Sempre na minha mente e no coração...

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

SAÚDE GUIA - MULHER ... A a Z da sa�de da mulher


A a Z da sa�de da mulher


Paschoal Rodrigues



A
• Aids
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 45% dos portadores do HIV são mulheres. O vírus tem avançado em ritmo bem mais acelerado entre o sexo feminino. No Brasil, em quatro anos, as notificações de novos casos cresceram 10,2% entre os homens e 75,3% entre as mulheres. A principal razão da propagação da doença entre elas é a falta de proteção na hora do sexo. A maioria absoluta das brasileiras tem contraído o vírus por via sexual (meio de transmissão de 70,1% dos casos femininos de 2000), e não pelo uso de drogas injetáveis ou por transfusão de sangue.

• Álcool
É crecente o consumo de bebidas alcoólicas entre as mulheres. Estudos recentes mostram que 8,7% delas costumam beber além da conta, enquanto entre os homens 22% extrapolam na bebida. "O álcool passou a fazer parte do processo de interação com o sexo oposto", observa o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo. Está provado que as mulheres são mais sensíveis que os homens aos efeitos do álcool. Além de correrem mais risco de desenvolver alguns tipos de câncer e osteoporose, as mulheres tendem a apresentar doenças no fígado entre dez e quinze anos antes dos homens, mesmo que consumam só uma parte do que eles ingerem diariamente.


B
• Baixo teor (cigarro de)
Mulheres são as maiores consumidoras de cigarros light em todo o mundo. De acordo com a entidade Smoke Free London, 40% delas dizem preferir cigarros com baixos teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono por acreditar que eles prejudicam menos o organismo. Uma tremenda bobagem. Ao contrário do que pensam, os light causam câncer, problemas cardíacos e outras doenças, da mesma maneira que os cigarros regulares. O Ministério da Saúde proibiu a impressão dos rótulos light, ultralight e baixos teores nos maços de cigarros para evitar que o consumidor tenha uma interpretação equivocada quanto aos danos do cigarro.


C
• Causas de morte
No Brasil, as doenças do aparelho circulatório são a maior causa de morte entre as mulheres. Três em cada dez delas morrem no país em decorrência desse mal, como infarto do miocárdio e derrame. Outro foco preocupante é o câncer. A incidência do de mama, por exemplo, cresceu 68% entre 1979 e 1998 e é hoje o que mais afeta o sexo feminino, matando dez em cada 100 000 mulheres. O segundo tipo de câncer mais letal entre elas é o de pulmão, cuja incidência teve o surpreendente crescimento de 108% nas décadas de 80 e 90 no Brasil.

Xico Buny

 Camisinha feminina
Sucesso nas pesquisas, fracasso nas vendas. Esse paradoxo traduz com precisão o que acontece com os preservativos femininos no Brasil. Embora aprovada por sete em cada dez mulheres, segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e de outras três entidades, a camisinha para mulheres continua encalhada nas prateleiras das farmácias. O preço, em média 12 reais, e a desconfortável estética depois de colocada atrapalham sua propagação. "Além disso, a colocação requer um treinamento, o que torna o uso mais restrito", afirma o ginecologista Ricardo Oliveira, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro.




D









• Doenças cardiovasculares
As mulheres passaram a ter infarto dez a quinze anos mais cedo. A proporção de nove infartos masculinos para um feminino caiu para três por um e tende a se igualar rapidamente nos dois sexos. Essas são duas conclusões de uma pesquisa feita por Rita Simone Lopes, do departamento de enfermagem da Universidade Federal de São Paulo. O crescimento no número de mulheres que desenvolvem doenças cardiovasculares é visível nos consultórios de cardiologistas. Segundo o estudo, o tabagismo é o principal responsável pelos infartos em mulheres de 35 a 45 anos. "A nicotina compete com o estrógeno e tem vários efeitos nocivos ao organismo, como o aumento do colesterol", lembra.

Roberto Stelzer

• Dietas
Estima-se que oito em cada dez pessoas que fazem dieta são mulheres. O que explica essa diferença é que, desde meninas, elas se preocupam mais que eles em ter uma silhueta esbelta. Nos últimos anos, dietas ricas em proteínas, como a do doutor Atkins, seduziram muitas mulheres, embora não haja comprovação científica de sua eficácia na prometida perda de peso a longo prazo. Na verdade, a Associação Americana do Coração adverte que esses regimes podem trazer mais danos que benefícios ao organismo, uma vez que estimulam o consumo de gordura e reduzem importantes fontes de vitaminas, minerais e fibras.


E
• Enxaqueca e dor de cabeça
É muito comum confundir a dor de cabeça mais corriqueira com enxaqueca. Esta última conta com um forte componente genético - 75% dos pacientes têm parentes que sofrem do mesmo mal. Além da dor latejante, o enxaquecoso é acometido por náuseas, vômito, hipersensibilidade à luz, ao barulho e a odores fortes. São sintomas muito mais desconfortáveis que a dor de cabeça usual, aquela que atinge quase 30 milhões de brasileiros. O fato é que as mulheres são as que mais sofrem. Culpa das alterações hormonais, especialmente no período pré-menstrual.


F

• Fumante passiva
O risco de um fumante ter um ataque cardíaco é pouco maior que o registrado em não-fumantes que estão expostos à fumaça do cigarro, adverte um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard. Assim como o coração, o pulmão é outro órgão seriamente atingido pela fumaça do cigarro em locais fechados. Nos Estados Unidos, 53 000 não-fumantes morrem por ano por fumo passivo, sendo 3 000 de câncer do pulmão. Mulheres grávidas devem estar cientes de que a fumaça do cigarro pode causar danos genéticos ao feto e deixá-lo predisposto a doenças, como leucemia infantil e outros tipos de câncer.


G

• Gravidez
As pressões do mercado de trabalho têm feito as mulheres adiar a gravidez. No entanto, o chamado do relógio biológico merece ser ouvido. Quanto mais tarde se pensa em ter filhos, mais difícil se torna a gravidez. Na faixa dos 35 anos, a probabilidade de uma mulher engravidar naturalmente durante uma única relação é de 15%. Aos 40, esse número cai para 5%. Aos 45, ele beira 1%.


H
• HPV
O vírus HPV é conhecido pelas mulheres por ser a principal causa do câncer de colo do útero. A grande maioria das mulheres infectadas pelo HPV não desenvolve o tumor. Na verdade, homens e mulheres (mais de 20 milhões só nos Estados Unidos) estão infectados pelo vírus e muitos nem sabem disso. Coceira, sangramento anormal e dor durante o ato sexual são alguns sinais da doença. A contaminação ocorre pelo contato sexual e pode causar verrugas, geralmente nos órgãos genitais. "Em cerca de metade dos casos, só aparece uma infecção transitória e o vírus é logo eliminado pelo organismo", afirma o ginecologista Mauro Romero Leal Passos, da Universidade Federal Fluminense.


I
 Inseminação artificial
Estima-se que um em cada cinco casais tenha problema de infertilidade. Nos últimos anos, a inseminação artificial tornou-se uma saída esperançosa para quem não pode ter filhos. A fertilização in vitro é um procedimento caro - entre 6 000 e 12 000 reais - e arriscado. As chances de uma tentativa resultar em gravidez completa não chegam a 35%. Há casais que chegam a fazer até sete tentativas sem êxito. Ainda assim, a procura é intensa. O Brasil tem hoje 7 000 bebês de proveta (no mundo são 300 000). "Apesar do preço, essa prática cresceu muito", afirma o ginecologista Ricardo Oliveira, presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro.


Ilustração Lúcia Brandão

• Insônia
"A mulher é um ser hormonal. A tensão pré-menstrual e o uso de pílulas anticoncepcionais, por exemplo, podem perturbar seu sono", explica o neurologista Raimundo Nonato Rodrigues, do Hospital Universitário de Brasília. As estatísticas confirmam que as mulheres são quem mais sofre de insônia. De cada quatro insones crônicos, três são mulheres, segundo recente pesquisa do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo.


L
• Libido
Estima-se que um terço da população feminina adulta apresente alguma alteração no desejo sexual. Nos últimos anos, a medicina tem-se empenhado em pesquisar remédios para tratar o problema. O Wellbutrin, recém-lançado no Brasil, é um deles. Estudos preliminares revelam que o medicamento pode aumentar a libido e a satisfação sexual da mulher. Mesmo a ingestão do Viagra pode ter efeito positivo entre elas. "Não existe comprovação farmacológica de sua eficácia, mas há casos resolvidos por esses remédios", diz o ginecologista Paulo Canella, da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.


M
• Mal de Alzheimer
As mulheres correm um risco maior que os homens de desenvolver essa doença de causa desconhecida que afeta cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil. Como vivem mais que eles, estão mais sujeitas ao mal, que acarreta a perda progressiva das funções intelectuais, como a memória, a capacidade de tomar decisões e a atenção. "Mesmo corrigindo essa distorção por longevidade, as mulheres desenvolvem o Alzheimer mais que os homens. Só não sabemos por quê", diz o neurologista Paulo Bertolucci, da Universidade Federal de São Paulo. Segundo ele, a reposição hormonal pode ajudar a prevenir a doença.



O
• Osteoporose
Doença grave, sem cura e tipicamente feminina (são 200 milhões de doentes no mundo, cerca de 10 milhões só no Brasil), a osteoporose atinge principalmente mulheres brancas, baixas e magras. Seu principal sintoma é a perda de massa óssea, o que pode provocar fraturas graves durante um tombo rotineiro. A partir dos 40 anos, as mulheres devem fazer periodicamente o exame de densitometria óssea. A fórmula de prevenção continua simples: leite, sol e ginástica. Outra droga promissora que em breve chega ao mercado é o Fortéo, a versão sintética do hormônio PTH 1-34, que estimula a formação de ossos - e o faz numa velocidade superior ao ritmo com que a doença corrói o esqueleto.


Eduardo Pozella

• Ovário
Cenouras e tomates podem ser grandes aliados das mulheres na prevenção do câncer de ovário. Segundo estudo recentemente publicado no International Journal of Cancer, alimentos ricos em caroteno e licopeno podem reduzir o risco da doença, considerada a mais difícil de ser diagnosticada, por conseqüência a mais perigosa (é letal em 60% dos casos). A aspirina também é apontada como nova arma contra esse mal. Um estudo com mulheres que tomaram aspirina até quatro vezes por semana durante seis meses revelou uma incidência 40% menor que a verificada em outras pacientes.



P
• Plástica
Sabe-se que as brasileiras são as campeãs de plástica per capita no mundo. Só no ano passado foram feitas 350 000 cirurgias no país. A Academia Americana de Plástica Facial elegeu o rosto da atriz Catherine Zeta-Jones como o ideal de beleza perseguido pelas americanas. No Brasil, dez dos melhores cirurgiões plásticos do país, ouvidos por VEJA, foram unânimes em dizer que suas clientes não têm um padrão específico. "As brasileiras estão mais educadas que as americanas em relação à plástica: elas buscam somente uma harmonia interna", garante o renomado cirurgião Ivo Pitanguy.



R
• Reposição hormonal
Com a divulgação recente, pela Associação Médica Americana, de que comprimidos à base dos hormônios estrógeno e progesterona aumentam a 
possibilidade de uma mulher sofrer um infarto ou um derrame, é preciso ficar atenta a todas as formas de terapia de reposição hormonal. Converse com seu médico antes de optar por um tratamento específico.


S

• Savvy
A revista Vogue americana o anunciou como "a melhor notícia depois da pílula". O medicamento Savvy está sendo considerado uma revolução no que diz respeito à contracepção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O produto vem na forma de gel, creme e supositório. Aplicado na vagina, impede a gravidez e cria um meio hostil para vírus e bactérias. Ou seja: pode matar o HIV. "É uma descoberta estrondosa", diz o ginecologista Mauro Passos, da Universidade Federal Fluminense. A previsão é que o Savvy seja comercializado nos próximos cinco anos.



Ilustração Negreiros

• Stress
Estudos desenvolvidos no Laboratório de Stress da PUC-Campinas mostram que as brasileiras têm um nível de stress sempre superior ao dos homens. Em geral, mulheres costumam ter seu stress associado a problemas afetivos, enquanto nos homens as causas estão ligadas ao trabalho. A boa notícia é que elas se recuperam melhor do stress que eles. É o que diz um levantamento da filial brasileira da associação internacional de controle do stress (Isma), que prova a melhor capacidade das mulheres para lidar com o problema.



T
• TPM
Há inacreditáveis 150 sintomas que acompanham a tensão pré-menstrual. Ao contrário do que se pensa, a TPM não é fruto de desequilíbrio hormonal. Estudo da Universidade Federal de São Paulo mostra que os níveis dessas substâncias são idênticos em mulheres com e sem a síndrome. Acredita-se que ela seja um distúrbio neuroendócrino, isso sim, que surge da ação dos hormônios sobre os neurotransmissores.


U
• Útero
Fortes cólicas menstruais, dor na relação sexual e dificuldade de engravidar. Esses são sintomas da endometriose, doença cada vez mais freqüente que atinge cerca de 15% das mulheres em idade fértil. Caracterizada pela presença do endométrio (o tecido que reveste internamente o útero) em outros locais do corpo, como ovário e trompas de Falópio, é uma das doenças ginecológicas mais estudadas nos últimos anos, e suas causas ainda não estão claras. "A hipótese cada vez mais comprovada é que ela esteja relacionada ao stress", afirma o ginecologista José Aristodemo Pinotti, da Universidade de São Paulo.



V
• Vida (expectativa de)
A vida dos brasileiros está mais longa. Na última década, a expectativa de vida no país cresceu 2,6 anos, passando de 66 anos em 1991 para 68,6 em 2000. Fazendo a distinção do sexo, tem-se que a expectativa de vida da mulher é de 72,6 anos e a do homem, 64,8 anos.



Z
• Zoloft 
A depressão afeta duas vezes mais mulheres que homens em todo o planeta. Embora se desconheçam suas causas, a oscilação hormonal é considerada a mais forte delas. Entre os 40 e 50 anos, quando o organismo começa a dar os primeiros sinais da menopausa, a depressão é comum. No entanto, o pico ocorre entre os 15 e 25 anos, quando a mulher tem de encarar súbitas mudanças, que dizem respeito tanto à sexualidade quanto à vida profissional. O Zoloft é a última palavra em medicamento, pois atua diretamente na serotonina, que rege nosso estado de motivação, energia e atenção.


http://veja.abril.com.br/especiais/mulher2/p_085.html

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