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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

COMPORTAMENTO - MULHER... "Adoro ser solteira"

"Adoro ser solteira"

Elas saem demais, ocupam-se demais, divertem-se demais.
Namoro? S� se for com algu�m muito, muito especial

Mario Grangeia


Jorge Bispo
Andréa Nicácio: "Divirto-me sozinha. Não quero um zé-ninguém"
Quando beiram ou já passam a casa dos 30 anos, as mulheres solteiras sofrem com estereótipos. 
A palavra mais doce usada para se referir a elas é titia. Vistas como se estivessem sempre atrás de um namorado ou como se já fosse tarde demais para encontrá-lo, muitas mulheres solteiras querem agora sepultar a idéia de que sua felicidade depende de uma companhia masculina. 
A moça da foto ao lado é um bom exemplo. 
Chama-se Andréa Nicácio, tem 34 anos, é designer carioca, solteiríssima, e jura de pés juntos que prefere ficar sozinha a se envolver em uma relação pouco consistente. 
Na Europa, essa casta feminina já é conhecida como Sarahs, uma sigla que em inglês significa "Solteira, Rica e Feliz" (Single and Rich and Happy). São mulheres bem-sucedidas, que viajam bastante, saem para jantar em bons restaurantes, compram roupas de grife e se divertem com a turma de amigas. 
E só se valer muito a pena, muito mesmo, se envolvem com alguém.

Um dos principais motores desse novo comportamento é, sem dúvida, o fato de as mulheres estarem conquistando a independência financeira. 
À medida que se tornaram donas do próprio nariz, elas ficaram mais seletivas em suas escolhas sobretudo no que diz respeito à vida amorosa. "Meu critério para escolher um namorado é rigoroso. 

Não vou me envolver com o primeiro que aparecer apenas para não ficar sozinha. Prefiro badalar com minhas amigas", diz Andréa Nicácio.
É inegável que a sociedade está mais aberta às solteiras, ainda mais depois que elas passaram a ganhar e a consumir tanto quanto os homens. Ir desacompanhada a um local da moda, pedir uma taça de vinho e ficar olhando em volta é um programa que não choca mais.
"Eu adoro sair sozinha. Só troco um cinema por uma saída com um homem se o sujeito for realmente muito especial", diz a carioca Joana Aguinaga, de 30 anos, gerente de um empório de vinhos.


O ser humano emite sinais contraditórios no campo do relacionamento. 
Por um lado, é gregário e gosta de viver ao lado de alguém.
Por outro, tem dificuldade para fazer concessões. Se está namorando ou casado, freqüentemente sonha com a liberdade dos que vivem sós.
Mas se deprime nas noites de sábado se não tem para quem ligar. É, em geral, na faixa dos 30 anos que o casamento se torna uma "questão" na vida das mulheres. Mesmo que elas estejam convencidas de que o importante é investir na carreira e não pensar em filhos, a intensa movimentação das amigas fazendo a lista de chá de panela desperta um certo incômodo social. O que as mulheres solteiras estão mudando não é a vontade de encontrar um parceiro. 
Essa continua. 
O que desapareceu foi a angústia de arrumar "um novo amor".
É o caso da analista comercial da Vale do Rio Doce Renata Abissamara Costa, de 27 anos. Sozinha há um ano e meio, ela diz estar completamente satisfeita com sua alucinante rotina, que inclui natação, ginástica, aulas de francês, de dança do ventre, sessões de massagem, fora as noitadas com amigos em boates e restaurantes. "Se eu namorasse, não faria metade das coisas", diz. Durante muito tempo, Renata reclamou da falta de namorado. 
Hoje, acha que simplesmente nunca cruzou com o sujeito ideal.
 "Enquanto isso não acontece, não fico me lamentando. 
Estou muito bem", diz.

De fato, as solteiras parecem administrar bem a vida privada. Relacionamentos descompromissados e sexo casual são uma constante em suas rotinas. Elas encaram esses laços efêmeros de maneira menos traumática que no passado, ainda que a realidade mostre que muitas delas sofrem de certa ressaca moral no dia seguinte. "É difícil para elas dissociar amor de sexo. 
Como resultado, as mulheres se cansam desse comportamento que antes era quase exclusivo dos homens", afirma a psicóloga inglesa Janet Reibstein, da Exeter University, co-autora de um estudo sobre a postura das mulheres a respeito do sexo casual. É a hora em que situações prosaicas da rotina das casadas, como viajar para locais românticos ou dormir abraçadinhas todas as noites, provocam certa inveja nas solteiras.

Estatísticas provam que a impressão das mulheres sobre a falta de homens é equivocada. De acordo com o psicólogo Ailton Amélio da Silva, do Centro de Estudos sobre Sexualidade da Universidade de São Paulo, sobram homens na praça. As mulheres é que estão exigentes demais. 
Sua tese é corroborada por dados coletados em levantamentos oficiais do país. 
Apesar de os números absolutos indicarem a existência de um superávit de 3,5% de mulheres no país, há quase 330 000 homens disponíveis no mercado amoroso brasileiro. 

A pesquisa, coordenada por Silva, é curiosíssima. Cruzando dados do censo com os da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade), o psicólogo descobriu a diferença. "Tirando o número de viúvos e viúvas do total de homens e mulheres, chegamos à conclusão de que existiam mais homens disponíveis que mulheres", explica. O que acontece é que os homens se casam em geral aos 27 anos. E preferem como parceiras mulheres na faixa dos 24. Resultado: sobram mulheres na casa dos 30 anos. Péssima notícia para as balzaquianas.


http://veja.abril.com.br/especiais/mulher2/p_056.html

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