Buenos Aires – Argentina
Buenos Aires (lit. “Bons Ares”, em português) é a capital, bem como a maior e mais importante cidade da Argentina, figurando como a segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois de São Paulo. A cidade está localizada na costa oriental do Rio da Prata, na costa sudeste do continente sul-americano. A cidade de Buenos Aires não faz parte da Província de Buenos Aires e nem é sua capital, mas sim, é um distrito federal autônomo. A Grande Buenos Aires, como é chamada sua região metropolitana, é a terceira maior aglomeração urbana da América Latina, com mais de 13 milhões de habitantes (2010), superada somente pela Grande São Paulo e pela Grande Cidade do México Buenos Aires é considerada uma cidade global alfa pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC).
Após os conflitos internos do século XIX, Buenos Aires foi federalizada e removida da Província de Buenos Aires em 1880. Os limites da cidade foram ampliadas para incluir as antigas cidades de Belgrano e Flores, que agora são bairros da cidade.
O setor de maior importância na economia é o dos serviços, que representa 74% do Produto Interno Bruto (PIB). A indústria manufatureira é o segundo, tendo gerado em 2006 $26.454 milhões – cerca de 17% do PIB.
A cidade é também o centro cultural de maior importância da Argentina e um dos principais da América Latina. A importante oferta cultural encontra-se representada na grande quantidade de museus, teatros e bibliotecas, sendo alguns deles os mais representativos do país. Também se destaca a atividade acadêmica, já que algumas das universidades mais importantes da Argentina têm sua sede em Buenos Aires. Deve destacar-se que a cidade foi eleita pela UNESCO como Cidade do Design em 2005.
Buenos Aires foi originalmente nomeada após o santuário de “Nostra Signora di Bonaria” (italiano para “Nossa Senhora de Bonaria”), em Cagliari, na Sardenha. Na Constituição de 1994, a cidade tornou-se autônoma, daí o seu nome formal: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, em Português, Cidade Autônoma de Buenos Aires. Pessoas nascidas em Buenos Aires são chamadas de “porteños”.
Corazón argentino
Argentina: Um lugar cheio de encanto, bons vinhos e a famosa parrilla
As cores do Caminito
fonte imagem:dicas.guiamais.com.br
Bons ares
Cidade mais famosa da Argentina, Buenos Aires é uma capital cosmopolita e vibrante, capaz de equilibrar bem as tradições e charme europeu com manifestações jovens e pulsantes, já que tem uma veia artística acentuada. Conhecida como “a Paris da América do Sul”, a capital argentina é também a capital do tango e da parrilla – o país é o maior consumidor de carne vermelha do mundo. Outro destaque são seus elegantes parques espalhados pela cidade, vida cultural agitada e lojas charmosas e autênticas, com preço justo e acessível. Um programa muito comum entre os locais é sentar em um café para ler ou ver a vida passar – aliás, outro bom programa é visitar suas inúmeras livrarias e sebos, repletos de bons títulos. Para os amantes do futebol, um pulinho no estádio do Club Atlético Boca Juniors (“La Bombonera”), que além de visita guiada pelo local tem também um pequeno museu sobre a prática. Nos arredores, o colorido e animado bairro de La Boca, com o famoso passeio Caminito, seus artistas de rua e dançarinos. Já os fãs de mercados de pulgas vão se esbaldar na feira de San Telmo, que acontece todos os domingos e tem uma grande oferta de antiguidades e artesanatos. Apreciadores de bons restaurantes encontrarão ótimas opções nos bairros de Puerto Madero, Palermo e Recoleta.
Em Buenos Aires, o tédio não tem vez o que não falta é um bom programa para passar o tempo!
Em Buenos Aires, o tédio não tem vez o que não falta é um bom programa para passar o tempo!
Terra do vinho
Outro destino bastante procurado no país vizinho é a região produtora de vinhos, encabeçada pela cidade de Mendoza. Detentora de algumas das melhores produções vinícolas do continente, a região andina, fronteira com o Chile, é um prato cheio para os amantes da bebida, com degustação de vinhos e visitas às principais vinícolas. Também é interessante incluir no passeio uma visita ao Cerro Aconcágua, montanha mais alta do planeta fora da Ásia.
Pedacinho de geleira
Mais ao sul do país, a região da Patagônia é para quem adora explorar climas frios e neve, incomuns no Brasil. As pistas de esqui de Bariloche e Las Leñas são bastante disputadas; e a meridional Ushuaia tem uma rica fauna de animais típicos de climas gélidos, como orcas, pinguins e leões-marinhos uma festa para os fotógrafos de plantão! O Parque Nacional Los Glaciares, repleto de florestas subantárticas, paredões glaciais, animais em vias de extinção e alguns dos mais belos cumes andinos; foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1981.
cafenomundo.com.br
Caminito
Caminito é uma rua-museu e um logradouro tradicional, de grande valor cultural e turístico,[carece de fontes] localizado no bairro de La Boca, na Cidade de Buenos Aires,Argentina. O lugar adquiriu significado cultural devido a ter inspirado a música do famoso tangoCaminito (1926), composta por Juan de Dios Filiberto.
Ao contrário, a letra do conhecido tango, escrita por Gabino Coria Peñaloza, está inspirada num caminho da localidade de Olta, na província de La Rioja. Por esta razão e em homenagem a Coria Peñaloza, em 1971 uma rua da localidade de Chilecito recebeu também o nome de"Caminito".[1]
Janela no caminito. (Foto pordudutomasi;)
Localização
Encontra-se no pitoresco bairro de La Boca, com um de seus extremos frente ao Río Matanza, na Vuelta de Rocha, e a uns 400 metros do estádio La Bombonera, pertencente ao Club Atlético Boca Juniors.
O caminho se estende de leste a oeste, formando uma curva de aproximadamente 150 metros, atravessando em forma diagonal uma maçã limitada pelas ruas Araoz de Lamadrid (ao norte), Garibaldi (ao oeste), Magallanes (ao sul) e Del Valle Iberlucea (ao leste). Sua forma segue o curso de uma antiga via de bonde, posteriormente abandonada. Em 1959 foi convertido oficialmente numa "rua museu", com o nome de "Caminito".
Rua museu
Seu trajeto sinuoso se deve porque fluía ali um canal o qual desaguava no Riachuelo,e que devia cruzar-se com uma pequena ponte, devido a qual este trecho do bairro era chamado dePuntin, que quer dizer precisamente "ponte pequena" em dialeto genovês ou xeneize. Logo circulou ali um bonde portuário, até 1920. Uma vez cessado, a via se converteu num caminho natural, conhecida no bairro como La Curva.[2] que foi deteriorando-se como depósito de lixo.
Em 1950, um grupo de vizinhos, entre os quais se encontrava o conhecido pintor boquenseBenito Quinquela Martín, decidiram recuperar o lugar. Em 1959, na iniciativa de Quinquela Martín, o governo municipal construiu ali uma rua museu, com o nome que lhe havia posto o tango, Caminito:[3]
Um bom dia me veio a ideia de converter este pardieiro em uma rua alegre. Consegui que fossem pintadas todas as casas de material ou de madeira e zinco as quais dão seus fundos para este estreito caminho(...)E o velho pardieiro, foi uma alegre e formosa rua, com o nome da formosa canção e nela se instalou um grande Museu de Arte, no qual se podem admirar às obras de renomados artistas, doadas por seus autores generosamente.
Benito Quinquela Martín[4]
As casas de madeira e chapa cuja frente dá para o Caminito, respondem ao estilo do tradicional conventillo boquense, un tipo de vivenda popular precária a qual caracterizou ao bairro desde suas origens a fins do século XIX, como centro de residência deinmigrantes genoveses. Devido a seu valor cultural, as mesmas estão subsidiadas pelo Estado, o qual permite garantir un mantimento o qual os escassos recursos dos moradores do bairro não poderiam realizar. Se encontram pintadas de cores brilhantes, um costume do bairro o qual foi difundido pelo destacado pintor boquense Benito Quinquela Martín. Nas ruas adjacentes, podem recorrer-se osconventillos tradicionais de la Boca, construídos de chapas de metal acanaladas, montadas muitas vezes sobre pilares ou cimentos altos devido às frequentes inundações, e pintadas com cores brilhantes, tal como se encontram mantidos por seus habitantes.
Ao longo do curso da rua se encontram expotas obras artísticas de grande importância:
- "Herrero boquense", de Marisa Balmaceda Krause (n. 1913)
- "Esperando la barca", de Roberto Juan Capurro (1903 - 1971)
- "El maestro/ El coro/ El trabajo", de Humberto Eduardo Cerantonio (n. 1913)
- "La familia", de Nicasio Fernández Mar (n. 1926)
- "Guardia vieja - Tango", de Israel Hoffmann (1876-1971)
- "Clavel del aire", de Luis Perlotti (1890 - 1969)
- "Las tejedoras", de Luis Perlotti (1890 - 1969)
- "Santos Vega", de Luis Perlotti (1890 - 1969)
- "Regreso de la pesca", de Benito Quinquela Martín (1890 - 1977), realizada en cerámica por Ricardo Sánchez
- "Día del Trabajo", Benito Quinquela Martín (1890 - 1977), realizada en cerámica por Ricardo Sánchez
- "La canción", de Julio Vergottini (1905 - 1999)
- "La sirga", de Julio Vergottini (1905 - 1999)
- "Elevando anclas", de Julio Vergottini (1905 - 1999)
- "Fragata Sarmiento", de Angel Eusebio Ibarra García (1892-1972)
- Busto de Juan de Dios Filiberto (autor de la música del tango "Caminito"), de de Luis Perlotti;
- Busto de Gabino Coria Peñaloza (letrista del tango "Caminito") por Euzer Díaz
- "El bombero", de Ernesto Scaglia
- "El sembrador espiritual", de Antonio Sassone
- "La Raza",de José de Luca.
- "La madre", de Juan B. Leone
- "Joven boquense", de Orlando Stagnaro
A importância cultural do lugar fez de Caminito um centro cultural e turístico en si mesmo. No lugar se podem ver pares de tango que dançam sobre seus paralelepípedos. Ali se instala um mercado artesanal em que se vendem pinturas, souveniers, artesanato, pinturas naif e colagens com imagens do bairro de La Boca.
Caminito que el tiempo ha borrado,
que juntos un día nos viste pasar,he venido por última vez,he venido a contarte mi mal (...)
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- Tango Caminito
- Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto
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Um par de placas à entrada de Caminito dizem, incorretamente, que o tango estreou em 1923, quando em realidade foi em 1926.
fonte imagem:pasiontango.net
História do Tango
O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.
Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes e bem humoradas para as musicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas.
Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase haviam letras com temática voltada para esses ambientes. São letras francamente obscenas e violentas.
Homens dançando tango, Rosário, 1913.
Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. Existem várias versões de como isso aconteceu. A sociedade parisiense da época em que as artes viviam o modernismo ansiava por novidades e exotismos. O tango virou uma febre em Paris e, como Paris era o carro chefe cultural de todo o mundo civilizado, logo o tango se espalhou pelo resto do mundo. A parcelas moralistas da sociedade condenavam o tango, assim como já haviam se colocado contra a valsa antes, por o considerarem uma dança imoral. A própria alta sociedade Argentina desprezava o tango, que só passou a ser aceito nos salões de alta classe pela influência indireta de Paris.
Em 1917 começaram a surgir variantes formais do Tango. Uma delas, influenciada pela romança francesa, deu origem ao chamado Tango-canção. Tangos feitos para musicar uma letra. A letra passa a ser parte essencial do tango e conseqüentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. É considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - Tango-canção o "Mi Noche Triste" com uma letra que Pascoal Contursi compôs, em 1917, sobre uma música mais antiga chamada "Lita".
Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os executantes não eram mais os pequenos grupos que atuavam nos bordéis, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica.
Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935, quando faleceu vítima de um acidente de avião quando estava em pleno auge. Gardel cantava o tango em Paris, Nova York e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América latina. Eram multidões dignas de Elvis Presley e Beatles. Também foi responsável pela popularização do tango estrelando filmes musicais de tango produzidos em Hollywood.
Carlos gardel
A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabarés de luxo da década de 1920 estavam no auge de seu potencial. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era uma mera reminiscência. A fórmula ultra-romântica passa a caracterizar as letras: a chuva, a garoa, o céu, a tristeza do grande amor perdido. Muitos letristas eram poetas de renome e com sólida formação cultural.
A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky por uma lado, e por outro lado do Cool Jazz.
fonte imagem:mvdaily.com
Nessa época o tango passa a ser executado com alto grau de profissionalismo musical, mas no universo popular a década de 1950 vê a invasão do Rock'Roll americano e as danças de salão passam a ser prática apenas de grupos de amantes. Na década de 1960, uma lei de proteção á música nacional Argentina já está revogada, e o tango que era ouvido diariamente nas rádios vai sendo substituídos por outros ritmos estrangeiros, enquanto as gravadoras já não se interessam mais pelo tango. A juventude não só pra de praticar o tango no lazer cotidiano como passa a ridicularizá-lo como coisa fora de moda. Com o desinteresse comercial das gravadoras, poucos grandes tangos foram compostos. Tem sido mais comuns, as releituras de antigos sucessos e reinterpretações modernizadas dos maiores sucessos dos primeiros tempos.
Hoje a crítica Argentina detecta um retorno do tango, cada vez mais freqüente em peças teatrais e cinematográficas. Em 1983 se apresentou em Paris uma inovação relativa aos espetaculosa planejados para o exterior: os casais de profissionais que integravam o elenco provinham da "milonga porteña". Era quebrada a imagem de bailarino acrobático.
Cena do filme "Tango", 1998
http://tangobh.br.tripod.com/historiatango.htm
Rosário - Argentina
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