Ilha de Marajó
A ilha de Marajó é uma ilha brasileira do estado do Pará, localizada na foz do rio Amazonas no arquipélago do Marajó.
Com uma área de aproximadamente 40 100 km², é a maior ilha fluviomarítima do mundo. A cidade de Belém situa-se à sudeste do canal que separa a ilha do continente. A maior ilha fluvial é a Ilha do Bananal.
Destaca-se pelos montes artificiais, nomeados tesos, construídos ainda em seu passado pré-colombiano pelos índios locais. A ilha era chamada de Marinatambal pelos indígenas (confirmado por Sir Walter Raleigh no século XVI), já em tempos coloniais foi denominada como Ilha Grande de Joannes.[1]
Outro destaque da ilha, é o lugar de maior rebanho de búfalos do Brasil, cerca de 600 mil cabeças.[2]
A desembocadura do rio Amazonas e a Ilha do Marajó.
Divisão Administrativa
A ilha é composta por 16 municípios paraenses distribuídos em 3 Microregiões:
- Microregião do Arari: Cachoeira do Arari, Chaves, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, Soure
- Microregião dos Furos de Breves: Afuá, Anajás, Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista
- Microregião de Portel: Bagre, Gurupá, Melgaço,Portel.
Sendo o município de Santa Cruz do Arari, o menos populoso com cerca de 8.000 hab, e o município de Breves o mais populoso com cerca de 90.000 hab.
Território Federal do Marajó
A proposição de decreto legislativo nº 2419 de 2002 dispõe sobre a realização de plebiscito para a criação do "Território Federal do Marajó". O referido projeto, em tramitação no Congresso Nacional, definiria que, caso viesse a ser aprovado, os seguintes municípios do estado do Pará seriam desmembrados para constituir o Território Federal do Marajó: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,Salvaterra, Santa Cruz do Arari, S. Sebastião da Boa Vista e Soure.
Clima e vegetação
Possui clima equatorial úmido com um período seco anual ocorrendo no início do segundo semestre e com um a dois meses de duração ao sul, chegando a três meses ao norte. Grande parte do território é região de floresta ombrófila densa aluvial e das terra baixas. Ao nordeste percebe-se a grande presença de áreas de influência fluvial ou lacustre (campos mistos alagados ou campos de várzeas)repletos de herbáceas. Ainda no nordeste, mais próximo ao litoral, há predominância do manguezal, onde "a Rhyzophora mangle, sua espécie mais característica, ocorre ora isolada ora formando grupamentos gregários em meio às aningas (Montrichardia arborecens) e, da mesma forma, intercalada entre os aturis (Drepanocarpus lunatus), às vezes, com as palmeiras buriti (Maritia flexuosa) e o açaí (Euterpe oleracea), que se comportam como pioneiras indicadoras da transição do mangue para a vegetação das áreas alagadas com água doce". Ao norte e sul ocorrem áreas de domínio de savana (cerrado), principalmente nas áreas de transição entre os domínios de influência fluvial ou lacustre e áreas de floresta ombrófila densa.
Turismo
A ilha de Marajó, a partir da década de 1990, insere-se no circuito turístico nacional devido a suas belas praias, igarapés, vigorosa natureza e sua culinária específica tem atraído muitos visitantes. Conta na atualidade com estruturada rede de hospedagem e alimentação de várias categorias. Outro atrativo conciliado ao ecoturismo é o artesanato e a criação de búfalos. O artesanato marajoara é famoso em todo o país, assim como as fazendas de criação de búfalos.
Baronato
Durante o período colonial do Brasil, a coroa portuguesa criou o título de barão da Ilha Grande de Joanes, antigo nome da ilha. O primeiro agraciado foi Luís Gonçalo de Sousa de Macedo (1640–1727), por decreto real de D. José I de Portugal, em 1754. O título de barão da Ilha Grande de Joanes foi extinto pois foi trocado pelo viscondado de Mesquitela, transferindo-se a Ilha Grande de Joanes (atual Ilha de Marajó) para a coroa portuguesa.
Apesar de bela e exótica, a Ilha de Marajó, situada no estado do Pará e cercada pelos rios Amazonas, Tocantins e pelo oceano Atlântico, ainda é pouco conhecida pelos turistas. A variedade da fauna é uma das grandes atrações da Ilha: são as mais diversas aves, peixes, macacos, capivaras, mas com certeza, as manadas de búfalo se destacam como símbolo da região.
São aproximadamente 250.000 habitantes. Dizem que a Ilha de Marajó foi descoberta antes mesmo do Brasil. Especula-se que os portugueses tenham chegado à Ilha em 1498. O navegador lusitano Duarte Pacheco Pereira, porém, acreditou estar pisando em território espanhol, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. Sua atual economia se baseia na criação de búfalos, pesca, extração de madeira, açaí e borracha.
fonte imagem: senado.gov.br (Senador Mario Couto)
A ilha de Marajó, a maior ilha fluvial do mundo, é dividida em vários municípios.
fonte imagem: brasildiario.com
Ilha do Marajó: santuário ecológico da Amazônia
Região abriga florestas, praias, rios, lagos e uma rica fauna.
Adriana Lopes
www.brasildiario.com
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Um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, a Ilha do Marajó, no Pará, encanta por suas belezas naturais. Florestas, praias, rios, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas e uma rica fauna compõem o lugar, que tem atraído milhares de turistas todos os anos.
A ilha pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar à Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez desapercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.
Foi habitado por diversas tribos indígenas, dentre eles, os aruãs, tribo mais numerosa e mais valente, de onde foram expulsos pelos Caraíbas. Os índios encontravam na ilha o ambiente ideal para viver e trabalhar a sua arte de desenhos geométricos, que hoje é distribuída pela Europa e América do Norte.
A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.
Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.
Fazendas
Embora mantenham suas atividades normais de pecuária, recebem turistas. Organizam passeios em trilhas, de barco ou montando búfalos, para que os visitantes possam entrar em contato com o meio ambiente local. É possível também hospedar-se em uma típica fazenda nos campos do interior da ilha.
Museu do Marajó
Fica na pequena cidade de Cachoeira do Arari, a 75 km de Soure, por estrada de terra que percorre a planície. A viagem até lá é uma oportunidade de se entrar em contato com o exótico ambiente do interior da ilha. Expõe peças da antiga cerâmica marajoara, encontrada em escavações, além de artesanato e objetos típicos da cultura regional.
Praias
As bonitas praias do Pesqueiro, Araruna e Barra Velha ficam próximas ao centro de Soure. No município de Salvaterra, se encontram as de Joanes, Monsarás e Grande. A maioria tem areias claras, pequenas dunas e mar azul. Nas praias mais movimentadas, há barracas rústicas que servem bebidas e petiscos.
Urna funerária do período conhecido como marajoara, em referência aos povos pré-colombianos que viveram na Ilha de Marajó.
fonte imagem: http://vejabr.com.br/foto62.htm
Conheça a história e um pouco mais da Cerâmica Marajoara
O trabalho dos índios da Ilha de Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.
Os índios de Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. Confeccionavam vasilhas, potes, urnas funerárias, apitos, chocalhos machados, bonecas de criança, cachimbos, estatuetas, porta-veneno para as flechas, tangas (tapa-sexo usado para cobrir as genitálias das moças) – talvez as únicas, não só na América, mas em todo o mundo, feitas de cerâmica.
Os objetos eram zoomorfizados (representação de animais) ou antropomorfizados (forma semelhante ao homem ou parte dele), mas também poderiam misturar as duas formas-zooantropomorfos.
Visando aumentar a resistência do barro eram agregadas outras substâncias-minerais ou vegetais: cinzas de cascas de árvores e de ossos, pó de pedra e concha e o cauixi-uma esponja silicosa que recobre a raiz de árvores, permanentemente submersas.
As peças eram acromáticas (sem uso de cor na decoração, só a tonalidade do barro queimado) e cromáticas. A coloração era obtida com o uso de engobes (barro em estado líquido) e com pigmentos de origem vegetal. Para o tom vermelho usava o urucum, para o branco o caulim, para o preto o jenipapo, além do carvão e da fuligem.
Depois de queimada, em forno de buraco ou em fogueira a céu aberto, a peça recebia uma espécie de verniz obtido do breu do jutaí, material que propiciava um acabamento lustroso.
Nas urnas funerárias, os índios colocavam os restos de seus mortos-ossos acompanhados de objetos. Externamente, tais urnas eram decoradas com desenhos gráficos relativos às crenças e aos deuses adorados.
A decoração da Cerâmica Marajoara era feita com traços gráficos simétricos e harmoniosos, em baixo e alto relevo, entalhes, aplicações e outras técnicas.
A descoberta de artefatos marajoaras é dificultada por ser o solo da ilha extremamente úmido e sujeito a inundações periódicas. Infelizmente, no correr dos anos, muitos objetos encontrados em escavações arqueológicas foram saqueados e até contrabandeados para o exterior - um grave desrespeito ao patrimônio cultural brasileiro.
Hoje em dia o mais importante pólo de resgate da cerâmica marajoara no estado do Pará encontra-se em Icoaraci, localidade próxima à cidade de Belém.
Os artesãos usam o barro colhido nas margens dos igarapés da região, modelam, à mão ou em tornos-de-pé, réplicas, peças utilitárias e decorativas, queima em rústicos fornos a lenha, decoram com engobes, e usam a técnica de brunir.
O maior acervo de peças de Cerâmica Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém-PA. Há também peças no Museu Nacional no Rio de Janeiro, (Quinta da Boa Vista), no Museu Arqueológico da USP em São Paulo-SP, e no Museu Universitário Prof Oswaldo Rodrigues Cabral, na cidade de Florianópolis-SC e em museus do exterior - American Museum of Natural History-New York e Museu Barbier-Mueller em Genebra.
Um dos maiores responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da ilha de Marajó é Giovanni Gallo, que criou em 1972 e administra o Museu do Marajó, localizado em Cachoeira do Arari. O museu reúne objetos representativos da cultura da região - usos e costumes.
fonte imagem: pacotes-viagens.com
A Ilha de Marajó, situada no estado do Pará, é cercada pelos rios Amazonas, Tocantins e pelo Oceano Atlântico, com uma área de 40.100 km², é a maior ilha fluviomarinha do mundo.
Entre as principais atrações turísticas do lugar, destacam-se os montes artificiais, nomeados “tesos”, que foram construídos no período pré-colombiano pelos índios locais, e o grande rebanho de búfalos, um dos maiores do Brasil.
A região é considerada o maior e mais bem preservado santuário ecológico da Amazônia, abriga planícies cobertas de savana, densas florestas, praias fluviais, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas e a pororoca, com formação de ondas gigantescas no encontro da águas.
Também tem destaque a cultura local, a dança do carimbó, de lundu e a cerâmica marajoara.
Dicas e Passeios na Ilha de Marajó
Os cenários do local se transformam de seis em seis meses, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas.
No segundo semestre, a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação, rica e diversificada.
O território da Ilha de Marajó e constituído por várias localidades, entre elas, Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.
Fonte: www.hoteis-e-pousadas.com
Um pouco de história: o tradicional e o novo
A ilha do Marajó foi habitada, muito antes da chegada dos portugueses, entre os anos 400 e 1.300 d.C., por povos que faziam uma cerâmica bonita e refinada. Eles fabricavam potes, vasos, tigelas, tangas, urnas funerárias, adornos e outros objetos, com um estilo próprio, que ficou conhecido como ‘cultura marajoara’. Contavam histórias e expressavam suas crenças e emoções, só que em vez de palavras escritas, usavam imagens. Desenhavam ou moldavam no barro animais e seres da floresta: cobras, jacarés, tartarugas, lagartos, corujas, macacos. Esses objetos, que foram encontrados pelos arqueólogos, estão vivos e espalhados por museus do mundo inteiro.
Quando os portugueses chegaram ao Pará, em 1616, a ilha do Marajó já estava ocupada por outros povos estimados em cem mil habitantes. Eles falavam línguas diferentes da Língua Geral ou Nheengatu (que significa ‘língua boa’), usada na catequese pelos missionários. Por isso, ficaram conhecidos como Nheengaíbas (que significa ‘língua difícil’). Um desses povos era o SACACA, dono de conhecimentos sobre plantas medicinais, ervas e cipós, transmitidos oralmente de pai para filho através de histórias e de narrativas míticas. Em algumas gerações, os povos do Marajó adotaram a Língua Geral e depois a língua portuguesa, mas a palavra ‘sacaca’ ficou para denominar o ‘pajé’ ou ‘aquele que cura’.
Os povos do Marajó, através dos séculos, criaram formas majestosas de arte como a cerâmica, a pintura, a arquitetura deixada nos traços das aldeias encontradas, além de mitologias, narrativas, poesias, cantos, pajelanças, etnosaberes e muito mais coisas que hoje inspiram a alma do caboclo. Esses saberes acumulados durante milênios podem ajudar-nos hoje a melhorar a qualidade de vida na Amazônia. Daí surge a necessidade de fortalecimento dessas expressões culturais que têm em sua existência a herança de povos que resistiram à imposição colonizadora, mas que souberam também dialogar com outras culturas, incorporando novos elementos da modernidade.
Hoje, surgiram novas informações, novos meios de vida e novas preocupações. O grande desafio do século XXI é: como acompanhar as mudanças tecnológicas e ao mesmo tempo manter a tradição, os conhecimentos sobre a floresta, a qualidade de vida, o respeito ao meio ambiente e a forma de olhar o mundo? Como incorporar as inovações sem perder a identidade e a origem marajoara? O homem marajoara não tem medo das inovações e da mudança, ele quer mudar, preservando, no entanto, o que tem de melhor na sua tradição.
Um professor francês, Jean Jaurés (1859-1914) escreveu que a defesa da tradição deve ser feita não para conservarmos as cinzas, mas para soprarmos as brasas: “Do passado – ele diz – apoderemo-nos do fogo e não das cinzas”.
Esse é o espírito que tem animado as jornadas de oficinas e palestras que realizamos em Soure em quatro anos consecutivos. Discutimos questões como o desmatamento, a proteção da fauna da Ilha, o papel que o marajoara deverá desempenhar na luta pela preservação da Natureza e até problemas modernos como o aquecimento global.
Um pouco de geografia: o território e o meio-ambiente
Situada bem no coração da foz do Rio Amazonas, a Ilha de Marajó guarda muita beleza e contrastes. Maior ilha fluvio-marinha do mundo, com quase 50 000 km² (o tamanho dos estados de Sergipe e Alagoas juntos), a Ilha de Marajó é a extensão natural de uma visita à capital paraense. A viagem de lancha que separa Belém da cidade de Soure, capital da ilha, dura duas horas e atravessa as baías do Guajará e do Marajó. Situada na foz do Rio Amazonas, a ilha, um paraíso selvagem, é uma extensa planície, pontilhada de campos, matas, mangues e igarapés.
O lado oriental, mais próximo da capital paraense, abriga boa parte dos vilarejos e das fazendas de criação de búfalos (a manada da ilha é a maior do país). É nessa região que vive a maioria dos 250 000 habitantes de Marajó. Do outro lado da ilha, praticamente desabitado, os campos dão lugar a uma floresta úmida e abafada.
A melhor época para visitar Marajó vai de janeiro a junho, quando chove quase todo final de tarde e os campos ficam inundados, a relva, viçosa, e o clima, mais ameno. No resto do ano, o forte calor faz o solo rachar, abrindo cicatrizes na terra.
Os búfalos são uma presença marcante na vida dos marajoaras - tão forte quanto o carimbó e o lundu, danças de origem africana e indígena típicas do Pará. Os animais, que chegam a pesar meia tonelada, pastam livremente pelas ruas de Soure e até servem como viatura para uma espécie de polícia montada. Servem também como táxi e, no carnaval, puxam carroças equipadas com potentes caixas de som, numa curiosa mistura de carro de boi com trio elétrico. A passarela do samba em Soure, por sinal, foi batizada de Bufódromo, numa homenagem ao animal-símbolo da ilha. O curioso é que os búfalos chegaram à região por acidente, depois que um navio carregado dos animais, que seguia para a Guiana Francesa, encalhou na costa da ilha.Os animais nadaram até a praia e se adaptaram ao clima inóspito do lugar - ainda hoje é possível encontrar búfalos selvagens nas matas de Marajó.
Existe um turismo promissor na região. Para conhecer o modo de vida simples marajoara, nada melhor que hospedar-se numa das muitas fazendas. De dia, pode-se passear a cavalo e navegar pelos igarapés e, à noite, aventurar-se na focagem de jacaré. Caso, porém, se prefira o conforto de um hotel, nos arredores de Soure é possível encontrá-lo num hotel-fazenda. Lá, você poderá experimentar a sensação de montar no lombo de um búfalo. Quatro animais mansinhos - Vagalume, Louro, Sol e Rambo - estão às ordens de quem quiser fazer esse curioso passeio. E, no final da visita, se prova os quitutes de Dona Carlota, a dona do empreendimento, que faz uma deliciosa geléia de cupuaçu, fruta típica do Pará.
No vilarejo de Cachoeira do Arari, distante 74 quilômetros de Soure por uma estradinha de terra, a atração é outro traço marcante da cultura da ilha: as célebres cerâmicas marajoaras, herança dos primeiros habitantes. Cachoeira do Arari é a sede do Museu do Marajó que, além da coleção de artefatos marajoaras, destaca-se por investir na preservação da cultura e das tradições dos ilhéus. "A principal peça do museu é o caboclo marajoara", afirma o italiano Giovanni Gallo, que foi diretor do museu e escreveu o livro: Marajó, a ditadura da água.
A arte dos marajoaras
Povos de culturas sofisticadas povoaram a Ilha de Marajó muito antes da chegada do colonizador europeu. Eram os marajoaras, que dominavam a técnica de horticultura na floresta e desenvolviam a agricultura itinerante, com queimada e derrubada de árvores. Habilidosos arquitetos, os marajoaras faziam aterros artificiais para erguer suas casas nas épocas de cheia.
O maior legado desse povo, que desapareceu por volta do ano de 1.300, foi a estilizada cerâmica marajoara. São vasos, jarros, pratos, utensílios de cozinha e urnas funerárias ricamente enfeitados com curiosos desenhos - o mais comum é o de uma serpente, representada por espirais. As peças mais antigas datam de 980 a.C. e podem ser apreciadas nos museus do Marajó, em Cachoeira do Arari, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
O maior legado desse povo, que desapareceu por volta do ano de 1.300, foi a estilizada cerâmica marajoara. São vasos, jarros, pratos, utensílios de cozinha e urnas funerárias ricamente enfeitados com curiosos desenhos - o mais comum é o de uma serpente, representada por espirais. As peças mais antigas datam de 980 a.C. e podem ser apreciadas nos museus do Marajó, em Cachoeira do Arari, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
Inúmeros artesãos reproduzem peças de barro no estilo marajoara. A maioria dos ateliês fica em Icoaraci, cidade a 23 quilômetros de Belém, que tem uma cooperativa de ceramistas. O mais famoso de todos os artesãos é o seu Anísio, cujas bem trabalhadas peças já foram vendidas até para a Joalheria H. Stern. Quem visita seu ateliê pode acompanhar todo o processo de produção das peças.
Fonte: www.caruanasdomarajo.com.br
A Ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, palco da mais famosa pororoca do mundo e fenômeno de formação de ondas gigantescas no encontro da águas. Ela pode ter sido o primeiro ponto do território brasileiro a ser visitado pelos europeus dois anos antes da expedição portuguesa chegar a Cabrália, mas se o cartógrafo e navegador Duarte Pacheco Pereira passou mesmo por aqui, se fez desapercebido. De acordo com o Tratado de Tordesilhas, pisava em território espanhol.
Marajó foi habitado por diversas tribos indígenas, dentre eles, os aruãs, tribo mais numerosa e mais valente, de onde foram expulsos pelos Caraíbas. Os índios encontravam na ilha o ambiente ideal para viver e trabalhar a sua arte de desenhos geométricos, que hoje é distribuída pela Europa e América do Norte.
A ilha também se destaca por sua cultura, danças do carimbo e lundu e a cerâmica marajoara, além de também ser conhecida como a terra dos búfalos, devido a enorme população de búfalos, que é maior do que a de habitantes.
CLIMA
O clima na Ilha é de chuva, muita chuva. Portanto, a melhor época para se visitar a Ilha vai de junho a janeiro, período em que não chove tanto, tornando os passeios mais fáceis de serem praticados. Nos outros meses, a Ilha fica praticamente alagada, devido ao imenso volume de chuva.
ASPECTOS NATURAIS
Pouco conhecida, a Ilha de Marajó é um dos mais preservados santuários ecológicos da Amazônia, tendo como meios de transporte mais comuns, pesando cerca de meia tonelada, o búfalo.
Suas belezas naturais se dividem entre a planície coberta de savana e as densas florestas. Praias de rio, lagos de diversos tamanhos, igarapés, dunas, florestas e uma rica fauna fazem da Ilha de Marajó um dos maiores santuários ecológicos.
Os cenários são transformados de seis em seis meses, devido a grande quantidade de chuva, principalmente no primeiro semestre, quando as matas e os campos ficam embaixo das águas. No segundo semestre, o período da seca acaba e a visitação se torna mais favorável pela melhor observação dos animais e da vegetação. Praias com dunas claras, praticamente inexploradas são o grande atrativo.
A ilha de Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo, Com uma área de aproximadamente 40.100 km², situada no Estado do Pará na foz do Rio Amazonas. possui o maior rebanho de búfalos do Brasil. A vegetação é bem diversificada, que vai desde alagados à floresta amazônica, além de possuir rios e belas praias de água doce e salgada.
Soure - Ilha de Marajó - Pará
Pará - Amazônia
Norte do Brasil
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The island of Marajo is the largest fluvialmarine island in the world, with an area of approximately 40.100 km², located in Para State in the mouth of the Amazon River. It possesses the largest herd of buffalo in Brazil. The vegetation is diverse, ranging from wetlands to Amazon forest, also has beautiful beaches and rivers of freshwater and saltwater.
Pará - Amazônia
Norte do Brasil
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The island of Marajo is the largest fluvialmarine island in the world, with an area of approximately 40.100 km², located in Para State in the mouth of the Amazon River. It possesses the largest herd of buffalo in Brazil. The vegetation is diverse, ranging from wetlands to Amazon forest, also has beautiful beaches and rivers of freshwater and saltwater.
Soure - island of Marajo
Pará - Amazon
Northern Brazil
Pará - Amazon
Northern Brazil
ormond_marajo.jpg fonte imagem: geocities.ws
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