentirmos atraídos por pessoas tão diferentes de nós mesmos. Veja quais são eles:
1. Despriorizamos nossa própria experiência
Quando os parceiros estão juntos, eles naturalmente tendem a ser atenciosos (em diversos níveis) às necessidades, preocupações e experiências do outro. Além de ser essencial para o bem estar de qualquer relacionamento, esta atenção também é um aspecto natural do processo de se relacionar verbal ou não-verbalmente com outra pessoa. Como é impossível direcionar nossa atenção a mais de uma coisa ao mesmo tempo, quando focamos as palavras, comportamento, desejos, preocupações e necessidades do outro, pode haver uma tendência a despriorizar nossa própria experiência. Isto não necessariamente é uma coisa ruim. Porém, atenção demais a si mesmo pode ser tão problemática (embora crie problemas diferentes) quanto dar muita atenção ao outro. O primeiro pode promover egocentrismo excessivo e senso exagerado de autoimportância, além de tendência a ficar preocupado com nossos próprios desejos, enquanto o último nos predispõe a negligenciar ou diminuir a importância de nossas próprias necessidades em favor do outro.
2.Queremos atenção
Alguns de nós são mais inclinados a focar a atenção em nosso parceiro, a ponto às vezes de nos perdermos no processo, o que geralmente resulta em deixar de lado necessidades básicas e preocupações que requerem nossa atenção. Agimos assim na esperança ou expectativa de que nosso parceiro será recíproco, nos dando de volta a atenção que buscamos, para satisfazermos nossos desejos e necessidades. Como muitos de nós já descobrimos “o jeito mais difícil”, esta expectativa raramente é satisfeita, causando decepção, ressentimento e discussões.
3. A lei da complementaridade
Se você está com alguém que tende a focar a atenção mais nele(a) do que em si mesmo, as chances são de que você atraia parceiros que fazem o contrário: que foquem mais a atenção em si mesmos do que no relacionamento, ou pelo menos mais do que você acha que eles “deveriam”. O oposto, é claro, também se aplica. Este padrão é governado pela lei da complementaridade, que descreve que ambos os comportamentos se combinam para formar um sistema mais completo. Um bom exemplo disso são os relacionamentos entre introvertidos e extrovertidos, gastadores e econômicos, e por aí vai.
4. Discussões: não existem ganhadores
Relacionamentos de sucesso exigem a vontade de ambos de às vezes abrir mão de suas preferências pessoais em favor do bem estar do relacionamento. Por esse motivo, quando uma pessoa “ganha” uma discussão enganando, intimidando ou pressionando o outro, os sentimentos de mágoa e raiva do “perdedor” irão permanecer no relacionamento até diminuir a “vitória” do “ganhador”. Esta é a base da afirmação de que não existem ganhadores quando casais brigam, a menos que ambos encontrem uma forma de saírem satisfeitos com o resultado da interação.
5. A transformação do relacionamento
Quando estas duas posições estão no extremo (isolamento ou co-dependência) geralmente os dois estão se polarizando por suas próprias ações e reações, solidificando o relacionamento num impasse. Nestes momentos, cada parceiro é desafiado a fazer seu próprio trabalho, o que significa para a pessoa com menos necessidade de conexão que chegou o momento de baixar a guarda – e gradualmente permitir que graus cada vez maiores de tempo íntimo emocional penetrem no relacionamento. Já para aquele que busca mais contato, o desafio é praticar a paciência, compaixão e aceitação. O objetivo disso é criar maior equilíbrio interno entre a individualidade e a necessidade de conexão.
Todo esse esforço ajuda a espantar a visão do parceiro como um adversário, e a passar a vê-lo como um aliado com quem dividimos a mesma intenção: uma mudança fundamental no processo de transformação do relacionamento. Afinal, quem prefere conscientemente viver num campo de batalha. É claro que apesar de nossas melhores intenções e maiores esforços, padrões de décadas não mudam da noite para o dia, mas o processo começa assim que nos damos conta que cada passo neste sentido vale a pena.
https://br.mulher.yahoo.com/blogs/sexo-oposto/cinco-motivos-por-que-somos-atraidos-por-pessoas-tao-140619867.html
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