Pura perfeição
Todos nós somos imperfeitos, todos nós cometemos erros, falamos coisas que preferiríamos não ter falado, ficamos presos a vícios ou nos colocamos na frente de um trem sabotador a toda velocidade e desejaríamos ter feito outra escolha.
A maior parte de nós consegue ver as coisas desequilibradas que executou e as escolhas ruins que fez, e a maioria se arrepende dos enganos.
Mas para garantir que não repetiremos os erros do passado, precisamos encontrar as dádivas ocultas no nosso mau comportamento e nas nossas más escolhas e entender uma verdade fundamental: tudo o que fizemos, tudo que vivenciamos toda dor, todo tormento e toda dificuldade tudo isso está tentando nos ensinar algo e nos ajudar a voltar para a nossa expressão mais elevada e a nossa natureza autêntica.
Todas as nossas quedas e atitudes autodestrutivas estão embebidas em bênçãos, são um gentil, ou forte cutucão do nosso Eu Superior.
A compreensão dessa verdade lhe dará sabedoria para seguir em frente.
Nós todos nascemos à imagem e semelhança do nosso criador divino, puros e inocentes, e então começamos a viver a experiência humana, ou seja, a cisão.
As nossas experiências humanas nos cegam, impedindo-nos de ver a perfeição na imperfeição e de escavarmos o ouro que aguarda ansiosamente ser descoberto.
E se hoje você descobrisse que não é só o seu eu bondoso que precisa ser amado, mas o seu eu ferido também?
E se você passasse a ter certeza de que o seu sofrimento e a sua dor podem levá-lo a viver uma vida de bondade, virtude e respeito próprio?
Estou aqui para lhe dizer que é justamente o que você despreza e o que não quer ser que podem ajudá-lo a se tornar a pessoa que você sempre quis ser.
Foram as minhas fraquezas e o sofrimento que me levaram a ser mais humilde e a me abrir para realidades maiores.
A arrogância foi o que me fez acreditar que eu sabia mais do que a maioria das pessoas, e foi a ignorância que me fez cair de joelhos todas as noites, durante anos, e implorar a Deus que me desse sabedoria espiritual e me mostrasse novas maneiras de integrar a minha dor emocional.
O meu medo de ser chamada de preguiçosa me dá motivação.
E a vaidade que faz com que eu me vista pela manhã e vá trabalhar mesmo quando estou cansada.
E o meu medo de ser uma mãe negligente que me faz assistir a todos os jogos de futebol (mesmo quando estou ocupada) e levar o meu filho todos os dias à escola (mesmo quando estou cansada e poderia deixá-lo ir de ônibus).
E a minha ambição e o meu amor pelas coisas finas que me fazem ir trabalhar quando outros estão se divertindo e é a minha negação do mal e dos julgamentos baseados na raiva que me faz ficar diante de incontáveis grupos e transmitir a minha mensagem para curar a cisão entre as duas forças que existem dentro de cada um de nós.
E a minha natureza depressiva, que deu origem à Poliana dentro de mim, tenta incansavelmente transformar o “não transformável” e nunca desistir de ter esperança mesmo diante do inevitável.
Os meus sentimentos de inadequação me fazem acordar pela manhã e perguntar o que posso fazer para tornar o meu mundo melhor.
A minha necessidade de fazer diferença, de estar esgotado quando morrer, nasceu do medo de que eu morresse sem ser notada, que eu não fosse nada mais do que mais uma pessoa qualquer neste mundo.
Então eu o convido a deixar de lado os seus julgamentos, a tirar as luvas de boxe que o instigam a lutar e a se entregar ao amor que você procura.
Esse amor vive dentro de você.
Quando ele for irradiado, curará a sua maior tristeza e acabará com todos os seus desapontamentos.
Suavizará a sua alma e aconchegará o seu coração combalido.
Fará a sua luz brilhar onde só existem trevas e o tirará da escuridão, mostrando-lhe o caminho para a luz, a luz do amor, onde o coração coletivo aguarda o seu retorno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário