MITOLOGIA
Na Mitologia Grega, Marte era denominado Ares, filho de Zeus com Hera. Uma das doze divindade gregas do Olimpo, o Deus da Guerra, personificava o aspecto sanguinário e selvagem das batalhas, bem como o terror imposto pela carnificina. Conhecido por ser excessivamente bruto e sanguinário, que guerreava pelo simples prazer de lutar, sem se preocupar com qual dos dois lados estava a razão.
Conta uma lenda, que Ares era freqüentemente desafiado por Atena, que se divertia, vencendo-o e o envergonhando diante dos outros deuses. Quando Ares se queixou a Zeus, seu pai, que Atena havia ajudado Diomedes a feri-lo na guerra de Tróia, Zeus chamou-o de renegado e chorão e só permitiu que sua ferida sarasse porque era seu filho. Em certa ocasião, Ares lutou com Atena para se vingar por ela ter ajudado Diomedes, mas... , perdeu de novo, porque Atena jogou-lhe uma rocha com tanta força que ele foi projetado fora do céu, caindo na terra e levantando uma nuvem de poeira. Gemendo sem parar, foi socorrido por Afrodite, que o levou de volta para o céu, carregando-o em seus braços.
Apesar de figurar entre os doze maiores deuses da Grécia, não possuía nenhuma das qualidades nobres tão comuns aos outros deuses. Por essa razão, seu culto não era muito popular entre os Gregos, sendo seu maior legado o Areópago ateniense.
Na Mitologia Grega, Marte era denominado Ares, filho de Zeus com Hera. Uma das doze divindade gregas do Olimpo, o Deus da Guerra, personificava o aspecto sanguinário e selvagem das batalhas, bem como o terror imposto pela carnificina. Conhecido por ser excessivamente bruto e sanguinário, que guerreava pelo simples prazer de lutar, sem se preocupar com qual dos dois lados estava a razão.
Conta uma lenda, que Ares era freqüentemente desafiado por Atena, que se divertia, vencendo-o e o envergonhando diante dos outros deuses. Quando Ares se queixou a Zeus, seu pai, que Atena havia ajudado Diomedes a feri-lo na guerra de Tróia, Zeus chamou-o de renegado e chorão e só permitiu que sua ferida sarasse porque era seu filho. Em certa ocasião, Ares lutou com Atena para se vingar por ela ter ajudado Diomedes, mas... , perdeu de novo, porque Atena jogou-lhe uma rocha com tanta força que ele foi projetado fora do céu, caindo na terra e levantando uma nuvem de poeira. Gemendo sem parar, foi socorrido por Afrodite, que o levou de volta para o céu, carregando-o em seus braços.
Apesar de figurar entre os doze maiores deuses da Grécia, não possuía nenhuma das qualidades nobres tão comuns aos outros deuses. Por essa razão, seu culto não era muito popular entre os Gregos, sendo seu maior legado o Areópago ateniense.
No Egito, durante a Dinastia Ptolomaica, eram
realizadas celebrações em sua homenagem, citadas por Heródoto como o sexto
festival em ordem de grandeza naquele país, onde também existia um oráculo do
Deus da Guerra.
http://iarammv-atelierastrologico.blogspot.com.br/
Caio Mizerkowski GoogLle +
14:05 - Grega em
11.12.2012
Tradução de Ares o amante do amor
Como ambos o deus da guerra e a ‘contraparte’ e companheiro de Afrodite, é
fácil identificar Ares como um deus da dor. Ele é a dor de balas destruindo e
entrando no, de perder membros em explosões e a dor, seja momentânea ou
longa, da morte. Mas ele também é, como pai de Anteros, deus do amor não
correspondido, e amante de Afrodite, deusa da beleza e amor, o deus da dor do
amor. Os conceitos de guerra e amor tem sido interligados seguramente por
séculos, se não milênios de anos. O caso de amor de Afrodite e Ares é um
testemunho disso: que amor e guerra pertencem juntos, e que você ao pode ter
realmente um sem o outro.
Se um considera Ares como deus da dor, ele se torna mais que o estereotipo que
muitos fazem dele. Ele se transforma no deus de receber dor, deus de dar dor e
mesmo um deus de controlar essa dor. O dar e receber a dor são claro no seu papel
como deus da guerra e deus da dor do amor o coração quebrado e dor no coração
que é tanto falado quando se fala do amor mas é somente quando alguém pensa
profundamente em Ares que eles podem tirar uma chegar mais perto de quem,
realmente, ele realmente é.
Ele é o deus da guerra, como é bem conhecido até pela pessoa comum. Ele é o
deus da febre da guerra, da sede de sangue da guerra a necessidade cantante
de batalhar que corre nas veias de guerreiros. Ele é, claro, o deus dos
guerreiros, soldados, heróis, campeões e sob esse aspecto, ele se torna,
também, o deus dos esportes e esportividade. Ele se torna também, o deus do
desafio, de lutar para conseguir o que quer (ou precisa) o deus da rivalidade
da teimosia e da coragem, Homero, na Ilíada (como 5,454,5506 e 172110)
concentra-se nesse aspecto posterior de Ares, como um deus que lidera homens na
batalha e encoraja-os quando ele falhariam. Como pai de Deimos e Phobos os
deuses de terror e pânico respectivamente e como deus da coragem, Ares se torna
o deus da inversão da coragem: ele se torna deus da covardia, seja se retirando
da guerra, correndo de um amor que exige muitos riscos, ou fugindo do
desconhecido. Ares mesmo corajosamente se esforça para alcançar essas coisas,
no entanto esse aspecto é difícil de achar nas palavras dos autores clássicos e
nas visões do mundo moderno.
Na Grécia antiga, Ares era um deus temido e freqüentemente odiado
diretamente. Ele representa muitas das doenças do mundo, especialmente quando
alguém o considera irmão, amante, companheiro, etc de Éris, mãe das
kakodaimones, os espíritos que são um praga para a humanidade.
Mas interessantemente, a contraparte Romana de Ares, Marte, era muito menos não
gostado. Marte era inicialmente um deus Romano da fertilidade, vegetação,
campos, fronteiras e fazendas; foi só quando o império Romano começou a
expandir que ele se tornou identificado com Ares e, talvez como resultado,
ganhado associações com a guerra. No entanto, é de minha opinião que Ares e
Marte são, na essência, o mesmo deus. Ares pode ser facilmente visto como deus
da fertilidade, quando se leva em conta seu relacionamento com Afrodite.
Afrodite e seu marido Hephestos não tinham filhos juntos apesar de serem
casados e parecem ter feito sexo várias vezes mesmo assim Afrodite e ares
trouxeram, por várias fontes, deuses como Eros, Anteros, Deimos, Phobos e
Harmonia, sugerindo a fertilidade e, entanto, a terra fértil (incluindo a
fertilidade da terra). Também, interessantemente, Priapos, o deus rústico da
vegetação, fertilidade e jardins (que também era considerado filho de Afrodite
mas não de Ares), ensinou Ares a dançar, assim aumentando mais a ligação entre
Ares e fertilidade e vegetação. Como deus da guerra, da dor do amor, coragem,
covardia e esportividade etc Ares seria naturalmente um deus de fronteira: as
fronteiras entre vida e morte, entre exércitos em guerra, entre o corpo humano
e o mundo além dele, etc. Ligação de Ares com fazendeiros e campos são mais
tênues como não muitos autores Gregos aparentemente não exploraram essa ligação
com fertilidade e com homens e mulheres da fazenda que dependem da fertilidade
da terra mas as ligações estão aí. Como deus dos guerreiros, ele também seria o
deus dos soldados e guerreiros que retornam, e da família dessas pessoas: que
provavelmente seriam fazendeiros. Ele é conhecido como um deus do campo de
batalha, mas também, como deus dos fazendeiros e da fertilidade, ele seria um
deus da terra fértil e áreas que podem ser cultivadas para comida como campos,
fazendas e etc.
Ares-Marte, então, é talvez um dos mais irracionalmente odiados deuses. Como
deus da coragem, bravura e teimosia, ele é o patrono daqueles que defendem o
que acreditam ou daqueles que protegem aqueles que não podem se os defender
inocentes; os jovens e os idosos. Ele é o patrono dos soldados, ambos em guerra
ou aqueles voltando pra casa, e ele é o guia daqueles que morrem no campo de
batalha. Ele é um deus que não esconde sua verdadeira natureza atrás de doce
poesia e sorrisos gentis ele é a realidade dura do mundo, a realidade que
morde. Ele é a crueldade em ser gentil; ele não é cruel pelo bem disso mesmo,
mas pelo bem maior do individuo ou comunidade. Ele é o amante do amor, sendo
assim vida ele protege a próxima geração, e ainda assim ele é constantemente
demonizado, reduzido a meramente um aspecto do que ele verdadeiramente é. Ele é
um deus de muitas mais coisas do que só guerra, ou a luxuria por uma; e uma
pessoa podia fazer muito pior que ter seus conselhos e proteção como um patrono
ou amigo.
Diana Joy
Community
- Mitos e
Lendas (Geral)
O ambicioso Titã Saturno por influência de sua mãe
terra, e pelo poder do Universo matou seu pai deus Céu. Arrancou
a genitália do deus deposto, o fecundo órgão caiu
nas águas fecundando o Mar. Da espuma do Mar e do sêmen divino de
maneira excêntrica e inesperada nasceu Vênus, a mais bela das deusas!
Diana Joy
Community
Numa era muito antiga só havia o caos o
mundo era governado pelo Céu, filho da Terra. Um dia este, unindo-se à própria
mãe, gerou uma raça de seres prodigiosos, chamados Titãs.
A grande amizade de Diana e Órion, ambos exímios
caçadores, deixou Apolo irmão da deusa com muito ciúmes. Ele enganando Diana
fez com que ela matasse Órion. Para trazê-lo de volta à vida, ela pediu a seu
pai Júpiter que o colocasse entre as estrelas, desde então Órion aparece nos
Céus.
Community
Para quem não sabe, a origem da tartaruga é de uma ninfa,
Quelone. Por ser lenta ela faltou ao casamento do grande Júpiter e
da poderosa Juno, e foi transformada na...
Teofila Leal
14/12/2012 - Grega
Crhonos o filho corajoso de Gaia. Salvou sua mãe
do desejo infinito de Urano.
Acredito que os homens ciumentos, aqueles que não
aceitam que seus amores compartilhem nada com os outros. Devem ter herdado o
egoísmo deste Deus.
Teofila Leal
Hera é uma
deusa extremamente ciumenta. Acho que ela é a protetora dos lares.
Diana Joy
O caçador Adônis foi o homem mais belo que a
Grécia já conheceu. Por ele se apaixonaram duas deusas. Grande paixão
de Vênus(deusa do amor). Foi morto por um pelas presas de um javali,
no lugar onde ele foi enterrado brotaram algumas flores cor de sangue. Depois
de morto adentrou a morada dos mortos, diante de sua estonteante beleza
Prosérpina (rainha dos infernos) se apaixonou. Com a permissão de Plutão
pode viver entre os mortos e os vivo, junto a suas duas amadas.
Diana Joy
O caçador Adônis foi o homem mais belo que a
Grécia já conheceu. Por ele se apaixonaram duas deusas. Grande paixão
de Vênus(deusa do amor). Foi morto por um pelas presas de um javali,
no lugar onde ele foi enterrado brotaram algumas flores cor de sangue. Depois
de morto adentrou a morada dos mortos, diante de sua estonteante beleza
Prosérpina (rainha dos infernos) se apaixonou.
Com a permissão de Plutão pode viver entre os mortos e os vivos, junto a suas duas amadas.
Diana Joy
Com a permissão de Plutão pode viver entre os mortos e os vivos, junto a suas duas amadas.
Diana Joy
Community
Acteão em uma de suas caçadas encontrou uma
fonte na qual estava Diana e as ninfas tomando banho, vendo a nudez da
deusa. Diana encolerizada o transformou em um alce, o caçador virou a
caça. Ao tentar se aproximar dos seus amigos caçadores foi morto por um
dos seus cães de caça.
Paulo Jorge Corrêa Mota Junior
Community
"GOSTO DO "MITO DE SÍSIFO"
http://ateus.net/artigos/filosofia/o-mito-de-sisifo/
(...)
Os deuses tinham condenado Sísifo a rolar um rochedo incessantemente até o cimo de uma montanha, de onde a pedra caía de novo por seu próprio peso. Eles tinham pensado, com as suas razões, que não existe punição mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança.
Se acreditarmos em Homero, Sísifo era o mais sábio e mais prudente dos mortais. Segundo uma outra tradição, porém, ele tinha queda para o ofício de salteador. Não vejo aí contradição. Diferem as opiniões sobre os motivos que lhe valeram ser o trabalhador inútil dos infernos. Reprovam-lhe, antes de tudo, certa leviandade para com os deuses. Espalhou os segredos deles. Egina, filha de Asopo, foi raptada por Júpiter. O pai, abalado por esse desaparecimento, se queixou a Sísifo. Este, que tomara conhecimento do rapto, ofereceu a Asopo orientá-lo a respeito, com a condição de que fornecesse água à cidadela de Corinto. Às cóleras celestes ele preferiu a bênção da água. Foi punido por isso nós infernos. Homero nos conta ainda que Sísifo acorrentara a Morte. Plutão não pôde tolerar o espetáculo de seu império deserto e silencioso. Despachou o deus da guerra, que libertou a Morte das mãos de seu vencedor.
Diz-se também que Sísifo, estando prestes a morrer, imprudentemente quis pôr à prova o amor de sua mulher. Ele lhe ordenou jogar o seu corpo insepulto em plena praça pública. Sísifo se recobrou nos infernos. Ali, exasperado com uma obediência tão contrária ao amor humano, obteve de Plutão o consentimento para voltar à terra e castigar a mulher. Mas, quando ele de novo pôde rever a face deste mundo, provar a água e o sol, as pedras aquecidas e o mar, não quis mais retornar à escuridão infernal. Os chamamentos, as iras, as advertências de nada adiantaram.
Ainda por muitos anos ele viveu diante da curva do golfo, do mar arrebentando e dos sorrisos da terra. Foi necessária uma sentença dos deuses. Mercúrio veio apanhar o atrevido pelo pescoço e, arrancando-o de suas alegrias, reconduziu-o à força aos infernos, onde seu rochedo estava preparado.
Já deu para compreender que Sísifo é o herói absurdo.
Ele o é tanto por suas paixões como por seu tormento. O desprezo pelos deuses, o ódio à Morte e a paixão pela vida lhe valeram esse suplício indescritível em que todo o ser se ocupa em não completar nada.
É o preço a pagar pelas paixões deste mundo. Nada nos foi dito sobre Sísifo nos infernos. Os mitos são feitos para que a imaginação os anime. Neste caso, vê-se apenas todo o esforço de um corpo estirado para levantar a pedra enorme, rolá-la e fazê-la subir uma encosta, tarefa cem vezes recomeçada. Vê-se o rosto crispado, a face colada à pedra, o socorro de uma espádua que recebe a massa recoberta de barro, e de um pé que a escora, a repetição na base do braço, a segurança toda humana de duas mãos cheias de terra. Ao final desse esforço imenso medido pelo espaço sem céu e pelo tempo sem profundidade, o objetivo é atingido. Sísifo, então, vê a pedra desabar em alguns instantes para esse mundo inferior de onde será preciso reerguê-la até os cimos. E desce de novo para a planície.
É durante esse retorno, essa pausa, que Sísifo me interessa. Um rosto que pena, assim tão perto das pedras, é já ele próprio pedra! Vejo esse homem redescer, com o passo pesado, mas igual, para o tormento cujo fim não conhecerá. Essa hora que é como uma respiração e que ressurge tão certamente quanto sua infelicidade, essa hora é aquela da consciência. A cada um desses momentos, em que ele deixa os cimos e se afunda pouco a pouco no covil dos deuses, ele é superior ao seu destino. É mais forte que seu rochedo.
Se esse mito é trágico, é que seu herói é consciente. Onde estaria, de fato, a sua pena, se a cada passo o sustentasse a esperança de ser bem-sucedido? O operário de hoje trabalha todos os dias de sua vida nas mesmas tarefas e esse destino não é menos absurdo. Mas ele só é trágico nos raros momentos em que se torna consciente. Sísifo, proletário dos deuses, impotente e revoltado, conhece toda a extensão de sua condição miserável: é nela que ele pensa enquanto desce.
A lucidez que devia produzir o seu tormento consome, com a mesma força, sua vitória. Não existe destino que não se supere pelo desprezo.
Se a descida, assim, em certos dias se faz para a dor, ela também pode se fazer para a alegria. Esta palavra não está demais. Imagino ainda Sísifo indo outra vez para seu rochedo, e a dor estava no começo.
Quando as imagens da terra se mantêm muito intensas na lembrança, quando o apelo da felicidade se faz demasiadamente pesado, acontece que a tristeza se impõe ao coração humano: é a vitória do rochedo, é o próprio rochedo. O enorme desgosto é pesado demais para carregar. São nossas noites de Getsêmani. Mas as verdades esmagadoras perecem ao serem reconhecidas. Assim, Édipo de início obedece ao destino sem o saber. A partir do momento em que ele sabe, sua tragédia principia. Mas no mesmo instante, cego e desesperado, reconhece que o único laço que o prende ao mundo é ó frescor da mão de uma garota. Uma fala descomedida ressoa então: “Apesar de tantas experiências, minha idade avançada e a grandeza da minha alma me fazem achar é que tudo está bem”. O Édipo de Sófocles, como o Kirílov de Dostoiévski, dá assim a fórmula da vitória absurda. A sabedoria antiga torna a se encontrar com o heroísmo moderno.
Não se descobre o absurdo sem ser tentado a escrever algum manual de felicidade. “Mas como, com umas trilhas tão estreitas?”
No entanto, só existe
um mundo. A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São
inseparáveis. O erro seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da
descoberta absurda. Ocorre do mesmo modo o sentimento do absurdo nascer da
felicidade. “Acho que tudo está bem”, diz Édipo, e essa fala é sagrada.
Ela
ressoa no universo feroz e limitado do homem. Ensina que tudo não é e não foi
esgotado. Expulsa deste mundo um deus que nele havia entrado com a insatisfação
e o gosto pelas dores inúteis.
Faz do destino um assunto do homem e que deve ser acertado entre os homens.
Toda a alegria silenciosa de Sísifo está aí. Seu destino lhe pertence.
Seu rochedo é sua questão. Da mesma forma o homem absurdo, quando contempla o seu tormento, faz calar todos os ídolos. No universo subitamente restituído ao seu silêncio, elevam-se as mil pequenas vozes maravilhadas da terra. Apelos inconscientes e secretos, convites de todos os rostos, são o reverso necessário e o preço da vitória. Não existe sol sem sombra, e é preciso conhecer a noite. O homem absurdo diz sim e seu esforço não acaba mais. Se há um destino pessoal, não há nenhuma destinação superior ou, pelo menos, só existe uma, que ele julga fatal e desprezível. No mais, ele se tem como senhor de seus dias. Nesse instante sutil em que o homem se volta sobre sua vida, Sísifo, vindo de novo para seu rochedo, contempla essa seqüência de atos sem nexo que se torna seu destino, criado por ele, unificado sob o olhar de sua memória e em breve selado por sua morte. Assim, convencido da origem toda humana de tudo o que é humano, cego que quer ver e que sabe que a noite não tem fim, ele está sempre caminhando. O rochedo continua a rolar. Deixo Sísifo no sopé da montanha! Sempre se reencontra seu fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também acha que tudo está bem. Esse universo doravante sem senhor não lhe parece nem estéril nem fútil.
Cada um dos grãos dessa pedra, cada clarão mineral dessa montanha cheia de noite, só para ele forma um mundo. A própria luta em direção aos cimos é suficiente para preencher um coração humano.
É preciso imaginar Sísifo feliz.
Faz do destino um assunto do homem e que deve ser acertado entre os homens.
Toda a alegria silenciosa de Sísifo está aí. Seu destino lhe pertence.
Seu rochedo é sua questão. Da mesma forma o homem absurdo, quando contempla o seu tormento, faz calar todos os ídolos. No universo subitamente restituído ao seu silêncio, elevam-se as mil pequenas vozes maravilhadas da terra. Apelos inconscientes e secretos, convites de todos os rostos, são o reverso necessário e o preço da vitória. Não existe sol sem sombra, e é preciso conhecer a noite. O homem absurdo diz sim e seu esforço não acaba mais. Se há um destino pessoal, não há nenhuma destinação superior ou, pelo menos, só existe uma, que ele julga fatal e desprezível. No mais, ele se tem como senhor de seus dias. Nesse instante sutil em que o homem se volta sobre sua vida, Sísifo, vindo de novo para seu rochedo, contempla essa seqüência de atos sem nexo que se torna seu destino, criado por ele, unificado sob o olhar de sua memória e em breve selado por sua morte. Assim, convencido da origem toda humana de tudo o que é humano, cego que quer ver e que sabe que a noite não tem fim, ele está sempre caminhando. O rochedo continua a rolar. Deixo Sísifo no sopé da montanha! Sempre se reencontra seu fardo. Mas Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também acha que tudo está bem. Esse universo doravante sem senhor não lhe parece nem estéril nem fútil.
Cada um dos grãos dessa pedra, cada clarão mineral dessa montanha cheia de noite, só para ele forma um mundo. A própria luta em direção aos cimos é suficiente para preencher um coração humano.
É preciso imaginar Sísifo feliz.
Leci Generoso Lopes Junior
Community
Édipo Rei
Filho de Laio e de Jocasta, herdeiro da maldição que assolava os Labdácias, foi abandonado ao nascer no Monte Citerão, já que Apolo havia predito a seu pai que se ele gerasse um filho, este o mataria. O criado, encarregado de executar essa missão perfurou-lhe os pés com um gancho de forma a poder suspender o menino numa árvore. Isso explica o fato pelo qual, ao ser encontrado por alguns pastores, foi chamado Édipo, que em grego significa “pés inchados”. Foi levado ao rei de Corinto, Pólibo, que, por não ter filhos, embora fosse casado com a rainha Peribéia,o adotou. Em certa ocasião, o jovem participava de um banquete, quando um coríntio referiu-se indiscretamente ao jovem como filho postiço. Intrigado, Édipo resolveu consultar o oráculo de Delfos para saber sua real origem. Além de não obter uma resposta precisa, o jovem se defrontou com uma revelação aterrorizante.
A resposta que Édipo recebeu é que, não somente mataria seu pai, mas desposaria sua própria mãe, gerando uma raça maldita. No intuito de evitar uma tragédia, desesperado resolveu fugir de Corinto, deixando para trás Pólibo e Peribéia, quem de fato acreditava serem seus pais verdadeiros.
À caminho da Fócida, onde
os caminhos de Cáulis e Tebas se bifurcam, o pobre rapaz se deparou com Laio e
sua escolta, composta por quatro pessoas além do rei: o arauto, um cocheiro e
mais dois escravos.
Este, cheio de impáfia, ordenou-lhe que desse passagem ao
rei de Tebas.
Como Édipo se recusasse sequer a alterar o passo, teve um de seus
cavalos executados pelo rei. Ignorando a verdadeira identidade do rei, Édipo
com o auxílio de sua arma, a bengala que o amparava no caminhar, e com grande
violência, matou a golpes Laio.
Chegando à Tebas, deparou com a Esfinge, monstro que vinha assolando a cidade há tempos. Descendente de uma família de monstros, sua mãe, Equidna, corpo de mulher e cauda de serpente que devorava todos os viajantes que dela se aproximassem. Ortro uniu-se a própria mãe, e dessa forma, tornou-se ao mesmo tempo pai e irmão da Esfinge. Esta havia sido enviada por Hera à cidade de Tebas para punir o rei Laio, responsável pelo suicídio de Crísipo, filho de Pélops.
Chegando à Tebas, deparou com a Esfinge, monstro que vinha assolando a cidade há tempos. Descendente de uma família de monstros, sua mãe, Equidna, corpo de mulher e cauda de serpente que devorava todos os viajantes que dela se aproximassem. Ortro uniu-se a própria mãe, e dessa forma, tornou-se ao mesmo tempo pai e irmão da Esfinge. Esta havia sido enviada por Hera à cidade de Tebas para punir o rei Laio, responsável pelo suicídio de Crísipo, filho de Pélops.
Misto de vários animais, a Esfinge tinha a cabeça e o busto de mulher,
as patas de leão, o corpo de cão, cauda de dragão e asas como as das Hárpias.
Instalada à entrada da cidade, mais precisamente no Monte Ficeu, propunha aos forasteiros que ali chegavam um enigma de grande complexidade e de difícil resolução. Os que não fossem capazes de decifrá-lo eram sumariamente eliminados, pois a criatura além de matar, devorava sua vítima. O monstro já havia feito muitas vítimas e os habitantes estavam alarmados quando Édipo, buscando exílio, chegou à Tebas. Ao enfrentá-la, foi recebido com a seguinte pergunta: “Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio dia dois e à tarde três?” Édipo sem dificuldade respondeu que este animal era o homem, que na infância engatinha, depois passa a caminhar com os dois pés e na velhice, com o peso dos anos, necessita de uma bengala, ou seja, de uma terceira perna para se sustentar.
Como já estava previsto pelo destino que no dia que alguém lograsse decifrar seu enigma a Esfinge morreria, esta, precipitou-se do alto de um precipício e morreu espatifada contra os rochedos.
Aclamado pela população agradecida, tornou-se rei, e, por conseguinte, recebeu também a mão da rainha Jocasta em casamento.
Instalada à entrada da cidade, mais precisamente no Monte Ficeu, propunha aos forasteiros que ali chegavam um enigma de grande complexidade e de difícil resolução. Os que não fossem capazes de decifrá-lo eram sumariamente eliminados, pois a criatura além de matar, devorava sua vítima. O monstro já havia feito muitas vítimas e os habitantes estavam alarmados quando Édipo, buscando exílio, chegou à Tebas. Ao enfrentá-la, foi recebido com a seguinte pergunta: “Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio dia dois e à tarde três?” Édipo sem dificuldade respondeu que este animal era o homem, que na infância engatinha, depois passa a caminhar com os dois pés e na velhice, com o peso dos anos, necessita de uma bengala, ou seja, de uma terceira perna para se sustentar.
Como já estava previsto pelo destino que no dia que alguém lograsse decifrar seu enigma a Esfinge morreria, esta, precipitou-se do alto de um precipício e morreu espatifada contra os rochedos.
Aclamado pela população agradecida, tornou-se rei, e, por conseguinte, recebeu também a mão da rainha Jocasta em casamento.
Em outras palavras, Édipo cumpriu
a segunda e última parte da profecia, pois ao casar-se com a rainha, desposava
na verdade, sua própria mãe. Quatro filhos foram gerados desta união: Etéocles,
Polinice, Antígona e Ismena.
O rei de Tebas reinou durante anos tranquilamente
até o dia em que a população local começou a ser assolada por uma peste.
O oráculo, novamente consultado, declarou que para cessar a epidemia, se fazia necessário encontrar o assassino de Laio e baní-lo definitivamente de Tebas.
Tirésias, o grande vidente cego, trazido até a corte revelou a verdade sobre o crime e esclareceu a identidade e a história de Édipo.
Jocasta, humilhada e sem poder suportar a vergonha, suicidou-se.
Édipo, ao lado do corpo de sua mãe, vazou seus olhos. Expulso da cidade por Etéocles e Polinice, partiu para o exílio acompanhado por Antígona que o guiou até a Ática, onde foi acolhido por Teseu .
Tempos depois, seus filhos e Creonte, irmão de Jocasta, tentaram convencê-lo de regressar à Tebas, pois um oráculo havia predito que onde estivesse localizada sua tumba, os deuses dedicariam especial proteção. Inútil, porque Édipo, recusou-se terminantemente a realizar-lhes o desejo e viveu seus últimos dias em Colona, localidade situada próximo à Atenas. Foi por esse motivo que a cidade sempre logrou sair vitoriosa nas disputas contra Tebas.
Fonte: http://www.algosobre.com.br/mitologia/edipo.html
O oráculo, novamente consultado, declarou que para cessar a epidemia, se fazia necessário encontrar o assassino de Laio e baní-lo definitivamente de Tebas.
Tirésias, o grande vidente cego, trazido até a corte revelou a verdade sobre o crime e esclareceu a identidade e a história de Édipo.
Jocasta, humilhada e sem poder suportar a vergonha, suicidou-se.
Édipo, ao lado do corpo de sua mãe, vazou seus olhos. Expulso da cidade por Etéocles e Polinice, partiu para o exílio acompanhado por Antígona que o guiou até a Ática, onde foi acolhido por Teseu .
Tempos depois, seus filhos e Creonte, irmão de Jocasta, tentaram convencê-lo de regressar à Tebas, pois um oráculo havia predito que onde estivesse localizada sua tumba, os deuses dedicariam especial proteção. Inútil, porque Édipo, recusou-se terminantemente a realizar-lhes o desejo e viveu seus últimos dias em Colona, localidade situada próximo à Atenas. Foi por esse motivo que a cidade sempre logrou sair vitoriosa nas disputas contra Tebas.
Fonte: http://www.algosobre.com.br/mitologia/edipo.html
Édipo Rei
Richard
Wolf 13/12/2012
SOBRE PÉGASO
Pégaso é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da
mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa.
Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por Perseu.
SOBRE TESEU
Egeu casou-se com duas mulheres, Meta, filha
de Hoples e Chalciope, filha de Rhexenor, mas não teve filhos com nenhuma
delas; temendo perder o reino para seus irmãos (Palas, Niso e Lico), Egeu
consultou a Pítia, mas não entendeu sua resposta.
Na volta para Atenas, Egeu se hospedou em
Trezena, cujo rei Piteu, filho de Pélope, compreendendo o oráculo, fez Egeu se
embebedar e deitar com sua filha Etra. Na mesma noite, porém, Posidão também se
deitou com Etra.
Egeu pediu a Etra que, se ela desse à luz um
menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para
pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra.Depois
disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando
suas sandálias.
Egeu teve de voltar a Atenas, para celebrar o
festival Panateniense, onde Androgeu, filho de Minos, derrotou todos os
competidores. Androgeu foi morto; segundo uma versão, Egeu enviou contra
Androgeu o touro de Maratona, que o matou, ou Androgeu viajou para Tebas, para
participar dos jogos fúnebres em honra a Laio, e foi assassinado pelos
competidores. Quando a notícia da morte de Androgeu chegou a Minos, ele estava
sacrificando às Graças em Paros, e jogou fora a guirlanda que usava e
interrompeu a música das flautas, costume este que passou a ser adotado em
Paros, nos sacrifícios às Graças, feitos sem flautas e guirlandas.
Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte
como um herói.
Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele.
Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai e dirigiu-se para Atenas.
Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele.
Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai e dirigiu-se para Atenas.
Posêidon, Uma das mais
ancestrais e importantes divindades da mitologia grega, mas não um dos doze
olímpicos, deus do mar, dos rios e das fontes, o Netuno dos r...
Diana Joy
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Creusa estava na colheita de açafrão quando
inesperadamente foi agarrado pelo deus Apolo que a violentou. Do funesto
ocorrido ela engravidou. Escondendo de todos teve o bebê em uma
caverna, abandonando-o. Apolo que a seguia de longe o levou para o
seu santuário criando-o sem revelar que era seu pai. Creusa
passou a viver atormentada de arrependimento achando que o bebê
estava morto. Passaram-se muitos anos ela reencontra seu filho, o jovem
Íon, que fica maravilhado com a mãe perdoando-a.
HERMES
A figura do deus Hermes era motivo de grande veneração entre os gregos, que o consideravam um benfeitor e defensor da humanidade perante os deuses do Olimpo. Hermes, na mitologia grega, era filho de Zeus e da ninfa Maia.
Reverenciado como deus da fertilidade, tinha o centro de seu culto na Arcádia, onde se acreditava que tivesse nascido.
Seu nome tem origem, provavelmente, em herma, palavra grega que designava os montes de pedra usados para indicar os caminhos.
Considerado protetor dos rebanhos, era freqüentemente associado a divindades da vegetação, como Pã e as ninfas.
Entre suas várias atribuições incluíam-se as de mensageiro dos deuses; protetor das estradas e viajantes; condutor das almas ao Hades; deus da fortuna, da eloquência e do comércio; patrono dos ladrões e inventor da lira.
Era também o deus dos sonhos, a quem os gregos ofereciam a última libação antes de dormir.
Nas representações mais antigas, aparece como um homem adulto, com barba, vestido com uma túnica longa, ou com a imagem de um pastor, com um carneiro sobre os ombros.
Foi posteriormente representado como um jovem atlético e imberbe, com capacete alado, asas nos pés e, nas mãos, o caduceu - bastão mágico com que distribui fortuna.
Em Roma, foi assimilado ao deus Mercúrio.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br
Como servente especial de Zeus, Hermes tinha sandálias com asas, um chapéu alado e um caduceu dourado, ou vara mágica, entrelaçado por cobras e coroado com asas.
Conduzia as almas dos mortos ao mundo inferior e acreditava-se possuir poderes mágicos sobre o sono e os sonhos.
Hermes era também o deus do comércio e o protetor dos comerciantes e dos rebanhos.
Como a divindade dos atletas, ele protegia os ginásios e estádios e atribuía-se a ele a responsabilidade pela fortuna e a riqueza.
Apesar de sua característica virtuosa, ele era também um inimigo perigoso, astuto e ladrão.
No dia de seu nascimento ele roubou o gado de seu irmão, o deus Apolo, obscurecendo sua trilha e fazendo o rebanho caminhar devagar, atrasando-o.
Quando inquirido por Apolo, Hermes negou o roubo.
Os irmãos finalmente se reconciliaram quando Hermes deu a Apolo sua mais nova invenção: a lira.
Hermes foi representado na arte grega como um homem barbudo e adulto; na arte clássica ele era representado com uma juventude atlética, nu e sem barba.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mitologia-grega/hermes.php
Narciso de Michelangelo Caravaggio
Narciso
http://www.algosobre.com.br/mitologia/narciso.html
NARCISO E ECO!
Esqueceu-se de todo da ideia de alimento ou repouso, enquanto se debruçava sobre a fonte, para contemplar a própria imagem.
- Por que me desprezas, belo ser?
- perguntou ao suposto espírito.
- Meu rosto não pode causar-te repugnância.
As ninfas me amam e tu mesmo não parece olhar-me com indiferença.
Quando estendo os braços, fazes o mesmo, e sorris quando te sorrio, e respondes com acenos aos meus acenos.
Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem.
E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:
- Fica, peço-te! Deixa-me, pelo menos, olhar-te, já que não posso tocar-te.
Com estas palavras, e muitas outras semelhantes, atiçava a chama que o consumia, e, assim, pouco a pouco, foi perdendo as cores, o vigor e a beleza que tanto encantara a ninfa Eco.
Esta mantinha-se perto dele, contudo, e, quando Narciso gritava: "Ai, ai", ela respondia com as mesmas palavras. O jovem, depauperado, morreu.
E, quando sua sombra atravessou o Estige, debruçou-se sobre o barco, para avistar-se na água.
As ninfas choraram-no, especialmente as ninfas da água.
E, quando esmurravam o peito, Eco fazia o mesmo.
Prepararam uma pira funerária, e teriam cremado o corpo, se o tivessem encontrado; no seu lugar, porém, só foi encontrada uma flor, roxa, rodeada de folhas brancas, que tem o nome e conserva a memória de Narciso.
Karine Penteado
NARCISO E ECO!
"Eco era uma bela ninfa, amante dos bosques e dos montes, onde se dedicava
a distrações campestres. Era favorita de Diana e acompanhava-a em suas caçadas.
Tinha um defeito, porém: falava de mais e, em qualquer conversa ou discussão,
queria sempre dizer a última palavra.
Certo dia, Juno saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa, conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem.
Percebendo isto, Juno condenou-a com estas palavras:
- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma
coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última
palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.
A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe os passos. Quanto desejava dirigir-lhe a palavra, dizer-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afecto! Isso estava fora de seu poder, contudo. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder.
Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:
- Há alguém aqui?
- Aqui - respondeu Eco.
Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:
- Vem!
- Vem! - respondeu Eco.
- Por que foges de mim? - perguntou Narciso
Eco respondeu com a mesma pergunta.
- Vamos nos juntar - disse o jovem.
A donzela repetiu, com todo o ardor, as mesmas palavras e correu
para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.
- Afasta-te! - exclamou o jovem, recuando. - Prefiro morrer a te
deixar possuir-me.
- Possuir-me - disse Eco.
Mas foi tudo em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra.
A crueldade de Narciso nesse caso não constituiu uma exceção. Ele
desprezou todas as ninfas, como havia desprezado a pobre Eco. Certo
dia, uma donzela que tentara em vão atraí-lo implorou aos deuses que
ele viesse algum dia a saber o que é o amor e não ser correspondido.
A deusa da vingança (Nêmesis) ouviu a prece e atendeu-a.
Havia uma fonte clara, cuja água parecia de prata, à qual os pastores jamais levavam os rebanhos, nem as cabras monteses freqüentavam, nem qualquer um dos animais da floresta. Também não era a água enfeada por folhas ou galhos caídos das árvores; a relva crescia viçosa em torno dela, e os rochedos a abrigavam do sol. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Debruçou-se
para desalterar-se, viu a própria imagem refletida e pensou que fosse algum belo espírito das águas que ali vivesse.
Certo dia, Juno saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa, conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem.
Percebendo isto, Juno condenou-a com estas palavras:
- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma
coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última
palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.
A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe os passos. Quanto desejava dirigir-lhe a palavra, dizer-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afecto! Isso estava fora de seu poder, contudo. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder.
Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:
- Há alguém aqui?
- Aqui - respondeu Eco.
Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:
- Vem!
- Vem! - respondeu Eco.
- Por que foges de mim? - perguntou Narciso
Eco respondeu com a mesma pergunta.
- Vamos nos juntar - disse o jovem.
A donzela repetiu, com todo o ardor, as mesmas palavras e correu
para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.
- Afasta-te! - exclamou o jovem, recuando. - Prefiro morrer a te
deixar possuir-me.
- Possuir-me - disse Eco.
Mas foi tudo em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra.
A crueldade de Narciso nesse caso não constituiu uma exceção. Ele
desprezou todas as ninfas, como havia desprezado a pobre Eco. Certo
dia, uma donzela que tentara em vão atraí-lo implorou aos deuses que
ele viesse algum dia a saber o que é o amor e não ser correspondido.
A deusa da vingança (Nêmesis) ouviu a prece e atendeu-a.
Havia uma fonte clara, cuja água parecia de prata, à qual os pastores jamais levavam os rebanhos, nem as cabras monteses freqüentavam, nem qualquer um dos animais da floresta. Também não era a água enfeada por folhas ou galhos caídos das árvores; a relva crescia viçosa em torno dela, e os rochedos a abrigavam do sol. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Debruçou-se
para desalterar-se, viu a própria imagem refletida e pensou que fosse algum belo espírito das águas que ali vivesse.
Ficou olhando com admiração para os
olhos brilhantes, para os cabelos anelados como os de Baco ou de Apolo, o rosto
oval, o pescoço de marfim, os lábios entreabertos e o aspecto saudável e
animado do conjunto.
Apaixonou-se por si mesmo.
Baixou os lábios, para dar um beijo e mergulhou os
braços na água para abraçar a bela imagem. Esta fugiu com o contato, mas voltou
um momento depois, renovando a fascinação. Narciso não pode mais conter-se. Apaixonou-se por si mesmo.
Esqueceu-se de todo da ideia de alimento ou repouso, enquanto se debruçava sobre a fonte, para contemplar a própria imagem.
- Por que me desprezas, belo ser?
- perguntou ao suposto espírito.
- Meu rosto não pode causar-te repugnância.
As ninfas me amam e tu mesmo não parece olhar-me com indiferença.
Quando estendo os braços, fazes o mesmo, e sorris quando te sorrio, e respondes com acenos aos meus acenos.
Suas lágrimas caíram na água, turvando a imagem.
E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:
- Fica, peço-te! Deixa-me, pelo menos, olhar-te, já que não posso tocar-te.
Com estas palavras, e muitas outras semelhantes, atiçava a chama que o consumia, e, assim, pouco a pouco, foi perdendo as cores, o vigor e a beleza que tanto encantara a ninfa Eco.
Esta mantinha-se perto dele, contudo, e, quando Narciso gritava: "Ai, ai", ela respondia com as mesmas palavras. O jovem, depauperado, morreu.
E, quando sua sombra atravessou o Estige, debruçou-se sobre o barco, para avistar-se na água.
As ninfas choraram-no, especialmente as ninfas da água.
E, quando esmurravam o peito, Eco fazia o mesmo.
Prepararam uma pira funerária, e teriam cremado o corpo, se o tivessem encontrado; no seu lugar, porém, só foi encontrada uma flor, roxa, rodeada de folhas brancas, que tem o nome e conserva a memória de Narciso.
Karine Penteado
EROS E PSIQUE!
Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela. Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.
Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra.
Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos.
Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes.
Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz.
Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir.
Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto.
No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou..
Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido.
Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites.
Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados.
Psique sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs.
Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.
Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja.
Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade.
Embora advertida por seu esposo, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.
Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente.
Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.
Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus.
Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele.
Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo.
Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs.
A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura.
Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado.
Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.
Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor?
Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai.
Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus.
Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre.
O amor não pode conviver com a suspeita."
Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psique ficou inconsolável.
Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo.
Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar.
Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela. Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.
Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra.
Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos.
Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes.
Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz.
Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir.
Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto.
No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou..
Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido.
Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites.
Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados.
Psique sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs.
Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.
Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja.
Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade.
Embora advertida por seu esposo, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.
Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente.
Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.
Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus.
Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele.
Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo.
Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs.
A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura.
Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado.
Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.
Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor?
Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai.
Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus.
Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre.
O amor não pode conviver com a suspeita."
Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psique ficou inconsolável.
Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo.
Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar.
Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e
disse-lhe:
- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva.
Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada.
Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte.
Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas.
Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.
Como 2 ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro.
Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã.
De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.
Sua 3 ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume.
Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água.
Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa.
Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo.
A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades.
Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais."
Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro.
Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar.
Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa.
Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique.
Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia.
- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva.
Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada.
Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte.
Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas.
Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.
Como 2 ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro.
Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã.
De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.
Sua 3 ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume.
Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água.
Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa.
Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo.
A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades.
Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais."
Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro.
Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar.
Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa.
Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique.
Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia.
Então com toda a cerimônia,
Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas.
Centauros
Quem são os Centauros, mitologia grega,
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Centauro lutando contra um lápita
Quem e como eram e onde viviam
Na mitologia grega, os centauros eram seres mitológicos com corpo de cavalo e tronco e cabeça de ser humano. Viviam nas montanhas da Tessália (região central do território grego) e nos bosques das planícies da Arcádia (região central da Península do Peloponeso).
Eram filhos de Ixíon (rei dos Lápitas) e Néfele (deusa das nuvens).
Características
Os centauros eram seres dotados de muita força física. Eram espécies de monstros, porém com algumas características humanas. De acordo com o imaginário mítico dos gregos antigos, a parte inferior dos centauros (cavalo) era a responsável pela força física, brutalidade e impulsos sexuais. Já a parte humana era mais racional, com capacidade de analisar e refletir. Portanto, eram seres que representavam conflitos típicos dos seres humanos: razão, emoção e violência.
Aparecem em vários mitos e lendas, quase sempre associados a fatos envolvendo atos violentos e bárbaros.
Os centauros e os Lápitas
Um dos mitos mais conhecidos com a participação dos centauros fala sobre o casamento da princesa Hipodâmia e Pirítoo (rei dos lápitas).
Centauro lutando contra um lápita
Quem e como eram e onde viviam
Na mitologia grega, os centauros eram seres mitológicos com corpo de cavalo e tronco e cabeça de ser humano. Viviam nas montanhas da Tessália (região central do território grego) e nos bosques das planícies da Arcádia (região central da Península do Peloponeso).
Eram filhos de Ixíon (rei dos Lápitas) e Néfele (deusa das nuvens).
Características
Os centauros eram seres dotados de muita força física. Eram espécies de monstros, porém com algumas características humanas. De acordo com o imaginário mítico dos gregos antigos, a parte inferior dos centauros (cavalo) era a responsável pela força física, brutalidade e impulsos sexuais. Já a parte humana era mais racional, com capacidade de analisar e refletir. Portanto, eram seres que representavam conflitos típicos dos seres humanos: razão, emoção e violência.
Aparecem em vários mitos e lendas, quase sempre associados a fatos envolvendo atos violentos e bárbaros.
Os centauros e os Lápitas
Um dos mitos mais conhecidos com a participação dos centauros fala sobre o casamento da princesa Hipodâmia e Pirítoo (rei dos lápitas).
Os centauros foram convidados para o casamento, porém tentaram raptar
a princesa, depois de ficarem embriagados de vinho. Os lápitas reagiram e teve
início a uma grande guerra entre os centauros e os humanos. Grande parte dos
centauros foi dizimada e alguns sobreviventes fugiram para as montanhas da
Tessália.
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