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domingo, 23 de outubro de 2011

Passant par la France ... I love Paris!

França...Ula...Lá!!!Marcher en France

Giverny - França, jardim da casa de Monet



Este artigo apresenta uma visão geral e tópicos acerca da história da França.
As culturas mais antigas são as do paleolítico(50000-8000 a.C.), que deixaram rica herança artística de pinturas rupestres, como as deLascaux.
Os gregos, no século VII a.C., estabeleceram umacolônia em Marselha e negociaram com o interior através do vale do Ródano. No século V a.C. a cultura de La Tène se estendeu do leste da Gália a todo o resto do mundo celta.
As fronteiras da Françamoderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália, território habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos romanosno século I a.C., e os gauleses acabaram por adoptar a cultura e a língua latinas. Em 121 a.C., os romanos ocuparam Marselha, a que chamaram Massilia, e fundaram outros assentamentos no interior, que constituíram a base territorial da província romana da Gália NarbonenseJúlio César conquistou o resto da Gália entre 58 e 51 a.C., consolidando o poder romano.

Território francês de 985 a 1947. Em verde ganhos de territórios e em vermelho perdas.
Apesar de a monarquia francesa ser muitas vezes datada do século V, a existência da França como país costuma ser fixada no século IX com oTratado de Verdun, que definiu a partilha do Império Franco de Carlos Magno nas porções ocidental, central e oriental (a central foi absorvida pelas outras duas). A parte oriental pode ser considerada a origem histórica da Alemanha; já a parte ocidental formou o país que viria a ser conhecido como França.

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Franceses


De acordo com a constituição francesa, o povo francês refere-se a pessoas nascidas na França e/ou legalmente residentes com cidadania francesa, independentemente da ascendência, sem distinção de origem, raça ou religião [8].
A França não é um país onde o conceito de ser nacional está ligado à ascendência, raça e etnicidade. Por conseguinte, é um dos primeiros e únicos dos países europeus a adotar o critério de jus soli (direito de solo) e não o jus sanguinis ( direito de sangue) como requisito principal para o reconhecimento da nacionalidade.
Historicamente falando, no entanto, a base étnica dos franceses é deCeltas e latinos ou Gallo-romana (gauleses e romanos), misturada com osGermânicos da tribo dos Francos que invadiram a Gália Romana (território correspondente à atual França) no final do Império Romano [9].
Além dos três principais grupos étnicos, também contribuíram para a composição étnica inicial dos franceses: os Bretões (Celtas), principalmente na região da Bretanha; os aquitanos (bascos), com predominância na região histórica da Aquitânia; os ibéricoslígures,Normandos na região da Normandia, vários povos germânicos comoBurgúndiosVisigodos, bem como no sul do país, os gregos e minorias árabes (mouros e sarracenos) e de judeus [10], [11], [12], [13], [14], [15], [16], [17], [18].:
Depois da Segunda Guerra Mundial, há também um grande contingente de habitantes de origem africana e árabe, muitos vindos de ex-colónias francesas, como o SenegalCamarõesTunísiaMarrocosArgélia, etc. Além desses, há também minorias de origem bascaeslava (poloneses ehúngaros) e judaica no país.
Em decorrência da grande imigração, estima-se atualmente que quase 40% da população francesa tenha pelo menos um antepassado nascido no estrangeiro. O exemplo que mais ilustra essa diversidade étnica da França atual é a figura do presidente Nicolas Sarkozy, filho de pai imigrante húngaro e mãe de origem greco-judaica [19].


Língua francesa


francês (françaisAFI: /fʁɑ̃sɛ/) é uma língua românica com cerca de 136 milhões de falantes nativos no mundo.[1][2][3][4] São 500 milhões se incluídos os que a falam como segunda língua ou como língua estrangeira.[4][5] Além do mais, cerca de 200 milhões de pessoas aprendem francês como língua estrangeira, o que faz dela a segunda língua mais ensinada no mundo seguida do inglês.[6] Há comunidades francófonas em 56 países e territórios.[7] A maioria dos falantes nativos vive na França, o resto vive essencialmente no Canadá, em particular, na província do Quebec, com minorias nas províncias atlânticas, em Ontário, e pelo resto do Canadá, assim como na Bélgica, na Suíça, em Mônaco, em Luxemburgo e no estado americano da Luisiana.[8] A maioria dos que falam francês como segunda língua vive na África francófona, cujo número excede, pode-se argumentar, o de falantes nativos.[9]
O francês descende do Latim falado através do Império Romano, como também o são outras línguas nacionais como o italiano, o português, oespanhol, o romeno e o catalão, e línguas minoritárias como o provençal, o napolitano e muitas outras. Seus parentes mais próximos são as demais langues d'oïl e as línguas crioulas baseadas no francês. Seu desenvolvimento também foi influenciado pelas línguas celtas nativas daGália antes da chegada dos romanos e pela língua frâncica dos invasoresfrancos após a partida dos romanos.
É língua oficial em 30 países, a maioria dos quais integra a chamada La Francophonie, a comunidade dos países francófonos. É língua oficial em todas as agências das Nações Unidas e em um grande número de organizações internacionais.
Adicionalmente, do século XVII a meados do século XX, o francês serviu como a linguagem preeminente da diplomacia e de assuntos internacionais, bem como a língua franca entre as classes educadas da Europa. A posição dominante da língua francesa só recentemente foi tomada pela inglesa, desde a emergência dos Estados Unidos como superpotência.[10][11][12]
Como resultado das ambições coloniais da França e da Bélgica, entre os séculos XVII e XX, o francês foi introduzido à América, àÁfrica, à Polinésia, ao Sudeste Asiático, e ao Caribe.



Paris


Paris é a capital e a mais populosa cidade da França, bem como a capital da região administrativa de Île-de-France. A cidade se situa num dos meandros do Sena, no centro da bacia parisiense, entre os confluentes doMarne e do Sena rio acima, e do Oise e do Sena rio abaixo. Como a antiga capital dum império estendido pelos cinco continentes, ela é hoje a capital do mundo francófono.
A posição de Paris numa encruzilhada entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais no coração duma rica região agrícola a tornou uma das principais cidades da França ao longo do século X, beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma catedral. Ao longo do século XII, Paris se tornou um dos primeiros focos europeus do ensino e da arte. Ao fixar-se o poder real na cidade, sua importância económica e política não cessou de crescer. Assim, no início do século XIV, Paris era a mais importante cidade de todo omundo ocidental.
No século XVII, ela era a capital da maior potência política europeia; noséculo XVIII, era o centro cultural da Europa, cuja efervescência durante oIluminismo lhe permite ainda hoje carregar o título de Cidade Luz; e no século XIX, era a capital da arte e do lazer, a Meca da Belle Époque. Sua arquitetura, seus parques, suas avenidas e seus museus fazem-na, pelo ano de 2004, a cidade mais visitada do mundo francófono, com cerca de 25 milhões de turistas, aproximadamente 500 000 a mais do que em 2003, segundo a Secretaria de Turismo e de Congressos de Paris.[2] As margens parisienses do Sena foram inscritas, em 1991, na lista do Património Mundialda UNESCO.
Paris é a capital económica e comercial da França, onde os negócios daBolsa e das finanças se concentram. A densidade da sua rede ferroviária, rodoviária e da sua estrutura aeroportuária — um hub da rede aérea francesa e europeia — fazem-na um ponto de convergência para os transportes internacionais. Essa situação resultou duma longa evolução, em particular das concepções centralizadoras das monarquias e das repúblicas, que dão um papel considerável à capital do país e nela tendem a concentrar ao extremo todas as instituições. Desde os anos 1960, os governos sucessivos têm desenvolvido políticas de desconcentração e de descentralização a fim de reequilibrar o país.
Abrigando numerosos monumentos, por seu considerável papel político e econômico, Paris é também uma cidade importante na história do mundo. Símbolo da cultura francesa, a cidade atrai quase trinta milhões de visitantes por ano, ocupando também um lugar preponderante no mundo da moda e do luxo.
Em 2007, a população intra-muros (dentro do limite dos antigos muros) de Paris era de 2 193 031 habitantes pelo recenseamento do INSEE.[3] Porém, ao longo do século XX, a área metropolitana de Paris, se desenvolveu largamente fora dos limites da comuna original. A Grande Paris é, com seus 11 836 970 habitantes,[4] uma das maiores aglomerações urbanas da Europa e da União Europeia. Com um PIB de US$813.364 milhões[5] a Região Parisiense é um ator econômico europeu de primeira grandeza, sendo a primeira região econômica europeia.


França | Mapa: Cher



http://webcarta.net/carta/mapa.php?id=6645&lg=pt


Localização Athée-sur-Cher : País França



Festival jardins Chaumont Sur Loire 2005 -França Loir Et Cher
ridenoraraujo.blogspot.com

Paysages de France: " la maisonnette " ( Noyers-sur-Cher )
pt.db-city.com






Fotos Castelo de Chenonceau Rio Cher
pt.petrophoto.net


Chambord Castle, França

O Real Château de Chambord, Loir-et-Cher, França é um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua arquitetura em estilo Renascentista Francês que combina diferentes formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas.

http://gabriela120896.blogspot.com/
                                                     
 Residência  em Cher...Uma Região, com a minha cara!!!                                 



Localização Athée-sur-Cher : País França
http://pt.db-city.com/Fran%C3%A7a/Centro/Indre-et-Loire/Ath%C3%A9e-sur-Cher


Provença


Provença (Provença, em occitano provençal, segundo a norma clássica; Prouvènço, em occitano provençal, segundo a norma mistralianaProvence, em francêsProença, forma utilizada na Idade Média) é uma denominação geográfica para um antigo condado(transformado em 1481 em província real francesa) e que corresponde hoje, em sentido lato, a uma grande parte da região administrativa francesa de Provença-Alpes-Côte d'Azur. A Provença situa-se no sudeste da França e estende-se desde a margem esquerda do Ródano até a margem direita do Var, onde limita com o antigo condado de Nice, na margem esquerda do rio. É banhada pelo Mediterrâneo.
Durante a Idade Média, a Provença ocupava uma área maior que incluía os Alpes Meridionais e o território de Nice. A história retirou-lhe uma parte dos Alpes (que passou à província do Delfinado) e o território de Nice (anexado aos Estados da Sabóia em 1388). Na segunda metade doséculo XX, a criação da região administrativa da Provença-Alpes-Côte d'Azur restabeleceu em grande medida o território original da Provença medieval, com a inclusão dos Altos-Alpes e do território de Nice.

História


A Provença já era habitada desde os tempos pré-históricos, como indicam os restos de assentamentos, datados entre 27000 e 19000 a.C., encontrados por mergulhadores em 1991 na Caverna de Cosquer, perto de Marselha. Um sítio neolítico datado de cerca de 6000 a.C. foi descoberto em Marselha, próximo à estação ferroviária Saint Charles.
Marselha foi fundada em c. 546 a.C. por colonos gregos oriundos da cidade de Focéia (atual Foça, na Turquia), que fugiam de uma invasão persa. Com o nome de Massália, o assentamento tornou-se um dos principais portos comerciais do mundo antigo. Os foceenses também estabeleceram colônias em NiceArlesCannes e no sul de Nîmes.
Posteriormente a região veio a ser ocupada pelos lígures e pelos celtas. A partir do século II a.C., foi conquistada pelos antigos romanos e passou a ser uma província do Império Romano. Este fato é a origem do nome, do latim PROVINCIA ("província"), pois a Provença foi uma das primeiras áreas conquistadas pelos romanos fora da Itália. O cristianismo chegou cedo à Provença e, na altura do século III, a região já era consideravelmente cristã, com diversos mosteiros e igrejas em construção.
A Provença sofreu com a queda do Império Romano do Ocidente, devido às seguidas invasões: dos visigodos no século V, dosfrancos no século VI e dos árabes no século VIII, bem como incursões de piratas bérberes. Passou em seguida às mãos dos condes de Toulouse, como feudo dos condes de Barcelona (os futuros reis de Aragão).
Em 973, o conde Guilherme I derrotou os piratas árabes baseados em Fraxinetum na batalha de Tourtour e assumiu o título dePater Patriae. De 1032 a 1246, o país integrou o Sacro Império Romano. Tornou-se um feudo da coroa francesa em 1246, governado pela dinastia angevina. Com a morte de Carlos do Maine em 1481, a Provença foi herdada por Luís XI. Embora definitivamente incorporada ao domínio real francês em 1486, continuaram a existir alguns enclaves importantes dentro da Provença, como Orange, controlada pela Casa de Orange-Nassau até 1672; o Comtat Venaissin, baseado em Avinhão e sob domínio papal até 1791; e Nice e Menton, que somente foram integradas à Provença em 1860.
O extinto título de conde da Provença pertenceu sucessivamente a famílias locais de origem frâncica, à Casa de Barcelona, àCasa de Anjou e a um ramo da Casa de Valois.
Durante a Idade Média, marcadamente, a região se encontrou ligada por laços dinásticos à península Ibérica (Portugal).

Geografia



A Provença é limitada pelos Alpes e pela Itália a leste, pelo rio Ródano a oeste, e pelo Mediterrâneo ao sul. Possui características topográficas muito particulares, com planícies férteis no vale do Ródano, montanhas a leste (em especial o monte Ventoux, a cordilheira Luberon e as Aupilhas) e pântanos no sul (o Camargue).
Principado de Mônaco encontra-se entre Nice e a Itália. MarselhaAix-en-ProvenceAvinhão e Arles também são cidades importantes na Provença. Marselha é o maior centro urbano da região e a segunda maior cidade da França, além de ser a capital do departamento de Bocas do Ródano e da região administrativa da Provença-Alpes-Côte d'Azur.

Marselha, principal cidade da Provença
Típica plantação de lavandas na Provença


 
 



http://cantinhovovomaria.blogspot.com/2011/03/provencal-um-estilo-que-foi-criado-na.html

... trip por uma das regiões mais charmosas da França, a Provence...
Provença
correrpelomundo.com.br
Não é difícil gostar do Sul de França e querer voltar vezes sem conta à região da Provença. Para variar, nada melhor que conhecer alguns recantos que permitem fugir à azáfama da costa e regalar os olhos em lugares bonitos, que ainda mantêm um lado selvagem e rústico. Relato de uma viagem ao coração da Provença.



PROVENÇA - BELEZA NATURAL

Vista de Cassis, na costa mediterrânica da Provença
Vista de Cassis, na costa mediterrânica da Provença
Se é verdade que a natureza molda os caracteres, também estes costumam moldar a paisagem a seu gosto. Na Provença, a uma natureza sem sobressaltos, onde um céu quase sempre azul pontifica sobre um relevo harmonioso, sem mais dramatismos que não seja o despontar de uma fraga cinzenta numa seara, corresponde uma presença humana igualmente discreta e sem grandes surpresas. Mas há pequenas surpresas: rios antigos que cavaram gargantas na rocha arenosa, colinas avermelhadas de ocre, aldeias feitas da mesma pedra e da mesma cor do chão de onde se levantam, construídas em lugares inexpugnáveis. E também a surpresa da água, que brota em nascentes ocultas, ou entra, salgada, pela terra dentro em canais estreitos, misturando ao verde seco do maquis o azul intenso do Mediterrâneo. Podemos começar a descoberta pela costa. Marselha, por exemplo, para que o contraste da grande cidade com estes lugares, dos mais belos do Sul de França, realce ainda mais a pacatez e a rusticidade do interior da Provença. Da praia para o campo e numa área relativamente pequena, passamos por alguns destinos menos conhecidos dos portugueses, mas que mantêm ainda um charme de outros tempos, aliado a uma beleza natural igualmente bem preservada.

CASSIS, NOME DE FRUTO
Marselha é uma cidade costeira cheia daquele rústico latino já que anuncia a Córsega e o sul de Itália. O seu porto foi fundado por navegadores gregos em 600 a.C. e, ainda hoje, apesar de ser a segunda maior cidade de França, continua a ser conhecida por este porto - e pelos seus condutores loucos. Buliçosa e desordenada, é uma verdadeira metrópole mediterrânica cujo charme vem mais do seu forte carácter do que da sua sofisticação, como é o caso de outras cidades da costa Sulfrancesa. Mas fujamos dos grandes centros ruidosos e procuremos o silêncio do mato perfumado, só interrompido pelo cantar das cigarras.
Cassis, na Provença
Cassis, na Provença
Perto de Marselha fica Cassis, com as suas calanques, calhetas estreitas de um mar turquesa e transparente onde os barcos ancorados parecem planar sobre a água. A sua falésia é a mais alta da costa e, no porto, os barcos dos pescadores cederam lugar às embarcações de recreio, ressoando no ar o sotaque parisiense dos seus proprietários. Das bagas de cassis que lhe deram o nome não vi sinais, na vegetação rala que cobre as falésias brancas de calcário, onde se escondem soberbas casas de Verão; apenas as gelatarias propõem um delicioso sorvete vermelho que nos deixa saborear o nome, tão fresco e vistoso como a povoação. O desfile de veraneantes é contínuo e espalha-se das minúsculas praias de pedra às ruelas estreitas da vila, de aspecto tradicional mas completamente devotadas ao turismo: hotéis e pensões, cafés e restaurantes, lojas de souvenirs, montras cheias de óculos de sol, fatos de banho e chinelos de praia a condizer.
As calhetas começam logo ali. Podem visitar-se a pé, passando de uma para outra durante horas e horas, ou fazê-lo num dos barcos de aluguer que propõem percursos ao longo da costa. Algumas estão transformadas em marinas naturais, e os barcos fundeiam em duas longas filas rente a cada parede, lado a lado, como num parque de estacionamento. Outras são selvagens, e só a rocha clara e os arbustos secos assistem à entrada do mar em terra, braços de um azul-piscina ensombrado pelo verde-escuro dos pinheiros. No fim da cada calheta há sempre uma pequena praia de calhaus, onde só chega quem gosta de caminhar - uma garantia de sossego.

CENÁRIOS DE FILME NA PROVENÇA
Esta é a primeira impressão, quando percorremos algumas das aldeias tradicionais da zona do Luberon. De Marselha chegamos a Aix-en-Provence, e daí alcançamos Pertuis, depois de atravessar o rio Durance. Só na Provença ficam dezassete das 141 povoações classificadas como “As mais belas Aldeias de França”. E só nesta zona há uma boa meia dúzia, tão próximas umas das outras que facilmente as poderíamos visitar num dia - o que seria um grande disparate.
Paisagem típica da Provença, Sul de França
Paisagem típica da Provença, Sul de França
Passe o chamariz turístico, a recuperação de muitas delas, tenham ou não o prestigiado título, atingiu o patamar da perfeição. E claro que vários realizadores franceses se aperceberam de que qualquer uma delas constitui um cenário já pronto, para contar em filme uma história de tempos passados: são vários os filmes onde podemos reconhecer as ruas de Ménerbes ou de Ansouis, ou o castelo de Cucuron, entre outros.
As aldeias são todas razoavelmente diferentes, mas cada uma tem o seu charme, e todas pedem um agradável passeio pelas suas sombras. Apenas alguns exemplos: La Tour d'Aigues tem um castelo-museu que justifica bem o nome de “Torre de Águias”; em Ansuisexiste um castelo ducal, visitável, e uma colecção de batentes, puxadores de porta, sinetas e outros objectos de ferro forjado fora do comum, que lhe dão um ar de aldeia-museu; Cucuron tem clientela garantida às horas de calor, graças a um grande e fresquíssimo lago ensombrado por fileiras de velhos plátanos. Daí entra-se nas muralhas, que têm em pontas opostas duas torres de pedra com vistas magníficas sobre um remoinho de ruas estreitas. Lourmarin possui as mais belas fontes, e os seus habitantes gostam de, passada a hora da sesta, abrir as portadas das janelas para mostrar os vasos floridos pendurados no seu interior. Fora da aldeia, depois dos cerejais, fica um pequeno castelo da Renascença, ajardinado e redondo, que abriga exposições e conferências. Uma após outra, as pequenas povoações de pedra formam um rosário de lugares de sonho, onde apetece comprar uma casinha e ficar por ali - e não falta quem o faça, a avaliar pelas línguas estrangeiras que se vão ouvindo pelas ruas.

A EXCELÊNCIA DA PEDRA
O desfile de aldeias tradicionais é apenas interrompido por uma paisagem de colinas, intercalada de casais solitários, semi-ocultos entre vinhedos e pomares. Mais do que em outras zonas, aqui é notório o domínio da pedra. Em camadas horizontais e verticais, as patelas finas de calcário formam muros, casas, pequenos armazéns, igrejas e toda a estrutura arquitectónica necessária a uma povoação. Dois verdadeiros monumentos à pedra ficam muito próximos um do outro, e demonstram a beleza que a pedra nua pode ter: a aldeia de Gordes e a Abadia de Sénanques, imagem de todos os postais, eternamente enquadrada por campos de alfazema.
Viagens Provença: Abadia de Sénanques, França
Abadia de Sénanques, França
Construída no século XII pela Ordem de Cister, a Abadia fica num pequeno vale, apenas a quatro quilómetros da aldeia. De linhas sóbrias e sólidas, encarna toda a nobreza da pedra, desde o telhado em “escamas” até às pequenas janelas estratégicas que perfuram as suas paredes cinzentas e severas. Espalhados pelas redondezas, perdidos por entre azinhais, podemos também encontrar uma série de bories, construções de pedra com telhados cónicos e paredes baixas. Alguns formam mesmo uma pequena aldeia, reconstruída com fins turísticos e bilhete de entrada, mas há muitos outros espalhados pela zona, escondidos pelas giestas. Ao limpar os campos para as actividades agrícolas, a pedra era aproveitada para construir casas, muros, currais e redis; aos poucos, desenvolveu-se uma técnica de empilhagem dos blocos que não exige madeira nem cimento para que a construção seja sólida e durável. E se é natural, nestas colinas e montes calcários, que este seja o material eleito de todas as construções, não haja dúvida que por aqui as técnicas refinaram.
Depois da Abadia de Sénanques, também a aldeia de Gordes, com as suas casas distribuídas por socalcos e separadas por muros, tem uma imagem de presépio em bruto, decorado apenas pelos penachos verdes dos ciprestes. Desde o cimo da colina rochosa onde foi construída, encimada pelo castelo, praças e ruas principais, os campos ainda são divididos por muros que usam a antiga técnica de empilhagem. Gordes parece escorregar pela encosta até ao fundo do vale, por onde serpenteia a estrada secundária que leva à aldeia. Ao longe, as suas casas miúdas parecem pedras gigantescas; ao perto, unem-se numa muralha que lhe dá o aspecto de uma fortaleza.

VERDE-ÁGUA
Garganta de Oppedette, França
Garganta de Oppedette, na Provença
Para onde quer que se olhe, a extensão de céu parece bem maior que a de terra, e a água traz algumas das mais belas surpresas naturais da região. Que dizer da fonte de Vaucluse, extraordinária nascente natural que atinge uma profundidade superior a trezentos metros abaixo do nível do mar? Petrarca, impressionado pelo fenómeno natural e pela extraordinária beleza da zona, passou aqui alguns períodos da sua vida, entre 1337 e 1353, e aqui escreveu alguns dos seus mais inspirados sonetos.
É verdade que hoje temos de fechar os olhos ao longo do circo de quinquilharias à venda no caminho de acesso, para só os abrir junto ao enorme poço verde da nascente. Mas mesmo assim vale a pena: afalésia que a rodeia, com mais de duzentos metros de altura, faz-nos sentir que descemos por um poço até à linha de água. E que água: de um verde especial que muda com a luz do dia, a nascente tem o ar misterioso que fica bem a um lugar que ainda não revelou todos os seus segredos.
Vaucluse não fica longe de Gordes. Mas é no sentido oposto que descobrimos um abrigo, neste solo despenteado pelo vento mistral, e mais uma vez se trata de uma criação da água: as falésias inesperadas, as estreitas gargantas de Oppedette, escondidas pela vegetação. As gargantas do Verdon, para os lados de Manosque, são famosas e imponentes demais para passarem despercebidas. Mas as de Oppedette, pequenas e delicadas, são menos conhecidas e frequentadas, talvez por terem uma escala humana, tal como a aldeia com o mesmo nome, que mais parece um pequeno presépio provençal. O canhão estreito que se abre na rocha mantém-se oculto até chegarmos quase ao pé do precipício. Carreiros com apoios metálicos ajudam-nos a descer até à água, lá no fundo, que forma pequenas piscinas límpidas. Há sombra, água fresca, piares de pássaros e um refúgio contra o vento - o lugar ideal para um piquenique. Depois é só subir pela parede oposta, por chaminés de rocha onde há degraus escavados e escadas metálicas, que ajudam os caminhantes a chegar de novo à aldeia.

PROVENÇA, TERRA DE FOGO
Colorado Provençal, França
Colorado Provençal
As coisas da terra sempre foram a riqueza local, sobretudo antes da chegada do turismo. Ate en Provenço (Apt) é uma das cidades mais importantes da zona, e há séculos que conserva o glorioso título de “capital da fruta cristalizada”. Para lá da fruta, do vinho e do azeite, também o ocre já foi uma indústria lucrativa, mas agora encontra-se quase reduzida ao seu interesse artístico, com um Conservatório dos Ocres e Pigmentos a oferecer visitas guiadas ao antigo centro de transformação, cursos de Verão e workshops sobre o seu uso. E nas alturas de tempestade não se deve ser apanhado nas antigas minas de ocre, que em minutos se transformam em lamaçais alaranjados, manchando irremediavelmente tudo o que tocam.
aldeia de Roussillon possui ainda uma área de exploração, com carreiros assinalados para as visitas turísticas, quilómetros de cores intensas e formas inesperadas. Colinas e falésias, pinhais de chão cor de fogo, o verde-escuro das árvores a recortar-se nos tons dourados da terra. A própria aldeia tomou a cor do solo, tendo as suas casa a tonalidade afogueada deste pigmento natural, dos castanhos ao amarelo-torrado. Os artistas não deixaram de colaborar com este louvor a um material em desuso, e na pequena vila abundam galerias de arte com exposições permanentes e coloridas, nomeadamente na área da pintura.
Mas o lugar mais dramático é talvez Rustrel, a poucos quilómetros de Roussillon, uma outra antiga mina de ocre com trilhos assinalados. Para além de uma área maior, onde a paleta de cores vai do branco ao ruivo, há formações geológicas que chegam a ser espantosas: chaminés, torres, redemoinhos escavados no solo, cogumelos gigantes... Qualquer um dos percursos nos faz pensar que estamos noutro planeta, enquanto o pó alaranjado nos vai cobrindo as botas, e as flores brancas dos cistos enchem o ar de um perfume doce e intenso.

Viagem à Provença
Gordes, Provença
Viagens Provença
Rua de Ansouis

UM CANTINHO CHAMADO PROVENÇA

Para melhor identificarmos estes recantos sossegados da Provença, convém apontarmos no mapa a zona de França onde se situam. A região tem por nome Provence-Alpes-Côte D'Azur e engloba três áreas distintas: a da Provença propriamente dita, cuja cidade principal é Avignon, a zona montanhosa dos Alpes, onde se destaca Digne, e a “Côte”, a famosa e turística costa mediterrânica, cuja entrada (nesta região) é Marselha.
À excepção da cidadezinha costeira de Cassis, o resto do nosso itinerário situa-se no “arrière-pays”, as zonas interiores onde é mais fácil fugir ao bulício nos meses de Verão. Assim, a maior parte dos lugares mencionados ficam no departamento de Vaucluse. Alguns deles, como as zonas de exploração de ocre do Roussillon e de Rustrel, assim como as aldeias típicas entre Ménerbes e Pertuis, ficam no Parque Regional do Luberon. A área é pequena e dá-nos uma excelente ideia sobre o que há de melhor da Provença.

http://www.almadeviajante.com/viagens/franca/provenca.php


Nenhum comentário a fazer, apenas dizer, como eu amo à França e tudo que nela há....
Por que é assim?....Não sei explicar está dentro de mim este sentimento, nunca há de passar! 

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