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sábado, 16 de junho de 2012

As sombras... Novas esperanças para o tratamento da Síndrome de Rett


As sombras dos objectos prejudicam o processamento visual dos autistas.

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Já se sabia que crianças autistas têm dificuldades para processar imagens. Elas acham, por exemplo, mais difícil compreender expressões faciais que crianças sem autismo. Agora, um estudo publicado na revista “Plos ONE” mostra que a presença de sombras em objectos também prejudica o processamento visual em autistas.
a_autismo.jpgUmberto Castiello, da Universidade de Pádua (Itália) e colaboradores compararam a habilidade de 20 crianças com autismo e 20 crianças sem autismo reconhecerem objectos desenhados com ou sem sombras.
Castiello e o seu grupo descobriram que crianças com autismo nomeavam os objectos sem sombra mais rapidamente e os objectos com sombra mais lentamente que crianças sem autismo.
Segundo Castiello, crianças sem autismo ligam os objectos e as suas sombras de uma maneira que facilita o reconhecimento de objectos. Quando essas crianças vêem imagens com sombras inconsistentes com o objecto, por exemplo um vaso redondo com uma sombra triangular, o tempo para nomear o objecto é maior do que quando a sombra é consistente com o objecto.
Para crianças com autismo, contudo, faz pouca diferença se as sombras são consistentes com o objecto ou não.
Uma possível aplicação do resultado é o uso de salas de aula mais bem iluminadas para que as turmas de autistas tenham menos distracções.
A parte e o todo
De acordo com Uta Frith, psicóloga especializada em autismo do University College of London (Reino Unido), os resultados concordam com a teoria de que autistas não utilizam o contexto em torno de um objecto (no caso, as sombras) para ajudar a interpretar dados visuais.
De maneira mais geral, os autistas parecem prestar mais atenção às partes do que ao todo. Frith nota que as crianças com autismo gostam de montar quebra-cabeças, mas, ao contrário de crianças sem autismo, não mostram interesse na figura final.
Fonte: Em Sergipe – 28/05/2010

Novas esperanças para o tratamento da Síndrome de Rett


Um estudo dirigido pelo biólogo brasileiro Alysson Muotri e publicado recentemente na revista científica “Cell” renova as esperanças para o tratamento da síndrome de Rett, um dos tipos de autismo, doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
a_autismo.jpgCom a ajuda de outros dois pesquisadores brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto, o neurologista Alysson Muotri conseguiu provar que é possível reverter um neurónio “autista” num neurónio normal. Para isso, foi utilizada uma técnica desenvolvida em laboratório com remédios que, pelo menos por enquanto, não podem ser testados em seres humanos.
A revelação de que neurónios autistas, que têm um núcleo menor e ramificações mais curtas que dificultam a “comunicação” entre os neurónios, podem ser corrigidos através do uso de substâncias que reprogramam a célula, cria a perspectiva de se desenvolver tratamentos para combater uma doença ainda muito estigmatizada pela sociedade.
Procedimento da pesquisa
Para entender o cérebro de um autista, eles colectaram pedaços de pele de quatro crianças com a doença e de cinco sem ela. No laboratório, separaram as células da pele e reprogramaram-nas para se tornarem neurónios.
Resultado: viram que os núcleos das células de crianças com autismo eram maiores e as ramificações de ligação com outros neurónios eram mais curtas e em menor número do que nas crianças sem o transtorno.
O próximo passo foi tentar resolver os problemas dos neurónios com sinais da doença. Os pesquisadores recorreram a diversos remédios. Um deles funcionou, deixando o neurónio normal. Isso deu esperanças de que o autismo possa ser curado.
Se foi possível alterar uma célula, é possível alterar todos os neurónios do cérebro, dizem os pesquisadores. A questão é que o remédio foi eficiente para tratar uma célula em laboratório. Em doses maiores traz efeitos colaterais graves.
“O grande desafio agora é fazer uma triagem de novas drogas na esperança de conseguir descobrir um novo remédio que seja menos tóxico e que surta muito mais efeito do que o que nós temos hoje como prova de princípio. Mas tudo pode acontecer. Pode ser que nós tenhamos feito uma descoberta fenomenal e as coisas acelerem muito mais”, finalizou Alysson.
O que é o autismo?
O autismo é descrito como uma síndrome comportamental com causas múltiplas, decorrente de um distúrbio de desenvolvimento. É caracterizado por déficit na interação social, ou seja, inabilidade para se relacionar com o outro, usualmente combinado com déficit de linguagem e alterações de comportamento. Os sinais e os sintomas aparecem antes dos três anos de idade e, em cada 10 mil crianças, de quatro a cinco apresentam a doença, com predomínio em indivíduos do sexo masculino.
Fonte: Saúde Plena – 24/11/2010

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