Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Os sentimentos são mais profundos



Os sentimentos são mais profundos


O amor e a alegria são inseparáveis do estado natural de conexão interior com nossa Essência.
Sempre que houver um espaço no fluxo dos pensamentos, podem ocorrer lampejos de amor e alegria, ou breves instantes de uma paz profunda.
Para a maioria das pessoas, tais espaços raramente acontecem, e mesmo assim por acaso, nas ocasiões em que a mente fica “sem palavras”, instigada por uma beleza estonteante, uma exaustão física extrema, ou mesmo um grande perigo. 
De repente se instala uma serenidade interior. 
E dentro dessa serenidade existe uma alegria sutil, mas intensa, existe amor, existe paz.

Normalmente, tais momentos têm vida curta, pois a mente logo reassume essa atividade barulhenta a que chamamos pensar. 
O amor, a alegria e a paz não conseguem florescer, a menos que tenhamos nos livrado do domínio da mente. Mas eu não os chamaria de emoções. 
Eles estão por baixo das emoções, em um nível mais profundo. 
Portanto, precisamos nos tornar plenamente conscientes de nossas emoções e sermos capazes de senti-las, antes de sermos capazes de sentir aquilo que está além delas. A palavra emoção significa, literalmente, “desordem”. 
A palavra vem do latim emovere, que significa “movimentar”.
Amor, alegria e paz são estados profundos da Essência, ou melhor, três aspectos do estado de ligação com a Essência. 
Assim, não possuem opositores pela simples razão de que surgem por trás da mente. 
As emoções, por outro lado, sendo uma parte da mente dualística, estão sujeitas à lei dos opostos. 
Isso quer dizer, simplesmente, que não se pode ter o bom sem que haja o mau. 
Portanto, numa condição não iluminada de identificação com a mente, aquilo que algumas vezes é erroneamente chamado de alegria é o lado geralmente breve do prazer, dentro da alternância contínua do ciclo sofrimento/prazer. 
O prazer sempre se origina de alguma coisa externa a nós, ao passo que a alegria nasce do nosso interior. 
A mesma coisa que proporciona prazer hoje provocará sofrimento amanhã, ou nos abandonará, e essa ausência causará sofrimento. 
Do mesmo modo, o que se costuma chamar de amor pode ser prazeroso e excitante por um tempo, mas é um apego adicional, uma condição de necessidade extrema, que pode vir a se transformar no oposto, em um piscar de olhos. 
Muitas relações “amorosas”, passada a euforia inicial, oscilam entre o “amor” e o ódio, a atração e a agressão.
O amor verdadeiro não permite que você sofra. 
Como poderia? 
Não se transforma em ódio de repente, assim como a verdadeira alegria não se transforma em sofrimento. Antes de atingirmos a iluminação, antes mesmo de nos libertarmos de nossas mentes, podemos ter lampejos de alegria autêntica, de um amor verdadeiro ou de uma profunda paz interior, tranquila, mas intensamente viva. Esses são aspectos da nossa verdadeira natureza, em geral obscurecida pela mente. 
Mesmo dentro de uma relação “normal” de dependência, é possível haver momentos onde podemos sentir a presença de algo genuíno, incorruptível. 
Mas serão somente lampejos, a serem logo encobertos pela interferência da mente. 
Você poderá ficar com a impressão de que teve alguma coisa muita valiosa, mas a perdeu, ou a sua mente pode lhe convencer de que tudo não passou de uma ilusão. 
A verdade é que não foi uma ilusão e você também não perdeu nada. 
Esse algo valioso é parte de seu estado natural pode estar encoberto, mas nunca ser destruído pela mente. Mesmo quando o céu está totalmente coberto, o sol não desapareceu. 
Ainda está lá, por trás das nuvens.

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