Sempre na minha mente e no coração...

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Assunto é sobre Depressão...


Entenda a diferença entre depressão e tristeza

Os sintomas da doença podem aparecer ou desaparecer de maneira sutil e quase imperceptível.

POR ESPECIALISTA - PUBLICADO EM 04/12/2009






A doença do século, muitos vezes é confundida com um sentimento de tristeza, e entender as diferenças é fundamental para o diagnóstico precoce.

É só tristeza? 
A tristeza é um sentimento momentâneo, considerado saudável e até importante pelos médicos. Ajuda na elaboração das perdas, ou sofrimentos ocasionais. As pessoas atingidas pela ocorrência de perdas, do emprego ou de entes queridos, atravessam uma fase desofrimento e angústia, que pode se prolongar por um determinado período de tempo (cerca de 2 meses), mas esse quadro vai se atenuando e paulatinamente a vida vai retomando o ritmo normal.

Agora, se a tristeza não passa, e começam a surgir sentimentos de apatia, indiferença, desesperança, falta de perspectivas ou prazer pela vida, saiba que esse é um sintoma claro de depressão. Os sintomas podem aparecer ou desaparecer de maneira sutil e quase imperceptível, mas é importante saber que eles podem voltar. A depressão é doença séria e assim deve ser tratada.

Os riscos da depressão: 
Em primeiro lugar, depressão não é um estado de tristeza profunda nem desânimo, preguiça,estresse ou mau humor. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Mesmo assim, podemos considerar a depressão como natural período de transição. São tempos de mudanças e crescimento, épocas que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de evolução.

Para entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos... A única coisa que todos teriam em comum é o fato de estarem sob efeito do álcool, todos estariam tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Na depressão também. Cada personalidade se manifestará de uma maneira.

Na verdade, ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

Pode ser leve, moderada ou grave 
depressão encontra-se classificada no Grupo das Doenças Afetivas, ou seja, aquelas que tem uma evolução cíclica, em que se alternam períodos depressivos com fases de absoluta sanidade. Ao contrário do que se possa pensar, essa não é uma doença moderna. Hipócrates, considerado o pai da Medicina, descreveu seis doenças mentais, dentre elas a depressão, há aproximadamente 400 AC. 

Os sintomas podem se manifestar de uma forma branda, e é comum o paciente procurar um clínico-geral, acreditando estar com falta de vitaminas ou alguma doença mais grave. Outros, simplesmente acreditam ser apenas mais uma "fase ruim" e não procuram ajuda, agravando ainda mais o problema. Indivíduos apresentando quadros leves, raramente procuram  tratamento.

ara entendermos melhor essa diversidade de sintomas depressivos, vamos considerar que, entre as pessoas, a depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito: uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos... A única coisa que todos teriam em comum é o fato de estarem sob efeito do álcool, todos estariam tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Na depressão também. Cada personalidade se manifestará de uma maneira.

Na verdade, ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

Ao falarmos sobre a tristeza, precisamos definir os tópicos que distinguem este sentimento da depressão.

- A tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano. Todas as pessoas estão sujeitas a tristeza. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade.

- A depressão é a raiva e a vingança digerida na pessoa. Na prática, é uma tentativa de devolver para os outros, o que existe de pior em si.

- A tristeza não chega aos limites citados na situação depressiva. Pelo contrário, é uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida. Na infância, o modo de encarar a tristeza será definitivo para estabelecer a personalidade adulta. 

- A tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o "não" torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza. 

Agora que já sabe sobre a diferença da tristeza e depressão, evite rotular ou mesmo se auto-depreciar com pequenos problemas do cotidiano.  



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Fique atento à depressão infantil

Ela precisa ser diagnosticada precocemente

POR ESPECIALISTA - PUBLICADO EM 09/07/2009
ESCRITO POR:Evelyn Vinocur
Neuropsiquiatra e psicoterapeuta
foto especialista

ESPECIALISTA MINHA VIda
É importante ressaltarmos que os fatores psicossociais estressores contribuem para desestabilizar pessoas que aparentemente estão estáveis, mas só aparentemente, pois essa pessoa pode estar simplesmente na fase que chamamos de equilíbrio instável. Qualquer "sopro", a estrutura da pessoa se desmorona.

O meio ambiente exerce um poder muito grande sobre o emocional de pessoas em geral, sejam elas crianças, adolescentes ou adultos. Jéssica é uma menininha de dois anos, que começou a apresentar problemas de comportamento após a sua mãe entrar em mais um quadro de depressão maior.

Sua mãe passou a apresentar o que chamamos de anedonia, ou seja, falta de prazer nas coisas que antes gostava e com isso, outras pessoas da família passaram a tomar conta de Jéssica. Ao final de duas semanas, a menina passou a ficar birrenta, "mimada"e começou a fazer xixi na cama, coisa que ela já não mais fazia. O pai de Jéssica ficou muito aborrecido com a irmã de sua esposa, achando que ela estava fazendo todas as vontades da menina e que a sua mudança de comportamento estaria sendo causada porque a tia passou a fazer todas as vontades da criança, para suprir a falta da mãe.

O clima dentro de casa piorou ainda mais as coisas, com a irritabilidade do pai, que passou a ser hostil e autoritário com a pequena criança, passando a impor castigos e a exigir da pequena criança atitudes de crianças mais velhas. Uma semana após isso, Jéssica passou a ficar apática e desinteressada das bonecas e dos brinquedos em geral. Perdeu o apetite e passou a ter o sono muito agitado.

O pai ficou desesperado, e mandou que a tia da menina fosse embora, pois ele atribuía à ela, todo aquele estado "dengoso" da filha. Sem a tia, Jéssica passou a não falar mais, recusando-se a comer quase por completo. Choramingava o dia todo, vomitava, e ficou muito enfraquecida. Rejeitava o pai e recusou a chegar perto da mãe. Demonstrava pavou ao ver a mãe deitada no quarto escuro com uma venda nos olhos, por conta de enxaquecas severas que apresentava.

Por fim, os avós da menina, desesperados com a situação da filha e da neta, foram conversar muito sério com o genro. Obrigaram-no a chamar um psiquiatra em casa para fazer uma consulta na filha, pois sabiam que muitos sintomas dela eram de DEPRESSÃO. O marido, muito a contragosto, não teve outro jeito a não ser permitir a presença do médico, apesar de continuar afirmando que tanto a mulher e a filha estavam fazendo "charminho" e querendo chamar atenção e que só estavam daquele jeito, porque não tinham a menor força de vontade de melhorar e que ele, no lugar delas, já estaria bom a muito tempo...

Resumindo, o médico foi examinar a mãe de Jéssica e constatou Transtorno Depressivo Maior Grave com sintomas somáticos. E logo que começou a ouvir toda a história da família, viu que Jéssica estava também deprimida, pois sintomas de irritabilidade, birra e transtornos de somatização como a enurese e outros, são expressões comuns de crianças deprimidas.

Fazendo um exame físico na menina, que tossia muito, pediu Raio-X de pulmão que constatou pneumonia viral bilateral. Jéssica precisou ser internada, pois a sua imunidade caiu muito e precisou de muitos cuidados para ficar totalmente boa dos sintomas. Sua mãe iniciou tratamento antidepressivo e hoje, tres meses após, encontra-se assintomática e já conseguiu tomar a frente do tratamento da filha.

Concluindo: É URGENTE A DIVULGAÇÃO DOS TRANSTORNOS MENTAIS PARA A SOCIEDADE, POIS SITUAÇÕES COMO ESSA, ACIMA DESCRITA, SÃO MUITO FREQUENTES NA PRÁTICA MÉDICA DIÁRIA.

Infelizmente, o pai se recusa participar da recuperação de Jéssica, por continuar achando que tudo aquilo foi devido a falta de umas boas palmadas... é mole??!!

Mal que aflige a alma e faz o corpo padecer

Depressão é gatilho para infarto, doenças degenerativas e vários outros males

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 19/07/200
Matérias
Não é só o humor e a alegria de viver que somem no deprimido. Esse permanente estado de tristeza tem ação direta no sistema imunológico, minando as defesas do corpo. A doença acomete todo o organismo , frisa o psiquiatra Acioly Lacerda, da Universidade Federal de São Paulo. 

É por isso que esses pacientes têm mais risco de desenvolver problemas do coração, doenças auto-imunes e distúrbios degenerativos como o Mal de Alzheimer. Um estudo da Wake Forest University, nos Estados Unidos, constatou que esses pacientes têm 40% mais risco de desenvolver males cardíacos. Outro trabalho americano mostrou que eles têm 73% mais chance de ter um derrame. Não à toa os especialistas colocam a depressão ao lado de fatores como a pressão alta e o colesterol como ameaças ao coração. 

Tumores e infecções pela queda de imunidade também acabam encontrando um terreno fértil nos deprimidos. Há dados relacionando o estado depressivo ao aparecimento de câncer de mama e de intestino.

Além disso, o prognóstico desses indivíduos é pior. Em parte esse efeito negativo sobre o corpo deve-se à alta constante de cortisol, detonada pela depressão. Esse hormônio, relacionado a situações de tensão, derruba as defesas e também pode estar por trás da taquicardia e da subida da pressão. Isso explicaria a ameaça ao peito dos deprimidos, bem como a maior suscetibilidade a males que se alastram a partir de um sistema imune combalido para se instalar, caso das infecções. 

Os tumores também, em certa medida, aproveitam-se do enfraquecimento das defesas, que não conseguem dar conta das células defeituosas. Esse estado também provoca danos no próprio cérebro, o que explica o comprometimento de algumas funções desse órgão. Daí que a doença que começa na alma pode acabar com o corpo também.

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