01/09/2014
Onde o Infinito torna-se finito
Quando se olha para o sol, a milhões de quilômetros de distância no céu, aquela enorme estrela parece muitíssimo menor que a Terra. Contudo, o diâmetro da Terra é de aproximadamente 12.700 quilômetros; o do sol é cem vezes maior. Se fosse possível colocar nosso planeta ao lado do Sol, a Terra pareceria, comparativamente, um pequeno ponto. Suponhamos que o imenso globo solar esteja se expandindo, tornando-se cada vez maior, até que sua massa ocupe inteiramente a vasta extensão azul do firmamento. O espaço assim ocupado não passa, entretanto, de uma partícula, um simples ponto do espaço que se estende para além dos inumeráveis universos, até o infinito. Mesmo que o sol continuasse a expandir-se interminavelmente, ainda assim não comportaria a extensão do infinito. A ilusão cósmica da finitude impede a mente de conceber semelhante vastidão. Onde estão seus limites? Como surgiu esse vácuo sem fim? O Imensurável Sem Origem é Deus. Onipresente nos mais longínquos recantos do espaço, Ele está nas estrelas distantes, em você e em mim, sempre consciente de todos os lugares em que está.
Deus não é a mente – Ele a criou e está além dela. Do contrário, poderíamos concebe-Lo racionalmente. Podemos acertadamente denominá-Lo Consciência Divina, Alegria Divina, Existência Divina; mente nunca.
Embora a mente seja incapaz de englobar a Onipresença, ela pode, entretanto, sentir Deus. Sentir Sua presença e medi-la são duas experiências diferentes. A onda não consegue medir o tamanho do oceano, mas há um ponto de contato entre ambos. Assim, onde o Infinito torna-se finito existe um ponto de contato: a mente superconsciente. Essa mente pode sentir Deus. Quando expandimos a mente comum, a ponto de entrar na mente superconsciente, somos capazes de sentir a presença de Deus.
Paramahansa Yogananda
http://universonatural.wordpress.com/page/2/
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