fonte imagem: mundo-das-fadas.zip.net
Espíritos da Natureza
Os relatos que nos chegam até os dias de hoje sobre estes seres são graças à tradição oral, que conservou um legado na forma de poesias, cantigas, lendas e mitos. Sabemos que os povos celtas consideravam a natureza como um princípio sagrado. Além do culto que prestavam aos Deuses e aos antepassados, cultuavam também as árvores, as fontes, as pedras e os espíritos da natureza ou os seres feéricos.
No Druidismo não existem elementais, como são conhecidos popularmente, associados aos quatro elementos, de origem grega. Na realidade Druídica o mundo é composto pelos Três Reinos:
- O Céu, que está acima de nós e representa a luz, a inspiração e os Deuses.
- O Mar, que está no horizonte e representa o submundo, a água e os Ancestrais.
- A Terra, que está abaixo de nós e representa o solo, as raízes e os Espíritos da Natureza.
O mundo antigo era totalmente animista. Acreditava-se que em todos os aspectos do mundo natural havia um espírito ou uma entidade divina, com o qual os seres humanos poderiam estabelecer um contato direto. Entre eles havia uma forma de juramento céltico, considerado como um ato frequente de antropomorfismo, que atribui características especiais aos elementos da natureza.
A arqueologia e o registro literário indicam que as sociedades celtas indubitavelmente não faziam distinção entre o sagrado e o profano. Na prática dos seus rituais era comum fazer-se oferendas aos espíritos da natureza para manter o equilíbrio entre os Deuses, os homens e as forças sobrenaturais, beneficiando-se assim dessa poderosa energia.
As oferendas aos espíritos locais é uma prática céltica e geralmente são vistas de bom grado, mas o importante é se ter certeza que a oferta é algo que os habitantes locais quereriam receber de fato.
Conforme assinala Miranda Jane A. Green, em seu livro "Celtic Animals, Life and Myth", "a força solar se manifesta como uma divindade antropomórfica que, no entanto, manteve o seu motivo original para representar o Sol se movendo no céu. O espírito do Sol era capaz de criar e destruir a vida. A água foi reconhecida como uma força poderosa, mais uma vez desde o começo da pré-história européia. Para os celtas, os "Numina" (plural de Numem) de rios, pântanos, lagos e nascentes foram potentes seres sobrenaturais que, como o Sol, poderia tanto promover como destruir as coisas vivas. A água foi percebida como sendo misteriosa: ela cai do céu e fecunda a terra, assim como as nascentes, que às vezes são quentes e possuem propriedades minerais e terapêuticas. Todas essas forças eram veneradas e merecedoras de culto e oferendas."
Através do poder dessas forças extraordinárias observamos que, comprovadamente existem três dimensões conhecidas como: comprimento, largura e espessura, assim como sabemos que toda matéria animada ou inanimada, possui sua própria energia ou forma de ação, que pode ser: coesão ou força que une as partículas, adesão ou força que se opõe à separação de dois corpos diferentes, atração ou força que aproxima os corpos materiais e repulsa ou força que os repele.
Mas como acreditar em algo que nem sempre pode ser comprovado cientificamente? Alguns elementos podemos ver, sentir, tocar, mas e os outros? Como explicar o ar que respiramos ou a inspiração que nos chega para a escrita ou para a arte no geral?
Simplesmente, sinta!
Ao adentrarmos no campo metafísico, em que há tantas dimensões de natureza vibratória que caminham paralelamente à nossa, podemos dizer que a consciência pode se deslocar no espaço infinito, acessando tanto o passado como o futuro, numa trajetória circular além do tempo presente.
O homem possui uma consciência objetiva ligada aos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato, assim como funções subjetivas ligadas à memória, à imaginação e ao raciocínio de um modo geral, bem como um sexto sentido ou uma percepção extrasensorial chamada intuição.
A intuição é que nos conecta à consciência cósmica, da qual muitos de nós recebemos informações e mensagens ancestrais, além da inteligência divina e dos espíritos da natureza. Como disse Leonardo da Vinci: "São fúteis e cheias de erros as ciências que não nasceram da experimentação, mãe de todo o conhecimento". Que assim seja!
Rowena Arnehoy Seneween ®
GREEN, Miranda Jane A. - Animals in Celtic Life and Myth - London: Taylor & Franci, 1992.
JUBAINVILLE, Henri-Marie D‘ Arbois - Os Druidas. Os Deuses Celtas com Formas de Animais - São Paulo: Madras, 2003.
MACCULLOCH, J.A. - A Religião dos Antigos Celtas - Edinburgh: T. & T. CLARK, 1911.
JUBAINVILLE, Henri-Marie D‘ Arbois - Os Druidas. Os Deuses Celtas com Formas de Animais - São Paulo: Madras, 2003.
MACCULLOCH, J.A. - A Religião dos Antigos Celtas - Edinburgh: T. & T. CLARK, 1911.
Magia Elemental
Sou a magia elemental contida neste corpo causal
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração sagrada, que chega de leve como brisa de verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem contratempo
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma no firmamento
Sou o vapor d'água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração sagrada, que chega de leve como brisa de verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem contratempo
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma no firmamento
Sou o vapor d'água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento
Rowena Arnehoy Seneween ®
Extraído do livro Brumas do Tempo
Todos os direitos reservados.
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