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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Minha homenagem... JFK: 50 anos após sua morte "John F. Kennedy "

JFK: 50 anos após sua morte 

O ex-presidente norte-americano foi assassinado por Lee Harvey Oswald em 22 de novembro


PUBLICADO EM 22/11/13 - 04h00

O homem mais jovem eleito presidente dos Estados Unidos, o primeiro líder norte-americano católico e o homem conhecido por suas propostas inovadoras ainda é lembrado após 50 anos da sua trágica e precoce morte. O ex-presidente John Kennedy foi assassinado com três tiros, aos 46 anos, no dia 22 de novembro de 1963, enquanto desfilava no automóvel presidencial em Dallas, no Texas.

Durante as muitas homenagens ao ex-presidente, uma coisa fica clara: Kennedy inspirou muitas pessoas a tentar alcançar o seu melhor e sua mensagem ainda é relevante hoje. Quem explica isso é o professor de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Clifford Andrew Welch.

“Ele foi o presidente mais jovem dos Estados Unidos. Era de uma família rica e teve uma experiência marcante na Segunda Guerra Mundial, o que fez dele um herói para o público. Também sempre foi visto como uma pessoa muito elegante e gentil”, afirma Welch.
Kennedy foi eleito em um período de turbulência política, mas já despontava como uma grande novidade, segundo lembra o sociólogo Demétrio Magnoli. “A crise interna estava ligada ao movimento pelos direitos civis. A externa, a uma percepção de aumento da ameaça soviética com o desenvolvimento do programa de mísseis”, afirma.
Ao mesmo tempo, o novo presidente Democrata, que havia derrotado o vice-presidente republicano Richard Nixon, chegava após um período de oito anos do governo conservador e republicano de Dwight Eisenhower.
Querendo transformar o governo em um instrumento de mudança, Kennedy contrastava bastante com o cenário dos anos anteriores.
“A igualdade entre as raças e a corrida pelo espaço se tornaram símbolos de Kennedy. Todo o imaginário de alcançar o espaço foi muito trabalhado por ele como uma visão de futuro melhor para toda a humanidade. Já a questão da divisão racial sempre fez parte da política dos EUA, mas a pressão do movimento negro fazia necessária uma resposta do governo e Kennedy abraçou esse assunto”, conta Clifford Andrew Welch.
Referência. A especulação do que ele poderia ter feito é, para os especialistas, o que mantém viva, ainda hoje, a lembrança e a influência do ex-presidente nos Estados Unidos.
“John Kennedy não teve tempo de perder a aura que cerca os presidentes que anunciam uma renovação política e sua morte precoce impediu que se dissolvesse essa aura que o cercava, mesmo que isso tenha dado origem a incontáveis mitologias”, avalia o sociólogo Demétrio Magnoli.
Welch acredita que o assassinato do presidente que não conseguiu cumprir as promessas de seu discurso deixou uma dívida aos Estados: tentar realizar os sonhos de Kennedy que tanto animaram as pessoas. “Ele deixou como legado esse símbolo de esperança para um futuro melhor. Depois que ele morreu, a sua imagem tem sido usada tanto pelo partido Republicano como pelos democratas”, explica o professor da Unifesp.
Teoria da conspiração
Mais de 60% dos norte-americanos acreditam que o assassinato de JFK foi a culminação de uma complexa conspiração para tirá-lo do poder. A ideia de uma teoria da conspiração é tão forte que o instituto Gallup faz pesquisas anuais com a pergunta “você acha que Oswald agiu sozinho ou acha que outras pessoas estiveram envolvidas no tiroteio que matou JFK?”, há 50 anos, desde o assassinato. Logo após a morte do presidente, em 1963, 52% dos norte-americanos acreditavam que Oswald não agiu sozinho. Em 1976, os adeptos da teoria atingiram um pico, com 81% dos entrevistados dizendo que outros estiveram envolvidos. No entanto, esse número tem diminuído desde então, chegando aos 61% atuais.
O presidente mais aprovado
No aniversário de 50 anos de sua morte, o ex-presidente norte-americano JFK ainda é o presidente moderno mais aprovado pela população norte-americana. A informação foi divulgada na última semana pelo centro de pesquisa Gallup. Em um ranking dos últimos 11 presidentes do país, John F. Kennedy foi considerado excelente ou acima da média por 74% dos mais de mil entrevistados. Ronald Reagan ficou em segundo lugar, seguido de Bill Clinton. O atual presidente ficou em quinto lugar. Para o instituto, a posição de Kennedy pode ser parcialmente explicada pela exposição de JFK na mídia durante sua vida e após sua morte. Porém, eles usam, também, popularidade dele enquanto vivo para explicar.
Homenagens a JFK
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ex-presidente Bill Clinton prestaram homenagem a John F. Kennedy anteontem. O líder norte-americano e o ex-presidente deixaram flores no túmulo de JFK no cemitério de Arlinton, em Washington. À noite, Obama ofereceu um jantar em tributo aos 50 anos do assassinato de John F. Kennedy. Hoje, a cidade de Dallas, onde ocorreu o assassinato, também faz uma homenagem ao ex-presidente. “Os dias posteriores foram horríveis para a cidade, que de repente foi denominada cidade do ódio”, explicou à Agência Efe Linda Custard, uma das organizadoras do evento, que pretende livrar a cidade do estigma de “cidade do ódio”.

VIDA AMOROSA

Apesar da dedicação à família, Kennedy teve muitos casos
PUBLICADO EM 22/11/13 - 04h00

Se em público John Kennedy e Jacqueline Bouvier representavam o perfeito casal norte-americano, na vida privada a história era bem diferente. A fama de conquistador do presidente o levou a se envolver com várias atrizes, funcionárias e socialites.

Apesar de os casos serem bem conhecidos atualmente, o ponto fraco do ex-presidente dos Estados Unidos não foi comentado durante seu curto governo de 1.036 dias. Segundo o professor de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Clifford Andrew Welch, Kennedy sempre foi muito discreto e dedicado à família. “Na época, ninguém falava sobre isso, não era uma conversa típica. Esse assunto veio depois, como uma crítica da maioria das pessoas a ele”, afirma.

O envolvimento de Kennedy com Marilyn Monroe, por exemplo, ficou bastante conhecido após a estrela de cinema cantar, aos sussurros, “Happy Birthday, Mr. President” (“Feliz aniversário, Sr. Presidente”) em um jantar de gala para arrecadar de fundos para o Partido Democrata, em 1962.
Outra mulher que confessou ter tido um encontro sexual com Kennedy foi a atriz e stripper Blaze Starr. Segundo ela, eles se conheceram nos anos 50 em um bordel em Maryland quando JFK ainda era congressista. Na lista, também está Mimi Alford, uma estagiária do gabinete de imprensa da Casa Branca que lançou, em 2012, um livro com as revelações do relacionamento amoroso. Uma socialite sueca e outra californiana também revelaram seus romances com o presidente em livros e entrevistas. 

Uma das últimas fotos de JFK, poucos minutos antes de ser assassinado.

Walt Cisco, Dallas Morning News





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