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terça-feira, 29 de julho de 2014

SAÚDE - DANÇAR AJUDA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS

DANÇAR AJUDA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS

Publicado em 22 de Apr de 2013 por Ana Paula Ferreira | Comente!

Há muito tempo, dançar deixou de ser visto apenas como um prazer, e especialistas já comprovam a sua utilidade no tratamento de doenças físicas e psíquicas


É importante que antes de iniciar qualquer tipo de atividade física a pessoa faça um check-up completo da saúde, principalmente do coração. Durante os exercícios, os músculos e órgãos vão trabalhar mais, então, precisam ter uma melhor irrigação sanguínea. Foto: Shutterstock
“Dance, dance, caso contrário estaremos perdidos”, já dizia a bailarina e coreógrafa alemã Pina Bausch, que de uma forma revolucionária procurava mostrar a relação entre movimento emoções. Hoje, váriastécnicas que buscam expressar o interior e as emoções por intermédio do corpo já são reconhecidas como terapêuticas além de agradar como um exercício completo. Fugindo dos estilos tradicionais mais conhecidos e extremamente regrados, como o balé clássico e o jazz, existe um mundo de novas dançasse técnicas que combinam os benefícios da atividade física com os conhecimentos da medicina.
Dentre os proveitos físicos que essa atividade oferece para quem a pratica com frequência estão a redução de peso, melhor resposta do organismo à insulina no caso dos diabéticos -, reeducação postural, diminuição do colesterol ruim (LDL) e aumento nos níveis do bom (HDL), redução da pressão arterial de hipertensos leves, melhor condicionamento físico e respiratório. Outro atributo é a diminuição da quantidade de glicose no sangue, que ajuda na prevenção do diabetes. “Como a dança combina o benefício aeróbico ao entretenimento, além do relaxamento proveniente do lazer, ela diminui a adrenalina que causa o estresse e problemas cardíacos”, afirma Marcelo Cantarelli, diretor da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHC) e da clínica Angiocardio (SP).
Já as melhoras psíquicas podem se manifestar pela diminuição da timidez, aprimoramento do convívio social, reconstrução de uma autoimagem que antes era distorcida e também da autoestima. Além disso, pode ser recomendada para auxiliar no tratamento de doenças mais graves — como a síndrome do pânico e a depressão ou o medo de se expor perante as situações cotidianas. 

Cuidado com o coração

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física é importante fazer um check-up completo da saúde, principalmente do coração. Durante os exercícios, os músculos e órgãos vão trabalhar mais, então, precisam ter uma melhor irrigação sanguínea. Para suprir essa demanda, o sangue tem que circular mais rápido pelo organismo. “Nesse momento, a pressão arterial máxima sobe e a mínima desce. Se a pessoa tiver algum problema cardíaco desconhecido, e não tratado, pode ter uma complicação como derrame ou infarto”, explica Marcelo Cantarelli.
Ainda existem os casos de morte súbita, onde é comum o sujeito não conhecer a existência de um problema no coração que provocava a arritmia, por exemplo, e acaba colocando a vida em risco durante a prática de qualquer esporte. Apesar de afetar diretamente o funcionamento do coração, pacientes compressão alta já detectada devem também praticar atividades físicas. Segundo Cantarelli, desde que as controlem com um médico, não há problema algum. Ele pode recomendar fazer um mapa da pressão arterial durante todo o dia, inclusive durante a prática dos exercícios, para ter um melhor diagnóstico e ajustar a medicação. “Com o tempo, eles podem até passar a ingerir menos remédios para a hipertensão”, completa o cardiologista.

Leia mais sobre atividades para bem-estar

Usando passos inspirados no balé clássico e métodos específicos da fisioterapia, Lavinia Teixeira, fisioterapeuta neuro funcional e professora da Academia Sergipana de Ballet, desenvolveu uma prática que ajuda jovens com déficits cognitivos. Ela utiliza o ritmo predeterminado pela música para fazer com que os seus alunos/pacientes sincronizem os próprios movimentos corporais. Isso estimula neles um sentido lógico para que o esforço executado se transforme na ação desejada. Essa técnica tem como objetivo a redução de contraturas e deformidades, melhor mobilidade, ganho de força muscular e controle motor, resultando numa maior qualidade de vida para o indivíduo. “Apesar de observar os benefícios da dança no desenvolvimento e aprimoramento neuromotor, o bem-estar que ela proporciona é o fator primordial nos resultados alcançados”, explica Lavínia.Deficiências motoras, sensoriais, cognitivas, ou o conjunto delas, podem ser trabalhadas com a Terapêutica Alternativa Lavínia Teixeira (TALT). Com aulas individuais e em grupo, a socialização também é estimulada nessa atividade. “Além do prazer que a música induz aos movimentos sincronizados a ela, o reforço positivo vindo da plateia potencializa os efeitos neuromotores, psico afetivos e sociais”, finaliza a fisioterapeuta. 


http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/dancar-ajuda-no-tratamento-de-doencas/412/

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