Sempre na minha mente e no coração...

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

REFLEXÃO - PIPOCAS DA VIDA



A pipoca


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. 

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. 

Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. 

Mas, de repente, vem o fogo. 

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. 

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. 

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. 

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! 

Sem fogo o sofrimento diminui. 
Com isso, a possibilidade da grande transformação também. 

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. 

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. 

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. 
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! 

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. 

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. 

Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. 

A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
 Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. 

Não vão dar alegria para ninguém. 

Extraído do livro O amor que acende a lua, de Rubem Alves.



Que a Paz seja contigo e com toda Humanidade!

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