Anita Garibaldi
Um nome... Uma Mulher... Uma valente guerreira!
Nascida na cidade catarinense de Laguna (SC), Ana Maria de Jesus
Ribeiro da Silva teve uma origem familiar humilde combinada com uma boa
educação.
Seguindo os padrões da época, casou-se bastante jovem, aos 15 anos,
com Manuel Duarte de Aguiar.
No ano de 1837, já com o desenvolvimento da
Revolução Farroupilha, ela teve a oportunidade e conhecer Giuseppe Garibaldi,
um dos principais líderes do movimento que conquistara sua cidade natal.
Logo se mostrando apaixonada por Giuseppe, Ana Maria resolveu abandonar o seu
infeliz matrimônio para que ao lado do revolucionário italiano marcasse a
História com o nome de Anita Garibaldi.
No tempo em que Laguna se transformou
em sede do governo da República Juliana, que tomou Santa Catariana, Anita
aprendeu a manusear espadas e armas de fogo.
Em pouco tempo, a paixão pelo
companheiro e os riscos da guerra se tornaram situações comuns à sua peculiar
rotina.
Durante a Batalha de Curitibanos, Anita foi capturada pelas tropas que
representavam o Império Brasileiro.
Presa e grávida do seu primeiro filho, ela
foi
enganosamente informada que Garibaldi havia falecido nos campos de batalha.
Inconformada e duvidosa sobre a informação, ela pediu aos oficias que a deixem
procurar o marido entre os corpos. Nesse instante, desconfiando do que lhe fora
dito, ela saltou em um cavalo e fugiu dos oficiais que a vigiavam.
Após atravessar um rio e passar alguns dias sem alimento, ela buscou refúgio
entre alguns revolucionários.
Poucos dias depois, Anita e Giuseppe se
encontraram na cidade de Vacaria.
Já em 1841, o casal seguiu para a cidade de
Montevidéu, para apoiar outra revolta contra o ditador uruguaio Fructuoso
Rivera.
Após a participação nos conflitos, Anita foi enviada para a Itália, em
1847, para realizar os preparativos que receberiam o marido e uma tropa de mil
homens que participariam das guerras de unificação da Itália.
Nesse novo conflito, o casal chegou até acidade de Roma, que havia sido posta
como a capital da nova República Romana.
Apesar da conquista, tiveram que
enfrentar a opulência das forças franco-austríacas, e bateram em retirada nas
ofensivas que marcaram a Batalha de Gianicolo.
Acompanhados por,
aproximadamente, quatro mil soldados, o casal de revolucionários ainda teve de
suportar a pressão de outros exércitos contrários ao processo de unificação.
Quando atingiram a cidade de San Marino, a embaixada norte-americana ofereceu
um salvo conduto que poderia tirar o casal daquela penosa situação de risco.
Não
aceitando o convite, por temer a desarticulação do processo de unificação,
Anita e Giuseppe continuaram a sua fuga.
A essa altura, esgotada pela quinta
gravidez, a valente revolucionária ficou abatida ao enfrentar uma grave crise
de febre tifoide.
Não resistindo, Anita faleceu nas proximidades de Ravenna, em
4 de agosto de 1849.
Ferozmente perseguido pelos soldados austríacos, Garibaldi não teve sequer a
oportunidade de acompanhar os cortejos fúnebres da esposa.
Partindo para o
exílio, o revolucionário italiano ficou dez anos fora da Itália. Somente em
1932, o corpo de Anita Garibaldi foi definitivamente transferido para a colina
de Janiculo, localizada na porção ocidental da cidade de Roma.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
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