Doenças como câncer e aids podem ser detectadas no dentista
O ESTOMATOLOGISTA É O DENTISTA MAIS INDICADO PARA O DIAGNÓSTICO.
Quem busca um consultório odontológico está preocupado com sua saúde bucal. No entanto, o dentista pode ajudar na detecção de uma série de outras doenças apenas observando a boca. Câncer de boca, diabetes, aids e osteoporose são enfermidades de que o dentista pode desconfiar durante exames de rotina. Entenda como nesta galeria.
CÂNCER DE BOCA
Mais do que em outras doenças, o dentista tem papel crucial no diagnóstico do câncer de boca. O mais comum é que ela se manifeste como uma ferida, grosso modo, uma afta que não some em 15 dias. “Mas não tem nada a ver com a afta. É só para o paciente entender o que é uma úlcera”, reitera o professor da USP Celso Lemos Jr. Além disso, placas brancas na região bucal também podem evoluir para o câncer, e o dentista deve estar atento. Ainda que raramente, os tumores também podem ser detectados por aumentos de volume na boca.
DIABETES
O paciente se queixa de mau hálito, mas na verdade o cheiro lembra acetona: esse é o cenário em que cirurgiões-dentistas podem suspeitar de diabetes no consultório. O principal risco odontológico, caso a doença não esteja controlada, são infecções após tratamentos como a extração dentária - o diabético tem dificuldade na formação de pequenos vasos sanguíneos, importantes na cicatrização. Para pacientes com nível de glicemia controlados, porém, as pesquisas mostram que o risco é semelhante a quem não sofre com a doença. Um questionário bem feito no primeiro encontro deve incluir o histórico de saúde do paciente e sua família em relação à doença. Essa etapa geralmente já serve para decidir se vale ou não investigar a presença do diabetes.
AIDS
Há duas décadas, era comum que os portadores do vírus HIV fossem diagnosticados no consultório odontológico, conta o professor Celso Lemos Jr. “Antes, como se demorava para entrar com o coquetel (tratamento da aids), o paciente apresentava várias lesões orais características de soropositivos, como o Sarcoma de Kaposi, nódulo avermelhado que sangra facilmente”, afirma. Atualmente, ainda que possível, a situação se tornou rara. O dentista desconfia da doença principalmente quando infecções por fungo, como a candidíase oral (sapinho), se manifestam de maneira exacerbada por causa do sistema imunológico deficiente do HIV positivo. Nesse caso, aparecem “membranas brancas, que lembram creme de arroz, por toda a mucosa”.
OSTEOPOROSE
Ao contrário do que muita gente pensa, a osteoporose não pode ser culpada pela perda precoce dos dentes - e não será assim que o dentista vai suspeitar dela durante a consulta. É a partir da panorâmica, uma radiografia solicitada frequentemente, que o cirurgião pode sugerir a presença da doença. “Não é possível fazer o diagnóstico, mas pode-se encaminhar o paciente para o exame adequado, o exame de densitometria óssea”, afirma Celso Lemos Jr.
HERPES LABIAL
Feridas e bolhas pequenas e doloridas na boca podem sinalizar ao seu dentista que você está infectado com o vírus da herpes labial. A doença pode aparecer acompanhada de febre, dor no corpo e falta de apetite. No caso de crianças de até cinco anos, quando têm o primeiro contato com o vírus, a principal recomendação é evitar que a criança desidrate, por causa da dificuldade em se alimentar. O único tratamento possível é aliviar os sintomas.
SAPINHO
A candidíase oral, popularmente conhecida como sapinho, é facilmente detectada pelo dentista. A característica principal dessa infecção por fungo é o paciente apresentar placas brancas removíveis. “É como se tivesse comido um mingau de arroz”, afirma o professor Celso Lemos Jr. Outra coloração possível são placas avermelhadas. Segundo Lemos Jr., o sapinho é mais comum quando o sistema de defesa do corpo está debilitado - com uma gripe forte, por exemplo.
HPV
Pequenas verrugas na boca são os indícios usados pelo dentista para detectar que seu paciente é portador de HPV (Papilomavírus Humano) - mas esse tipo não representa relação com o câncer de boca. Recentemente, o ator Michael Douglas revelou que sofre de câncer de garganta devido à presença de um tipo do vírus. De acordo com o professor da USP Celso Lemos Jr., já existem mais de 130 vírus na família do HPV, e nem todos são detectáveis. Os que comprovadamente têm relação com o câncer, HPV 16 e 18, por exemplo, não apresentam nenhuma lesão clínica. Vale lembrar que muitas pessoas têm HPV no organismo, mas não chegam a mostrar nenhum sintoma ou fator de risco.
LÍQUEN PLANO
O líquen plano, rara doença autoimune, também podem ter diagnóstico no consultório odontológico. O aspecto geral são espinhas brancas que doem ou não na boca. Pela semelhança, podem ser confundidas com câncer em um primeiro momento. “Se o paciente perceber uma alteração de cor na mucosa oral e aquilo não desaparecer em duas semanas, merece um exame de um especialista”, recomenda o estomatologista da USP Celso Lemos Jr.
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