08/02/2015
O ego é apenas uma ideia: não tem substância nele. Não é uma coisa – é apenas um puro nada. Você o torna real, acreditando nele. Você pode abster-se dessa crença e a realidade do ego desaparece, se evapora.
A escuridão é apenas a ausência de luz, assim como é o ego: a ausência de autoconhecimento. Você não pode sacrificá-lo.
Foi dito para você de novo e de novo: “Sacrifique o seu ego” e essa afirmação é um absurdo, porque uma coisa que não existe não pode ser sacrificada. E se você tentar sacrificar algo que não existe, por consequência, você estará criando um novo ego o ego dos humildes, o ego do sem ego, o ego da pessoa que pensa que sacrificou seu ego. Será um novo tipo de escuridão novamente.
Não, eu não digo que deva sacrificar o ego. Pelo contrário, eu digo para tentar ver onde o ego está. Olhe bem para ele, tente localizá-lo, onde ele existe, se é que existe ou não. Antes que se possa sacrificar qualquer coisa é preciso ter certeza sobre a sua existência.
Mas não seja contra ele desde o início. Se você é contra isso, você não pode olhar profundamente dentro dele. Não há necessidade de ser contra qualquer coisa. O ego é a sua experiência talvez seja apenas aparente, mas ainda é a sua experiência. Toda a sua vida se move em torno do fenômeno do ego. Pode ser um sonho, mas para você, é bastante verdadeiro.
Não há necessidade de ser contra ele. Mergulhe profundamente dentro dele, atinja ele. Atingi-lo significa trazer a consciência para sua casa, trazer luz para as trevas. Esteja atento, vigilante. Assista os caminhos do ego, como ele funciona, como ele gerencia tudo em sua vida. Você ficará surpreso: quanto mais fundo você entrar, menos será encontrado. E quando você tiver penetrado no âmago do seu ser, você vai encontrar algo totalmente diferente, que não é o ego, que é ausência de ego. É o Eu, o supremo Eu, é a própria deidade. Você desapareceu como uma entidade separada, você não é mais uma ilha. Agora você faz parte do todo.
Osho
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