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LENDAS INDÍGENAS [texto de Regina Coeli
Vieira Machado]
(...)
ANHANGÁ
É um gênio andante, espírito arredio ou vagabundo, destinado a proteger os
animais das matas. Ele aparece sob a figura de um veado branco, com olhos de
fogo. Quando um caçador persegue um animal que está amamentando, corre o risco
de ser atacado pelo Anhangá.
O BOITATÁ
É uma cobra de fogo "boiguaçu", que aparece deslizando pelas matas,
espalhando clarões na noite. Quando morre, espalha uma luz que tem na barriga
pela escuridão da noite carregada pelo vento. Essa luz é proveniente dos olhos
dos animais de que ela se alimenta, principalmente dos gatos, que ela digere,
mas conserva a luz. Às vezes o boitatá anda a pé, como um fantasma branco e
transparente, de olhos grandes e furados, assustando animais e viajantes.
O BOTO
É o mais importante habitante encantado do rio Amazonas. Nas altas horas da
noite, propriamente à meia noite ele se transforma em gente.
Anda em cima dos paus das beiradas do rio, de preferência sobre os buritizeiros
tombados nas margens.
Veste roupa branca e usa um chapéu branco para ocultar uma abertura no alto da
cabeça por onde sai um forte cheiro de peixe e hálito de maresia. Ele aparece
nas festas tão elegante que encanta e seduz as donzelas. Dança a noite toda com
as mais jovens e mais bonitas da festa. Sai com elas para passear e antes da
madrugada pula na água e volta à forma primitiva de peixe, deixando as moças
sempre grávidas.
Além de sedutor e fecundador é conhecido também como o pai das crianças de
paternidade desconhecida, pois as mães solteiras o acusam de ser o pai de suas
crianças.
O Boto-homem é obcecado por mulheres, sente o cheiro feminino a grandes
distâncias. Para evitar que ele apareça esfrega-se alho na canoa, nos portos e
nos lugares onde ele gosta de aparecer.
O CAIPORA
É um menino escuro pequeno e rápido, cabeludo e feio, fuma cachimbo, e sua
função é proteger os animais da floresta, os rios, as cachoeiras.
Vive sondando as matas montado num porco, sempre com uma longa vara na mão.
Quando o caçador se aproxima o caipora pressente sua chegada através do vento
que lhe agita os cabelos.
Então sai a galope no seu porco fazendo o maior
barulho para espantar os veados, os coelhos, as capivaras e outros animais de
caça. As vezes, o caçador, sem ver direito, corre atrás do próprio caipora que
montado em seu porco faz zigue-zagues pelo mato até perder-se de vista.
O CAIRARA
Na tribo dos Bororós havia um pajé muito sábio. Ele vivia triste por ser gordo
e por isso todos o chamavam de cairara. Certo dia, ele descobriu uma erva que
os macacos comiam e os conservavam sempre esbeltos e ágeis. Resolveu tomar um
chá feito da erva, para ver se ficava esbelto como os macacos.
Durante sete dias ingeriu a porção.
Ficou esbelto, os cabelos finos se
alongaram, as pernas encolheram. Ficou assustado quando viu que até um rabo
começou a aparecer.Parou de beber a droga, mas a transformação continuou.
Hoje o cairara é uma espécie de macaco fino, inteligente e engenhoso que vive
nas matas da Amazônia.
A CIDADE ENCANTADA
No Maranhão um pouco abaixo do rio Gurupi existe uma grande pedra negra.
Os barcos de caboclos nunca passam à noite próximo a ela.
Esta pedra tem uma grande caverna. Dizem que antigamente existiu uma cidade nesse lugar e o mar cobriu tudo, ficando só a ponta da pedra de fora.
À noite se ouvem sons de instrumentos de música e até repiques de sino sair da pedra.
Os barcos de caboclos nunca passam à noite próximo a ela.
Esta pedra tem uma grande caverna. Dizem que antigamente existiu uma cidade nesse lugar e o mar cobriu tudo, ficando só a ponta da pedra de fora.
À noite se ouvem sons de instrumentos de música e até repiques de sino sair da pedra.
O CURUPIRA
É um ser do tamanho de uma criança de seis a sete anos, anda nu, é peludo como
o bicho preguiça, tem unhas compridas e afiadas, o calcanhar para frente e os
pés para trás.
Toma conta da mata e dos animais mora nos buracos das árvores que tem raízes
gigantescas, muito comuns da floresta amazônica.
Ele ajuda os caçadores e os pescadores que fazem o seu pedido e em troca
oferecem-lhe cachaça, fósforo e fumo. Este ofertório é para que o indivíduo
tenha fartura nas caçadas, pescarias e roçados.
As pessoas que não tem devoção para com ele sentem medo, enjoo e náuseas a
quilômetros de distância dele.
Com essas pessoas ele brinca fazendo com que
elas se percam na mata.
Para se livrar do curupira deve-se cortar uma vara fazer uma cruz e colocar em
um rolo de cipó tumbuí, bem apertado. Ele vê esse objeto e procura desmanchar o
enrolado, enquanto ele fica entretido a desmanchar o enrolado a pessoa tem
tempo para fugir.
A GALINHA GRANDE
Nas estradas pouco trafegadas aparece um animal, sob a forma de uma galinha,
acompanhado de uma grande ninhada de pintinhos. A galinha e os pintinhos vivem
mariscando, e quando avistam ou são avistados por alguém, começam a crescer e
acabam atacando o viajante, que tem que se defender com armas até eles
desaparecerem.
O GUARANÁ
Numa aldeia indígena um casal teve um filho muito bonito, bom e inteligente.
Era querido por toda a tribo. Por isso Jurupari, seu pai, começou a ter raiva
dele, até que um dia transformou-se em uma cobra, permanecendo em cima de uma
árvore frutífera.
Quando o menino ainda criança foi colher um fruto desta árvore, a cobra
atirou-se sobre ele e o mordeu. Sua mãe já o encontrou sem vida. Ela e toda
tribo choraram muito. Enquanto isso, um trovão rebombou e um raio caiu junto ao
menino. Então a índia-mãe disse: - É Tupã que se compadece de nós. Plantem os
olhos de meu filho, que nascerá uma fruteira, que será a nossa felicidade.
- Assim fizeram e dos olhos do menino nasceu o guaraná.
- Assim fizeram e dos olhos do menino nasceu o guaraná.
IARA OU UIARA
É uma ninfa que habita as águas dos rios, dos lagos e das cachoeiras.
Conhecida
como a dama das águas ou mãe d'água.
Possui grande encanto e beleza, apresenta-se sob a forma de uma sereia, metade
mulher e metade peixe.
Com a sua formosura atrai o homem, deixando-o tonto de
tanta paixão, e leva-o para o seu palácio encantado, que fica no fundo das
águas e mata-o, depois de usufruir de deliciosos momentos de prazer e núpcias
funestos.
O LOBISOMEM
A lenda do lobisomem (meio homem, meio lobo), diz que um homem se transforma em
um porco comum, de grande tamanho, e aparece sempre nos caminhos usados pelos
habitantes da região, nos dias de lua cheia a partir da meia-noite, soltando
uivos que apavoram as pessoas que ouvem. Algumas pessoas o ouvem como se fosse
um animal comendo ou roendo ossos. Quando isso acontece ele está preparado para
atacar com suas unhas enormes e brigar com as pessoas que aparecem na rua. Ele
ataca também animais domésticos como cachorros, gatos, vacas, cavalos.
A MANDIOCA
Numa tribo indígena a filha do Tuxaua deu à luz a uma menina branca como leite.
O Chefe quis matar a filha, mas um moço branco lhe apareceu em sonho e lhe
disse que a mãe da criança não era culpada.
A criança logo depois que nasceu começou a andar e falar. Mas não viveu muito
tempo. Antes de completar um ano, morreu sem ter adoecido. O Tuxaua mandou
enterrá-la na própria aldeia, e a mãe todos os dias lhe regava a sepultura,
sobre a qual nascera uma planta que deu flores e frutos. Os pássaros que os
comiam ficavam embriagados.
Certa vez a terra abriu-se ao pé da planta e apareceram as raízes.
Os índios as
colheram e viram que eram brancas como o corpo de Mani, e deram o nome de
Maníoca (casa de Mani) ou corpo de Mani.
E à planta deram o nome de maniva
(Mandioca).
A PRINCESA DO LAGO
Por detrás da praia de Maiandêua, no município de Maracanã, existe um lago de
águas claras e cristalinas, onde mora uma linda princesa loura, de uma beleza
sem igual. Ela aparece todas as noites, às margens da lagoa usando um lindo
vestido branco, passeia vagarosamente pela beira do lago e depois desaparece
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SACI PERERÊ
É um diabinho muito peludo, muito esperto e travesso. Ele aparece sempre às
sextas- feiras, à noite, pulando com uma perna só e mostrando seus olhinhos
brilhantes e os dentes pontiagudos.
Usa uma camisa e uma carapuça vermelha na cabeça e traz em uma das mãos um
cachimbinho de barro.
Sua tarefa é carregar para uma mata muito distante, crianças desobedientes e
manhosas, gorar ovos de ninhadas, queimar balões, azedar leite, fazer o milho
de pipoca virar piruá, e atacar os viajantes, pedindo fumo e fogo. Se alguém
recusar o seu pedido, ele faz tanta cócega que a pessoa morre de tanto rir.
O UIRAPURU
Certa vez um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique, mas
não podia aproximar-se dela. Então pediu a Tupã que o transformasse num
pássaro. Tupã fez dele um pássaro de cor vermelho-telha. Toda noite ia cantar
para sua amada. Mas foi o cacique que notou seu canto. Tão lindo e fascinante
era o seu canto, que o cacique perseguiu a ave para prendê-la, só para ele.
O Uirapuru voou para bem distante da floresta e o cacique que o perseguia, perdeu-se
dentro das matas e igarapés e nunca mais voltou. O lindo pássaro volta sempre
canta para a sua amada e vai embora, esperando que um dia ela descubra o seu
canto e seu encanto.
O VELHO DA PRAIA
Conta-se que uma casinha isolada na ponta sul da praia de Maracanã é
mal-assombrada, pois pertence a um velho de longas barbas brancas, vestido com
roupas velhas, apoiado a um grosso cajado de madeira, que aparece de vez em
quando para expulsar quem quer que seja de sua casa e depois desaparece nas
águas do mar.
O VELHO E O BACURAU
Um velho muito chato, vendo um bacurau (ave noturna) pular de um lado para
outro, pôs-se a gritar.
- Tua boca é grande!
Tua boca é grande!
- Não, não é, respondeu o bacurau.
Mas, como o bacurau ficou zangado, disse ao velho:
- Vou te levar comigo! Vou te levar agora....
Tua boca é grande!
- Não, não é, respondeu o bacurau.
Mas, como o bacurau ficou zangado, disse ao velho:
- Vou te levar comigo! Vou te levar agora....
E agarrou o velho, levou-o para o meio do mato, subiu com ele bem para o alto.
De repente soltou o velho. E ao sentir que ia se estrebuchar no chão abriu a
boca e começou a gritar ... então o bacurau defecou na sua boca.
É por isso que boca de velho fede...
A VITÓRIA-RÉGIA
Contam que certa vez uma linda índia, apaixonada, quis transformar-se em
estrela.
Na esperança de ver seu sonho realizado, a linda jovem lançou-se às
águas misteriosas do rio, desaparecendo em seguida.
Iaci, a lua que presenciou tudo, num instante de reflexão, apiedou-se dela por
ser tão linda e encantadora. Deu-lhe como prêmio a imortalização aqui na terra.
Por não ser possível levá-la para o reino astral, transformou-a em
vitória-régia (estrela das águas), doou-lhe um adorável perfume e espalmou-lhe
as folhas para melhor refletir sua luz, nas noites de lua cheia.
Recife, 18 de julho de 2003.
(Atualizado em 18 de agosto de 2009).
FONTES CONSULTADAS:
BEZERRA, Ararê Marrocos; PAULA, Ana Maria T. de. Lendas e mitos da Amazônia.
Rio de Janeiro: Demec, 1985. 102p.
CÂMARA CASCUDO, Luís da. Lendas brasileiras. Rio de Janeiro: Ed. de Ouro, 1984.
166p.
AS COMUNIDADES indígenas de Pernambuco. Recife: Condepe, 1981. 98p
Fonte: MACHADO, Regina Coeli Vieira. Lendas Indígenas. Pesquisa Escolar Online,
Fundação Joaquim
Nabuco, Recife. Disponível em: <
>. Acesso em: 11, dez, 2012
Portal Pesquisa Escolar
da Fundação Joaquim Nabuco.
Negrinho do Pastoreio
Na tradição gaúcha, uma espécie de anjo bom, ao
qual se recorre para achar objetos perdidos ou conseguir graças. É o negrinho
escravo que o dono da estância pune injustamente, açoitando-o e depois o
amarrando sobre um formigueiro. Mas seu corpo aparece intacto no dia seguinte,
como se não tivesse sofrido nenhuma picada , e sua alma passa a vaguear pelos pampas.
Lenda do Boitatá
É uma cobra-de-fogo (boia = cobra + atatá =
fogo), que vaga pelos campos, protegendo-os contra aqueles que os incendeiam.
Serpente transparente que incandescia como se estivesse queimando por dentro.
O
padre José de Anchieta, em 1560, é o primeiro a mencionar a boitatá como
personagem do mito indígena brasileiro.
Esse é o nome dado pelos índios ao fogo
fátuo.
É um fogo de cor azul-amarelado, que não queima o mato seco e nem
tampouco esquenta a água dos rios, o fogo simplesmente rola, gira, corre,
arrebentando-se e finalmente apagando-se. " ...
Quem encontra a boitatá pode
até ficar cego...
Quando alguém topa com ela só tem dois meios de se livrar: ou
ficar parado, muito quieto, de olhos fechados apertado e sem respirar, até
ir-se ela embora, ou, se anda a cavalo, desenrodilhar o laço, fazer uma armada
grande e atirar-lha por cima, e tocar a galope, trazendo o laço de arrasto,
todo solto, até a ilhapa! " Lendas do Sul, J. Simões L. Neto - Lenda da
Boitatá.
Curupira.
Entre os mitos indígenas, o Curupira é
incontestavelmente o mais antigo, companheiro inseparável das crenças
populares, de onde se admite a possibilidade de ser verdadeiramente indígena,
senão antes legado pela população primitiva que habitou o Brasil no período
pré-colombiano e que descendia dos invasores asiáticos.
Curupira, de “ Curu”,
abreviação de “curumim” e “ porá”, corpo ou corpo de menino. É a “Mãe do Mato”,
o tutor da floresta, que se torna benéfico ou maléfico aos frequentadores desta, segundo as circunstâncias e o seu procedimento.
Ele possui várias formas
apresentando-se através de uma figura de um menino de cabelos vermelhos,
peludo, com a particularidade de ter os pés virados para trás, pode Ter os
dentes azuis ou verdes e é orelhudo.
Todos lhe celebraram as manifestações como
guardião das florestas.
Para crença em geral, ele o Senhor, a Mãe, o
Guardião das florestas e da caça, que castiga a todo aquele que a destrói,
premiando a aqueles que não o contrariam no seu desejo de manter a mata viva, e
também para aqueles que se mostram solícitos e obedientes.
O Curupira, ora é
imperioso e brutal, ora é delicado e compassivo, ora não admite desrespeito ou
desobediência, ora se deixa iludir como uma criança. Segundo uma crença
generalizada, é o responsável pelo estrondo da floresta.
Assim, quando no
meio da mata se ouve um estrondo, que não seja uma trovoada, pode estar certo
que o Curupira anda por ali…
Sob sua guarda direta está a caça que protege, mas entende o caçador e é sempre propício ao homem que mate de acordo com suas necessidades, ou seja, para matar a fome dos seus filhos.
Mostra-se extremamente hostil ao caçador que persegue e mata as fêmeas quando prenhas ou cause danos aos filhotes. Para estes o curupira vira uma fera e um é inimigo terrível. Consegue iludi-los sob a feição de caça, levando-os longe…
Também é capaz de imitar a voz humana para atrair os caçadores, fazendo-os com que se percam dentro da floresta deixando-os no mato abandonados à fome e ao desamparo.
Além de ser protetor dos animais, o Curupira é considerado o Senhor das Árvores. Ele cuida de todas, protege as mudinhas, admira as grandes e bela árvores da floresta. Dizem que armado com um casco de jabuti, bate nas árvores para ver se conservam-se fortes para resistir as tempestades.
Sob sua guarda direta está a caça que protege, mas entende o caçador e é sempre propício ao homem que mate de acordo com suas necessidades, ou seja, para matar a fome dos seus filhos.
Mostra-se extremamente hostil ao caçador que persegue e mata as fêmeas quando prenhas ou cause danos aos filhotes. Para estes o curupira vira uma fera e um é inimigo terrível. Consegue iludi-los sob a feição de caça, levando-os longe…
Também é capaz de imitar a voz humana para atrair os caçadores, fazendo-os com que se percam dentro da floresta deixando-os no mato abandonados à fome e ao desamparo.
Além de ser protetor dos animais, o Curupira é considerado o Senhor das Árvores. Ele cuida de todas, protege as mudinhas, admira as grandes e bela árvores da floresta. Dizem que armado com um casco de jabuti, bate nas árvores para ver se conservam-se fortes para resistir as tempestades.
Boto cor-de-rosa:
uma lenda da época da escravidão
Lenda do Boto
A lenda do boto tem sua origem na região
amazônica (Norte do Brasil).
Ainda hoje é muito popular na região e faz parte
do folclore amazônico e brasileiro.
De acordo com a lenda, um boto cor-de-rosa sai
dos rios nas noites de festa junina. Com um poder especial, consegue se
transformar num lindo jovem vestido com roupa social branca.
Ele usa um chapéu
branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande.
Com seu jeito galanteador e falante, o boto aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-as.
Com seu jeito galanteador e falante, o boto aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-as.
Logo após, consegue convencer as mulheres para um passeio no fundo do rio,
local onde costuma engravidá-las.
Na manhã seguinte volta a se transformar no
boto.
Leci Generoso Lopes Junior Google +
Tupã, é o autor do trovão e dos relâmpagos, sendo o criador do
raio, tal onipresença celeste confere a este um poder significativo na
mitologia Tupinambá.
JACI, a formosa deusa Jaci, a Lua, a Rainha da
Noite que traz suavidade e encanto para a vida dos homens.
No início de todas as coisas, Tupã criou o
infinito cheio de beleza e perfeição.
Povoou de seres luminosos o vasto céu e
as alturas celestes, onde está seu reino. Criou então, a formosa deusa Jaci, a
Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos
homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa. Jaci
era irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.
Guaraci ou Quaraci na mitologia tupi-guarani é a
representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a
vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos
processos biológicos.
Também conhecido como Coaraci. É identificado com o deus
hindu Brahma e com o egípcio Osíris.
Yorixiriamori - Esse deus deixava as mulheres
encantadas com seu canto,o que despertou a inveja nos homens,que tentaram
matá-lo.
O deus fugiu sob a forma de um pássaro.
É um personagem do mito “A
Árvore Cantante”, dos Ianomâmis.
Essa árvore desapareceu depois da fuga da
divindade.
Anhangá - Deus do inferno e inimigo de Tupã.Pode
se transformar em vários animais, e quando aparece para alguém, é sinal de
má-sorte.
Ceuci - Deusa protetora das lavouras e das
moradias, seu filho Jurupari, mesmo nome de um peixe brasileiro, nasceu do
fruto da Cucura-purumã, árvore que simboliza o bem e o mal na mitologia
Tupi-guarani.
Akuanduba - Divindade dos índios araras, tocava
a sua flauta para por ordem no mundo.
Wanadi - Deus dos iecuanas,ele criou três seres
para gerarem o mundo. Os dois primeiros cometeram um erro, e criaram uma
criatura defeituosa,que representa os males do mundo. O terceiro concluiu o ato
da criação.
Yebá Bëló - Conhecida também como “A mulher que
apareceu do nada”, é uma divindade do mito de criação dos índios dessanas.
Segundo eles,os seres humanos surgiram das folhas de coca(ipadu), que ela
mascava.
O Mundo dos Orixás
Yemonjá, é a rainha de todas as águas do mundo, seja dos
rios, seja do mar.
O seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa,
mãe cujo filhos são peixes. Na África era cultuada pelos egbá, nação Iorubá da
região de Ifé e Ibadan onde se encontra o rio Yemojá. Esse povo transferiu-se
para a região de Abeokutá, levando consigo os objectos sagrados da deusa, e
foram depositados no rio Ogum, o qual, diga-se de passagem, não tem nada a ver
com o Orixá Ogum, apesar de no Brasil Yemojá ser cultuada nas águas salgadas, a
sua origem é de um rio que corre para o mar. Inclusive, todas as suas
saudações, orikís e cantigas remetem a essa origem, Odó Iyà por exemplo,
significa mãe do rio, já a saudação Erù Iyà faz alusão às espumas formadas do
encontro das águas do rio com as águas do mar, sendo esse um dos locais de
culto a Yemonjá.
Yemonjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo
mundo. É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os órgãos que a relacionam
com a maternidade, ou seja, a sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados.
Yemonjá é o espelho do mundo, que reflete todas
as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de
conduta. Ela é a mãe que orienta, que mostra os caminhos, que educa, e sabe,
sobre tudo, explorar as potencialidades que estão dentro de cada um, como fez
com os guerreiros de Olofin, mostrando o quanto eram bons nos seus ofícios, mas
dizendo, ao mesmo tempo, que a guerra maior é a que travamos contra nós mesmos.
A energia de Yemanjá juntou-se a Orugan.
Dessa
interação nasceram diversos omo- Orixás e dos seus seios rasgados jorraram
todos os rios do mundo.
Yemonjá é a própria água, suas lágrimas transformaram
transformar num rio que correu em direção ao oceano.
Portanto, não é por acaso
que as lágrimas e o mar tem o mesmo sabor.
Dissimulada, e ardilosa Yemonjá faz uso da
chantagem afetiva para manter os filhos sempre perto de si.
É considerada a
mãe da maioria dos Orixás de origem Iorubá.
É o tipo de mãe que quer os filhos
sempre por perto, que tem uma palavra de carinho, um conselho, um alívio
psicológico.
Quando os perde é capaz de se desequilibrar completamente.
Yemonjá é a mãe que não faz distinção dos seus
filhos, sejam como forem, tenham ou não saído do seu ventre.
Quando
humildemente criou, com todo amor e carinho, aquele menino cheio de chagas, fez
irromper um grande guerreiro.
Yemonjá criou Omulu, o filho e senhor, o rei da
terra, o próprio Sol.
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