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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

COMPORTAMENTO - MULHER ... 40 ANOS Areia, biquínis e dólares

40 ANOS
Areia, biquínis e dólares

Como os primeiros sinais da idade influenciaram a vida e
os negócios da empresária carioca Jacqueline de Biase
 


Foto Bruno Veiga
Jacqueline de Biase, 40 anos, empresária

Roupa: acervo pessoal

A empresária carioca Jacqueline de Biase passou a mentir a idade.
 Mentir não, simplesmente optou por adotar respostas longas a uma pergunta objetiva. 

"Jura? Você quer saber mesmo? Ai, pára! Não pergunta isso!", é o que ela costuma dizer antes de pronunciar "qua-ren-ta". 

"Não sei. Acho que esse negócio de 'enta' muda a cabeça da gente", afirma. A ex-garota de praia bronzeada, que andava o dia todo de biquíni a ponto de transformar a micropeça em fonte de seu sustento, vive um dilema.
Ela, que sempre serviu de modelo para os biquínis que criou para sua grife, a carioca Salinas, agora quer ver um cirurgião plástico. 
Foram quatro visitas nos últimos tempos. 

"São 4 quilinhos que teimam em se acomodar nos quadris. Não consigo lidar com isso", diz. Bobagem.
Os 98 centímetros de quadris, a barriga sequinha e as pernas firmes revelam seu passado de ex-modelo.


Ela mesma se surpreende com a intensidade das inquietações que passou a ter com o corpo, com os hormônios e com a saúde. Primeiro, foi a pele. Um dermatologista eliminou as manchas de sol e agora ela se trata com uma tal água à base de sementes de uva que inibe os radicais livres causadores das rugas.
Ela primeiro tentou terapias alternativas, mas descobriu que são insuficientes. Por isso, lambuza o rosto com cremes anti-idade da Christian Dior e um hidratante Helena Rubinstein para o contorno dos olhos. 

"Eu me cuido para retardar o processo de envelhecimento", diz. 
Não que ela tema a velhice. 
"Gosto mais de mim hoje, com a cabeça que eu tenho, do que aos 20 anos. Prefiro estar com as minhas celulites, as minhas rugas. São coisas que fazem parte de uma mulher de 40 anos. Mas não quero ficar caída. O principal é envelhecer com dignidade", analisa. Jacqueline, ao contrário de muitas mulheres de sua idade, não se transformou em uma viciada em ginástica ou em uma seguidora compulsiva de dietas.
Jacqueline fez da Salinas uma grife para mulheres antenadas.
Nem tão popular quanto a Cia. Marítima nem tão esnobe como a Rosa Chá
"Ela é um radar de tendências. O que a Salinas lança é o que vai ser usado em toda a costa brasileira", diz Marília Carneiro, figurinista da Rede Globo. Por ano, a grife produz 400.000 peças. É um pequeno império, que fatura cerca de 18 milhões de reais anualmente em quinze lojas espalhadas pelo Brasil.

A prova irrefutável do sucesso pode ser conferida em seu escritório: a capa da americana Sports Illustrated, a bíblia das revistas de moda praia, com tiragem de 5 milhões de exemplares, que exibe a top model negra Tyra Banks em um autêntico Salinas verde-água. Há dezoito anos, o projeto da grife de biquínis Salinas nasceu em um galpão, no qual ela própria modelava as peças.

Sem saber desenhar nem costurar, Jacqueline simplesmente desmontava o que encontrava em outras lojas e reinventava os modelos. 
Reconhecida como a criadora do biquíni de enrolar, do tomara-que-caia com armação oculta e responsável pela volta dos modelos com lacinhos laterais, ela tem um impressionante faro para antever o que vai agradar às consumidoras. 
O corte perfeito e as estampas impensáveis (como os modelos com paisagens cariocas, tipo Corcovado) são o diferencial de suas criações.

Antes de conquistarem os Estados Unidos, os artigos da Salinas já eram vendidos em lojas multimarcas na Itália, Grécia, Venezuela e Caribe. "Temos produtos de qualidade para um público que não está disposto a pagar uma fortuna por um Gucci ou um Calvin Klein", afirma Jacqueline. A lista de consumidoras da Salinas inclui estrelas como Madonna, Gisele Bündchen, Valeria Mazza e Naomi Campbell. As peças são vendidas em grandes lojas, como as nova-iorquinas Bloomingdale's e Macy's, além de constar no catálogo da Victoria's Secret.

Se ela colhe o fruto dos esforços no trabalho, a vida pessoal não é diferente. Quando se listam os desejos femininos nesta fase da vida, pode-se dizer que Jacqueline realizou um sonho. Enquanto a maioria das amigas está no segundo ou no terceiro casamento, ela se mantém como uma rocha ao lado do marido, Antonio de Biase, seu sócio na Salinas. A estabilidade e os dois filhos são motivo de orgulho. "Venho conseguindo superar alguns desafios das mulheres da minha idade", diz. "E isso me faz um bem danado."


http://veja.abril.com.br/especiais/mulher2/40_anos.html

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