09 | DEZ | 2013
Nelson Mandela: a trajetória de um herói
O que faz de Nelson Mandela um herói? São incontáveis os episódios de sua vida que contribuíram para isso e, por outros tantos, o mundo ainda chora a perda deste grande líder e ícone mundial pela igualdade e paz. Mandela foi um homem que quis mudar a realidade ao seu redor, movido por um sentimento de que a discriminação racial teria que acabar na África do Sul. Para isso, dedicou toda uma vida ao custo de muitos sacrifícios, entre eles a própria liberdade. Certas pessoas, simplesmente, não conseguem suportar viver em um mundo injusto e fazem todos os esforços possíveis para mudá-lo, custe o que custar. Mandela foi uma dessas raras pessoas. Abaixo, selecionamos 10 fatos marcantes que ajudam a contar a história deste grande homem.
Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.
Nelson Madela
Nelson Madela
1918: Nasce um futuro herói
Nelson Mandela nasceu numa família de nobreza tribal, no dia 18 de julho de 1918, em Mvezo, na África do Sul. Seu nome quando nasceu era Rolihlahla Dalibhunga Mandela, mas passou a ser chamado de Nelson na escola, onde todas as crianças recebiam nomes ingleses. Seu pai morreu quando tinha nove anos. Aos 16, passou pelo ritual de circuncisão, realizado com uma lança com ponta de ferro, que significava o caminho para a vida adulta. Durante a cerimônia, contudo, o chefe da tribo disse que o ritual era uma ilusão e que ninguém sairia dali para lugar algum, pois estavam em um país em que eles eram, na verdade, escravos. Aquilo marcaria Mandela em todos os sentidos. Ele deixou sua tribo aos 23 anos e foi para Johanesburgo, onde formou-se em Direito.
1952: Luta contra Apartheid
O regime de segregação racial na África do Sul começou em 1949, atingindo negros, mestiços e indianos. No dia 26 de junho de 1952, Mandela organizou o Dia do Protesto, em que negros deveriam ocupar os espaços públicos reservados exclusivamente aos brancos, como banheiros e alguns escritórios, orientados pelo princípio da desobediência civil, sem uso da violência. Por causa disso, Mandela foi enquadrado na Lei de Repressão ao Comunismo.
A luta é minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.
Nelson Mandela
Nelson Mandela
1961: Luta armada após massacre
Em 1960, Mandela chegou à conclusão que o uso de protestos pacíficos não teria resultado na África do Sul. Primeiramente, seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), caiu na clandestinidade. Depois, no mesmo ano, 69 manifestantes foram mortos em um protesto pacífico, que ficou conhecido como Massacre de Sharpeville. Em 1961, foi criado o Umkhonto we Sizwe – Lança de uma Nação – um braço armado do CNA, em que Mandela pegou nas armas e partiu para a guerrilha.
Não há caminho fácil para a liberdade.
Nelson Mandela
Nelson Mandela
DEPOIMENTOS DE GRANDES PERSONALIDADES:
1962: Na prisão por 27 anos
Em 1962, Nelson Mandela foi preso por sair da África do Sul sem passaporte, uma das acusações contra ele. Enquanto Mandela estava preso, no ano seguinte, a polícia invadiu seu antigo esconderijo e apreendeu papéis e anotações comprometedoras de Mandela. Em 1964, Mandela foi submetido a um novo julgamento, com acusações mais graves, e condenado à prisão perpétua. Acabou enviado à prisão da Ilha Robben, onde ocupou a cela com número 466/64. Ficou completamente isolado do mundo. Em 1982, foi transferido para a Prisão de Pollsmor, de segurança máxima. Seis anos depois, foi novamente transferido, agora para um local de segurança mínima - a Prisão de Victor Verster. Deixou a cadeia apenas no dia 11 de fevereiro de 1990.
A luta é a minha vida. Continuarei a lutar pela liberdade até o fim de meus dias.
Nelson Mandela
Nelson Mandela
1993: Prêmio Nobel da Paz: a consagração pela sua luta
No dia 15 de outubro de 1993, Nelson Mandela e Frederik Willem de Klerk eram agraciados com o prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços para acabar com o apartheid na África do Sul. A luta de Mandela rendeu ainda outras inúmeras distinções internacionais. Willem de Klerk, presidente da África do Sul (1989 a 1994), foi responsável por tirar Mandela da prisão e terminar com a política de segregação racial no país.
1994: Presidência da África do Sul
Quatro anos após deixar a prisão, Nelson Mandela era eleito presidente da África do Sul, na primeira eleição democrática do país. Mandela instituiu uma comissão de verdade e reconciliação para investigar violações aos direitos humanos e políticos entre os anos de 1960 e 1994. Ele ainda introduziu inúmeros programas sociais e econômicos com o objetivo de elevar a qualidade de vida da população negra na África do Sul. Mandela também buscou a união entre brancos e negros com o objetivo de evitar retaliações dos segundos sobre os primeiros.
Bravo não é quem não sente medo, é quem o vence.
Nelson Mandela
Nelson Mandela
1995: Copa do Mundo de Rugby
Nelson Mandela pregava que, apesar do passado cruel de discriminação racial, os negros não deveriam odiar os brancos. Um fato marcante dessa política aconteceu em 1995, quando a África do Sul sediou a Copa do Mundo de Rugby. A seleção sul-africana, de atletas brancos, era odiada pelos negros. Contudo, Mandela pediu aos negros para apoiarem o time. A seleção sul-africana se sagrou campeã e Mandela entregou o troféu.
2004: "Não me liguem, eu ligarei para vocês": o adeus à vida pública
Aos 85 anos, Mandela decidiu deixar a presidência do seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA) e dar adeus à vida pública para poder se dedicar à família. Cinco anos antes, quando completou 80 anos, ele se casou com sua terceira esposa, Graça Machel, uma política e ativista dos direitos humanos moçambicana. Ele se tornou o maior embaixador da África do Sul, fez campanha contra a AIDS e ajudou o país a receber a Copo do Mundo de 2010. Quando ele anunciou sua saída da vida pública em 2004, disse: "Não me liguem, eu ligarei para vocês."
2005: Filho vítima da AIDS
Em janeiro de 2005, um dos maiores problemas de saúde pública da África do Sul fez uma vítima na família de Mandela. Seu segundo filho, Makgatho, morreu por causa da AIDS com pouco mais de 50 anos. Mandela já havia perdido o filho mais velho, Thembi, em um acidente de carro, em 1969, enquanto estava na prisão - a notícia foi dada por um carcereiro. Na morte de Makgatho, o presidente Lula encaminhou suas condolências a Mandela e disse ser "solidário à luta mais ampla e organizada contra a AIDS no mundo inteiro".
2009: Dia Internacional de Mandela
Em 2009, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o O Dia Internacional Nelson Mandela, celebrado no dia 18 de julho, data do seu nascimento. Com esta homenagem, foi feito um reconhecimento pela sua contribuição pela democracia internacional, promoção da cultura, igualdade e paz do mundo.
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Último adeus a Mandela
http://noticias.pt.msn.com/imagens/%C3%BAltimo-adeus-a-mandela-2
O meu Adeus, a Nelson Mandela...
Este foi, continuará sendo o meu Herói!
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