BARCELONA, CIDADE-ARTE
Por Claudia Liechavicius
Um suspiro a cada passo. Sim, a cada passo. Afinal, Barcelona é uma cidade para ser percorrida a pé, lentamente... para dar tempo de saborear cada curva, cada cor, cada bar de "tapas", cada desenho, cada restaurante, cada detalhe. E que detalhes! Detalhes simplesmente assinados por filhos ilustres, como Gaudi, Picasso, Miró, e porque não incluir Ferran Adria nesse time de artistas. A capital da Catalunha emana arte por todos os poros, da mesa à arquitetura. E, mais do que isso. Tem um pouco de tudo que precisa para ser uma cidade feliz, dinâmica, livre, democrática, leve, colorida. Uma cidade perfeita. Barcelona tem praias, montanhas, céu azul, clima adorável, cafés pelas calçadas, tem uma prima-irmã da Champs-Elysées - o Passeig de Gracia, uma charmosa cidade medieval a alguns passos das Ramblas, avenidas arborizadas, os melhores bares de "tapas", museus fantásticos, prédios ultra-modernos, gente de todo tipo. Barcelona tem alma de artista! É uma cidade-arte.
Parque Güell, Barcelona.
La Gamba, desenhada por Mariscal.
Mosaicos da entrada do Parque Güell.
E POR FALAR EM ARTE...
Gaudi. Gênio ou louco? Essa pergunta foi feita por seus professores quando ele saiu da faculdade de arquitetura, em Barcelona. A resposta está impressa nas tantas obras ousadas do mestre catalão, espalhadas pela cidade. Ele foi ridicularizado por muitos, por ter projetos tão arrojados, com traços mimetizados da natureza e sempre em formas arredondadas. O industrial Eusebi Güell viu em Gaudi um homem à frente do seu tempo e patrocinou suas criações. Gaudi morreu aos 74 atropelado, em junho de 1926. Uma ironia do destino. Mas, deixou suas marcas. Sagrada Família, Casa Batlló, Casa Milá, Parque Güell, Palácio Güell estão entre suas principais obras.
A CASA BATLÓ surpreende de cara. Gaudi buscou inspiração na natureza, mais especificamente no mar, para a reforma que fez em 1900, no prédio número 43, do Passeig de Gracia. Sua fachada é mágica e hipnotizante. Varandas moldados com ossos e espinhaços de peixe, textura da parede inspirada nos tentáculos de um polvo, telhas em formato de escamas de peixe, vão central do prédio com ar de navio. E, como São Jorge é o padroeiro da Catalunha, o corrimão da escadaria central e o perfil do telhado remetem a um dragão. Além disso, tudo foi pensado em termos de funcionalidade. Os azulejos das escadarias do prédio tem cores mais claras nos andares baixos, onde a incidência do luz é menor e mais escuras nos andares altos. Escotilhas garantem a ventilação do prédio, num sistema que passou a ser comercializado 30 anos mais tarde. E, claro, formas arredondadas por toda parte não poderiam faltar, pois essa é a marca registrada de Gaudi. Atualmente, a Casa Batló é um museu aberto diariamente ao público. O valor do ingresso é de 18 euros. Não deixe de pedir o audio-guia, fundamental para se entender a obra em detalhes.
Fachada da Casa Batlló.
As varandas da Casa Batlló parecem ter sido construídas com ossos.
Os detalhes das fontes de água no pátio externo da Casa Batlló lembram polvos.
A área de circulação interna foi inspirada num navio.
Inclusive, o efeito irregular do vidro é para dar a sensação de que se está no mar. Incrível!
Homenagem à São Jorge. O telhado tem o formato de um dragão. Genial!
Outra obra fantástica de Gaudi é a CASA MILÀ, popularmente conhecida como La Pedrera. O prédio foi construído em 1905 para o industrial Pere Milà e sua esposa Roser Segimon e é considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, desde 1984. Mas, nem sempre foi assim. Contam que na época, quando o tapume foi retirado da frente do edifício de número 93 do Passeig de Gracia, a mulher do industrial ficou desesperada e chegou a dizer que o lugar parecia um ninho para serpentes e animais selvagens. O projeto é muito arrojado. Gaudi construiu um prédio imenso para a família morar no andar térreo e alugar os outros apartamentos. Na época muita gente achava o prédio horroroso, hoje é visto como uma obra de arte e desafia todos os conceitos da arquitetura convencional. Não possui linhas retas, apenas curvas. A fachada é toda ondulada, lembrando cavernas numa duna de areia e os balcões remetem a formas vegetais. O terraço é feito de esculturas impressionantes, que parecem guerreiros, servem como pontos de ventilação, chaminés e escadas de acesso. O prédio é muito louco. Uma tremenda viagem. Vale a pena visitar. Incrível saber que esse foi o primeiro prédio em Barcelona a ter garagem, copa e cozinha conjugadas e quartos com banheiro. É possível subir ao terraço, conhecer o Espaço Gaudi, visitar um apartamento montado como na época e fazer umas compras na lojinha. O ingresso custa 15 euros.
Fachada da Casa Milà.
Pátio interno da La Pedrera visto do terraço.
Pátio interno da Casa Milà, em formas arredondadas.
Chaminés do terraço da Casa Milà.
Passeig de Gracia visto da varanda do apartamento que é aberto à visitação na Casa Milà.
Chaminé no terraço e vista do Passeig de Gracia.
Apartamento mobiliado como na época da construção do prédio.
Área interna do prédio, Espaço Gaudi, em formas arredondadas, marca registrada do artista.
E a IGREJA SAGRADA FAMÍLIA? Que espetáculo! Obra-prima de Gaudi. Ela continua inacabada até os dias de hoje, pois Gaudi trabalhava no seu projeto mais controvertido quando foi atropelado por um bonde. Ela é única. Exuberante. Iluminada. Toda planejada em formas orgânicas. Uma obra de arte surreal para um templo religioso. A Sagrada Família parece um castelo de areia. Tem três fachadas. As laterais simbolizam a Paixão e a Natividade e a principal é a fachada da Glória. As quatro torres de cada fachada representam os 12 apóstolos. Desde 2005, a Sagrada Família faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.
A Sagrada Família é totalmente financiada por incentivo privado. Estima-se que esteja pronta até 2026, ano do centenário da morte de Gaudi.
Gaudi buscava na natureza sua fonte de inspiração. Dizia que as estruturas mais perfeitas eram as árvores e os esqueletos. A parte interna da igreja foi concebida como uma floresta, usando formas de árvores e plantas na sua sustentação.
Eucaristia celebrada pelo Cardeal - Arcebispo de Barcelona Lluis Martinez Sistach para angariar fundos para a finalização da igreja. A Sagrada Família tem capacidade para receber 14 mil pessoas.
O Pórtico da Caridade com cenas do nascimento de Cristo.
Gaudi realmente deixou impressas suas marcas na Catalunha. O PARQUE GÜELL é um sonho, um lugar encantado que não se pode deixar de conhecer em Barcelona. Foi feito entre 1900 e 1914 numa parceria de Gaudi com Eusebi Güell com o intuito de levar a burguesia a viver num local mais tranquilo e isolado perto das montanhas. Felizmente, o projeto não decolou e os 60 terrenos que seriam vendidos para construção de casas emperrou.
Já na entrada duas casinhas que parecem tiradas de fábulas infantis recebem os visitantes. Em cima de uma delas tem uma enorme cruz grega que Gaudi costumava usar em suas obras. A seguir, a escadaria de acesso é guardada por um enorme lagarto colorido e as paredes são repletas de mosaicos. No alto da escadaria, um espaço que foi feito para ser um mercado de alimentos para as famílias que morariam no parque, tem 86 colunas inclinadas, teto ondulado com murais coloridos e uma excelente acústica. Há com frequência músicos se apresentado nesse espaço. O pátio central tem bancos ondulados que parecem uma serpente e mais à frente grutas em formato de ondas e outras imitando plantas. A casa rosada foi onde Gaudi morou por 20 anos e hoje é um museu.
Casinhas de pão de mel em formato de cogumelo na entrada do Parque Güell.
Mosaicos da escadaria principal do Parque Güell.
Formas sempre arredondadas tanto no teto como nas colunas inclinadas no Mercado Hypostyle, do Parque Güell.
Grutas em formato de ondas. Inspiração sempre vinda da natureza.
O PALAU GÜELL é outra obra fantástica de Gaudi. Foi construído entre 1885 e 1890, para ser a residência de Eusebi Güell. Em 1984, foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO. O que impressiona são as soluções criativas à frente de seu tempo em relação à iluminação, materiais e cores. A visita deve ser feita com o auxílio de um audio-guia para melhor compreensão dos 24 cômodos abertos ao público. Esse palácio fica numa transversal das Ramblas. Num lugar muito fácil de chegar.
Fachada do Palau Güell, Barcelona.
O terraço do palácio tem 20 chaminés de formas bem inusitadas.
PELAS RAMBLAS
Já que o Palau Güell fica quase na esquina de Las Rambla, nada melhor do que aproveitar que está na área mais movimentada de Barcelona para uma caminhada. Gente de todos os cantos do mundo sobe e desce a rua. Ouve-se italiano, alemão, inglês, árabe, chinês... E acima de tudo catalão um idioma duro e que soa muito diferente do espanhol que conhecemos, mas que os nativos adoram e do qual tanto se orgulham. Aliás, movimentos para tornar a Catalunha independente da Espanha não faltam. Mas, isso é apenas um pequeno detalhe bem difícil de se tornar realidade. O que importa mesmo é sentar na calçada do Café Zurich, num dia de sol e ver o povo passar. Esse café é um ponto de encontro, em frente à Plaça de Catalunya, no início das Ramblas.
Plaça de Catalunya com a escultura La Deesa (de Josep Clara) e atrás bloco de mármore em homenagem ao presidente da Generalitat de Catalunya que foi derrubado pelo golpe militar do General Franco.
O principal ponto de partida dos ônibus turísticos e bicicletas de aluguel é na Plaça de Catalunya.
No século XIII junto aos muros da cidade de Barcelona que passavam onde hoje são Las Ramblas corria um riacho arenoso que costumava encher com as chuvas. Daí o nome de origem árabe "ramla" que quer dizer areia. A Fonte de Canalets, bem no início das Ramblas, à direita, era considerada nessa época, a fonte de melhor água da cidade. A água vinha dos Pirineus pelo rio Llobregat através de pequenas canaletas para servir à população. Na fonte há uma placa que diz que quem beber da água se apaixonará por Barcelona e voltará sempre. Eu já acho que nem é preciso beber a água da fonte. Barcelona é amor à primeira vista.
Fonte de Canalets, nas Ramblas de Barcelona.
Entrando na primeira rua à esquerda ao descer as Ramblas - Carrer de Santa Anna - tem uma igrejinha românica interessante, no fundo de um pátio, cuja entrada tem uma banca de flores- Igreja de Santa Anna. Ela é uma das igrejas mais antigas de Barcelona. Data do século XII e pertencia à Ordem dos Cavaleiros Teutônicos.
Na Igreja de Santa Anna eram celebrados rituais clandestinos de cavaleiros hereges.
De volta às Ramblas passe pelas bancas de flores, de souvenires, pelos tantos artistas de rua e olhe com atenção aos prédios à sua volta. Repare no relógio na fachada do Teatro Poliorama que marca a hora oficial de Barcelona, a Academia de Ciências Naturais, o tradicional Café Viena perfeito para se provar as deliciosas "flautas" (sanduíche catalão) com "una copa de cava", o monumento ao pintor catalão Fortuny, a Igreja de Betlem, o Palau de la Virreina, o Teatro do Liceu e desça até chegar ao Monumento a Colombo, na Plaça del Portal de la Pau. Só não esqueça de fazer uma parada obrigatória no mercado La Boqueria.
Las Ramblas.
Teatro Poliorama colado à Academia de Ciências Naturais.
Igreja de Betlem.
Teatro do Liceu - Casa de Ópera.
Monumento a Colombo.
LA BOQUERIA
Esse mercado é tradicionalíssimo em Barcelona. Entre sem medo, apesar da multidão que se aglutina nas barracas de frutas, verduras, legumes, frutos do mar, presunto cru e tudo que há de mais característico da culinária espanhola. Sente num dos balcões e se deleite. Não esqueça de beliscar um presunto Pata Negra.
O Mercado La Boqueria é imperdível!
Plaça Reial.
Continue descendo pelas Ramblas e se tiver interesse aproveite para ir até os estaleiros medievais e ao Museu Marítimo. Dizem que os estaleiros são os mais bem preservados do mundo. Ali foi construída a frota da Catalunha. As rampas que levavam os navios ao mar foram aterradas, mas na avenida ainda existe uma parte intacta dos muros da cidade do século XIV. Passe pelo Monumento de Colombo. Observe que Colombo está de costas para a cidade, dizem que isso é mau sinal. Depois que ele descobriu a América e voltou para contar a novidade, a coroa espanhola excluiu a Catalunha do comércio com o Novo Mundo e os catalães tem certo ressentimento por essa desfeita. Se quiser ver a cidade de cima basta subir o monumento de elevador.
Monumento de Colombo no final das Ramblas.
Edifício da Alfândega, no Rambla de Mar.
Porto de Barcelona.
La Golondrina passa ao lado da Torre de Jaume onde tem um teleférico.
O prédio branco se chama World Trade Center.
Para ir a praia de Barceloneta se passa pelo Moll d'Espanya.
Basta o sol abrir um pouquinho para a grama lotar de pessoas.
PELO BAIRRO GÓTICO
Aqui é preciso se perder pelo labirinto de ruas estreitas que acabam por levar novamente... às Ramblas. O Bairro Gótico surgiu com o assentamento de um grupo de romanos num monte chamado de Mons Taber. Mais tarde, foram-se os romanos, então visigodos e francos passaram a ocupar o lugar vazio. O que mais me chamou atenção nessa parte da cidade foi a Catedral de Barcelona. Ela foi construída entre os séculos XIII e XIX. Tem uma fachada gótica belíssima e um interior grandioso. Nas imediações estão o Arquivo Histórico da Cidade, a Casa de l'Ardiaca, o Palau de la Generalitat, o Museu da Diocese. O ideal é explorar a região sem pressa, com um bom guia de Barcelona nas mãos, observando os muros romanos e as fachadas trabalhadas. Na Plaça de Sant Jaume preste atenção aos prédios da Prefeitura de Barcelona e a Generalitat de Catalunya - sede do governo. A Prefeitura tem muitos murais e esculturas interessantes, pode ser visitada aos sábados e domingos pela manhã.
Catedral de Barcelona.
Prefeitura da cidade de Barcelona.
Generalitat de Catalunya.
Obra de arte na Plaça St Jaume.
É uma obra bastante moderna numa região antiga de Barcelona.
O contraste é interessante.
Há muitas ruas interessantes no Bairro Gótico e no Bairro Judeu.
Ainda nessa região, bem pertinho da catedral de Barcelona, não deixe de visitar o espetacular Palau de la Música Catalana. As cores e formas do prédio são arrebatadoras. Pena que ele esteja tão espremido no meio de outras construções. Fica até difícil de observar seus preciosos detalhes: São Jorge matando o dragão, marinheiros, bustos de Bach, Wagner e Bethoven. Seu interior é belíssimo. A casa foi projetada por Lluís Domènech i Montaner, em 1905. Foi concebido para ser um centro de música popular fazendo contraste com o Liceu, onde a aristocracia ouvia óperas. Visitas guiadas em inglês e espanhol podem ser agendadas na bilheteria, por 15 euros, diariamente as 10:00 e 15:30 hs. www.palaumusica.cat
Fachada do Palau de la Musica Catalana.
O Palau de la Musica Catalana também é Patrimônio Mundial da UNESCO, desde 1997.
PICASSO, RIBERA, BORN
Só uma visita ao Museu Picasso já justifica a ida ao antigo Bairro Born-Ribera, contíguo ao Bairro Gótico. O museu ocupa alguns casarões da Carrer Montcada - a rua mais aristocrática de Barcelona no século XIII. Foi inaugurado em 1963 durante o governo de Franco.
Picasso nasceu em Málaga, em 1881. Começou a pintar quando ainda era criança e viveu em Barcelona muitos anos. No entanto, ironicamente, depois que Franco assumiu o poder ele nunca mais retornou à cidade. O museu é dividido por fases e tem 3600 obras. Algumas de suas obras mais importantes não estão ali. Antes de sua morte, em 1973, ele doou algumas de suas principais obras. Mas, em quantidade o Museu Picasso sai na frente. O ingresso custa 3 euros e prepare-se para encarar uma fila.
Galerias do Museu Picasso.
Quase em frente ao Museu Picasso, no número 22 da Carrer Montcada, fica o famoso bar de tapas Xampanyet conhecido especialmente pelo espumante adocicado. Confesso que não me agradou muito nem pelo espumante nem pelos tapas nem pelo ambiente. Há lugares muito melhores na cidade para se comer.
Xampanyet.
Ruas estreitas do antigo bairro Born-Rivera.
Continue andando sem pressa pelo bairro. Vá até o Parc de la Citadela onde está o Zoológico de Barcelona e oMuseu de Arte Moderna. Conheça o Antigo Mercado de Born, o colorido Mercado de Santa Catarina e não deixe de passar pelo Arco do Triunfo.
Mercado de Santa Catarina.
MONTJUIC
Seguindo pela Gran Via de les Corts Catalanes, à esquerda de Eixample, fica a Plaça d'Espanya. Ela foi construída para a Exposição Internacional de 1929. É uma praça circular por onde passa um fluxo intenso de carros e ônibus. Tem uma fonte que foi projetada por um arquiteto que trabalhava com Gaudi - Josep Jujol (criador dos bancos que serpenteiam o Parc Güell e de algumas das esculturas do Palau de la Musica Catalana).
Plaça d'Espanya.
Torres venezianas na entrada da avenida que conduz às escadas rolantes do Montjuic.
Logo em frente, entre pela Avinguda de la Reina Maria Cristina, onde duas enormes Torres Venezianas se erguem imponentes. Passe pela Fira de Barcelona (Centro de Convenções), pelo Palau Nacional e se encante com a belíssima Fonte Mágica. À noite, as fontes são palco de um show de música e luz emocionante. O horário varia ao longo do ano e no inverno as fontes descansam. Muita gente se reúne para assistir o espetáculo.
Fonte Mágica.
De dia, passe pela Fonte Mágica, suba as escadas rolantes e circule pelo Montjuic aproveitando para visitar o Museu Nacional d'Art de Catalunya, o Pueblo Espanyol (reproduções de ambientes arquitetônicos do país), a Fundação Joan Miró , Caixa fórum (centro de exposições de arte, concertos e eventos) e o Estádio Olímpico. Quem gosta de arte pode passar um dia inteiro no Montjuic. E, quando quiser fazer uma pausa para descansar volte até o Les Arenas, uma construção circular em tijolos aparentes e com arcos em formato de ferradura. Era ali que aconteciam as touradas de Barcelona até 1990, quando foram proibidas. Agora foi transformado em um centro comercial. Atrás do Les Arenas fica o Parc Joan Miró, também conhecido como Matadouro. Depois de mortos na arena, os touros eram levados para lá. O destaque do parque é a grande escultura de Miró - Dona i Ocell (Muher e Pássaro), um belo exemplar da inspiração surrealista do artista.
Les Arenas.
Hoje, um shopping center, com vários restaurantes na cobertura.
Parc Joan Miró.
BARCELONA DE BICICLETA
A cidade é plana, fácil de percorrer e perfeita para ser explorada de bicicleta. A empresa Bicing é a que mais se vê pelas ruas. Há vários bicicletários espalhados pela cidade, basta pagar por um cartão de identificação que libera a bicicleta para ser usada pelo tempo estipulado. Você pode pegar num local e deixar em outro. Super prático.
Bicicletas de aluguel para andar pelas ruas de Barcelona.
RESTAURANTES
Botafumeiro. Restaurante de frutos do mar bastante tradicional de Barcelona. Muito bom. Gran de Gracia, 81. Telefone: + 93 218 4230 - http://www.botafumeiro.es/
Paco Meralgo. Excelente taberna para comer "tapas". Indicado pela super chef Roberta Sudbrack. O ambiente é descontraído e informal. Tente sentar no balcão. Tudo é bom e fresquíssimo. Fica na rua Muntaner 171 esquina com Córsega. Telefone: +93 430 9027 - http://www.pacomeralgo.com/
Bar Mut. É um bar de tapas pequeno, arrumadinho e maravilhoso. Também foi indicado pela Roberta Sudbrack. Tudo que comi foi excelente. Telefone para reservas 932 174 338
Tickets e 41. São as duas novas casas de Ferran Adria. Ficam no mesmo local sendo o Tickets, um bar de tapas e o 41, uma coqueteleria. O criador da gastronomia molecular fechou temporariamente as portas do El Bulli, onde começou a brincar com as propriedades químicas e físicas dos alimentos para se dedicar ao Tickets e ao 41. As reservas são disputadíssimas!!! Devem ser feitas pela internet a partir da meia-noite e se esgotam em segundos... Tentei muitas vezes e não consegui. Tenho um belo motivo para voltar à Barcelona!!! http://www.ticketsbar.es/
Tickets e 41. São as duas novas casas de Ferran Adria. Ficam no mesmo local sendo o Tickets, um bar de tapas e o 41, uma coqueteleria. O criador da gastronomia molecular fechou temporariamente as portas do El Bulli, onde começou a brincar com as propriedades químicas e físicas dos alimentos para se dedicar ao Tickets e ao 41. As reservas são disputadíssimas!!! Devem ser feitas pela internet a partir da meia-noite e se esgotam em segundos... Tentei muitas vezes e não consegui. Tenho um belo motivo para voltar à Barcelona!!! http://www.ticketsbar.es/
Rias de Galícia. Este restaurante é de um sócio do Ferran Adriá. O site para se fazer reservas online é o mesmo do Tickets e do 41. Mas, não espere encontrar o mesmo padrão deles. O restaurante é bom, simplesmente bom, nada excepcional. O melhor dele é sair andando e ir até o Montjuic que fica muito perto, para assistir o show noturno de águas e luzes. Fica na rua Lleida 7. Telefone: + 93 42 48152 - http://www.riasdegalicia.com/
HOTEL
El Palace. O hotel pertence ao grupo The Leading Hotels of the World. É super charmoso e bem localizado. Quartos amplos, banheiro lindo e café da manhã servido numa área coberta super charmosa. Gran Via de les Corts Catalanes, 668. Telefone: + 34 93 510 11 30 - www.hotelpalacebarcelona.com
Outros hotéis interessantes são o Mandarin Oriental, no Passeig de Gracia com decoração assinada pela designer espanhola Patricia Urquiola e o W, na praia de Barceloneta no formato de uma vela de barco, virou ícone da cidade.
DICAS IMPORTANTES
CLIMA: Barcelona é uma cidade relativamente quente (se comparada com o outras cidades europeias). Dizem que tem 320 dias de sol ao ano. mesmo assim, de outubro a abril as temperaturas são mais baixas, pois é o período de outono e inverno. Se quiser tempo mais ameno opte pelos meses de maio à setembro.
MOEDA: euro
IDIOMA: espanhol e catalão.
VISTO: brasileiros não precisam de visto.
ESSENCIAL:
Obras de Gaudi (Parc Güell, Sagrada Família, Casa Batlò, Casa Milá, Palau Güell...)
Las Rambras (La Boqueria)
Bairro Gótico
Museu Picasso
Montjuic (Fonte Mágica à noite e museus de dia)
Barceloneta
Bares de Tapas
Barcelona é uma daquelas cidades que quando você fala para os amigos que está indo a resposta é sempre um suspiro de prazer e alegria. Barcelona é apaixonante!!!
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