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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

TURISMO - RIO GRANDE DO NORTE / NATAL 2ª Parte

(continuação)

República (1889-atual)


Pedro Velho, primeiro governador potiguar após a proclamação da república.

Finalmente, em 15 de novembro de 1889, a monarquia é derrubada e o regime reupblicano é adotado. O Rio Grande do Norte, assim como as demais províncias, transformam-se em estados. A vitória da campanha republicana no estado só foi confirmada no dia seguinte, quando José Leão Ferreira Souto assinou um telegrama destinado do Partido Republicano.[32] Em 17 de novembro de 1889, Pedro Velho toma posse como primeiro governador do estado,[18] no entanto, permaneceu no cargo durante um curto período de tempo (de 17 de novembro a 6 de dezembro de 1889).[32] Nos primeiros anos de República, o Rio Grande do Norte foi dominado pelo sistema oligárquico.[33] Em oposição a esse regime, surge a figura do capitão José da Penha Alves de Souza, responsável por promover a primeira campanha popular no estado; este tentou, inclusive, lançar a candidatura do tenente Leônidas Hermes da Fonseca ao governo estadual, mas sem obter sucesso; mais tarde, José da Penha foi morar no Ceará.[34]
Em 1901, a Assembleia Estadual do Ceará elevou Grossos (que pertencia ao Rio Grande do Norte) à condição de vila e anexou-o ao território cearense. Depois, Pedro Augusto Borges, que era presidente (hoje governador) do Ceará na época, sancionou a resolução. Na época, os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte ainda não possuíam seus limites definidos.l[35] O governador do estado, Alberto Maranhão, protestou contra esta medida. Os governos cearense e potiguar reagiram e enviaram tropas para a região disputada. Porém, o bom senso continuou prevalecendo, e um conflito armado foi evitado. A controvérsia foi levada para decisão por meio de arbitramento, e o resultado final saiu favorável para o Ceará. Sendo assim, Pedro Velho convidou Rui Barbosa para defender a causa do Rio Grande do Norte,[36] contando com a participação de Augusto Tavares de Lira. No final, o jurista Augusto Petronio, por meio de três acórdãos (1908, 1915 e 1920), deu ganho de causa em definitivo ao Rio Grande do Norte, dando fim à "Questão de Grossos".[29]

Lampião e seu bando em Mossoró, no ano de 1927.
Em meados de 1920, o eixo econômico do Rio Grande do Norte, que era restrito apenas ao litoral, desloca-se para o interior do estado, dando início à segunda fase oligárquica no estado, inaugurada por José Augusto Bezerra de Medeiros, que só foi rompida com a Revolução de 1930.[33] Já em 1926, a Coluna Prestes, que já havia percorrido uma vasta parte do território brasileiro, chegou ao Rio Grande do Norte. O governador José Augusto Bezerra de Medeiros procurou, de maneira imediata, reforçar a segurança no estado e enviou o primeiro contingente da polícia militar para a região oeste, onde ocorreram quase todos os combates entre autoridades policiais e rebeldes. A região do Seridó também corria riscos de ser invadida, por isso colocou suas forças policiais em alerta. Somente algum tempo depois, a Coluna Prestes saiu do estado.[37] No ano seguinte, em 10 de junho de 1927, o cangaceiro mais famoso do Nordeste,Virgulino Ferreira da Silva (conhecido popularmente como Lampião), chegou ao Rio Grande do Norte, percorrendo várias cidades da região oeste e deixando vários rastros de destruição[38] e com destino à cidade de Mossoró.[39] Lá, Lampião e o seu bando sofreram a única derrota da vida.
Em 1930, eclodiu um movimento revolucionário, que deu fim à República Velha, causado principalmente por motivos de origem político-econômica, como a fraude das eleições para a escolha do Presidente da República e o assassinato de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque em Recife.[40][41] Após o movimento, Júlio Prestes, candidato vitorioso nas eleições para presidente, foi impedido de assumir o cargo e Getúlio Vargas assumiu o poder, onde ficou na presidência por quinze anos.[42] Durante a revolução, o Rio Grande do Norte era governado por Juvenal Lamartine, cujo governo era caracterizado pela dependência com o poder central (governo federal) e pela falta de tolerância em combater os adversários. A partir daí, surge Café Filho, principal personagem de atuação da Revolução de 1930 no Rio Grande do Norte.[43] Mais tarde, ele foi perseguido e fugiu para a Paraíba.[29] Em 5 de outubro de 1930, Juvenal Lamartine abandonou o governo do estado e, em seu lugar, assumiu uma junta governativa de três pessoas, que ficaram no poder durante uma semana.[43]

Coluna Capitolina, doada porBenito Mussolini a Natal.
No dia 1º de janeiro de 1931, o navio italizano "Lazeroto Malocello", comandado pelo capitão de fragata Carlo Alberto Coraggio, chegava à capital potiguar, trazendo a Coluna Capitolina, doada pelo chefe do governo da Itália, o fascista Benito Mussolini. Cinco dias mais tarde, a capital norte-riograndense foi visitada pela esquadrilha da Força Aérea italiana.[29] Quatro anos depois, ocorreu aIntentona Comunista, causada principalmente por setores da população descontentes com a atuação do governador Mário Câmara. A rebelião saiu vitoriosa e deixou a cidade de Natal bastante agitada. A maior resistência ao movimento foi realizada pela autoridade policial. Em 25 de novembro do mesmo ano foi instalado o "Comitê Popular Revolucionário" e o jornal "Liberdade" entrou em circulação. A cidade de Natal foi abandonada pelos rebeldes, que se deslocaram para a região do Seridó, onde a repressão foi realizada violentamente até o fim da Intentona Comunista.[29]

Getúlio Vargas (centro) e Franklin Delano Roosevelt (à direita) - ambos de chapéu panamá - em Natal. Janeiro de 1943. Agência Brasil.
A capital potiguar não foi apenas um lugar palco de violência. Sua localização geográfica, próximo à esquina do continente, também fez com que a cidade ocupasse um lugar de grande destaque na história da aviação, na época dos hidroaviões, quando grandes aeronautas passaram pela cidade. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a cidade se tornou ainda mais famosa e conhecida internacionalmente. Os estadunidenses construíram uma megabase, que desempenhou um papel bastante significativo durante o conflito e tornou-se conhecida como "O Trampolim da Vitória", atualmente localizada em Parnamirim.[29] Ainda durante a Segunda Guerra, a capital potiguar sediou a Conferência de Natal e recebeu a visita do presidentes do Brasil (Getúlio Vargas) e dos Estados Unidos (Franklin Delano Roosevelt).[44] A partir daí, norte-americanos começaram a ocupar o território, culminando com a mudança de hábitos daquele município,[45] fazendo, também, com que a população cidade de Natal crescesse e se multiplicasse, e a cidade perdesse todos os seus hábitos de "cidade provinciana".[29]
Em 1945, Vargas se retira do poder e inicia-se a instalação de um período democrático no país. Em 1951, o ex-presidente volta a ocupar o cargo, mas, em 24 de agosto de 1954, Getúlio comete suicídio, e assume o vice-presidente Café Filho, que se tornou o primeiro e único potiguar a ocupar a presidência.[46]
Na década de 1960, o populismo se impõe em solo potiguar, através de Aloísio Alves (responsável pelo início de modernização do Rio Grande do Norte) e Djalma Maranhão (radical e político de esquerda).[29] Já em 1964, ocorre um golpe de estado que pôs fim ao governo de João Goulart e iniciou um regime militar que durou de 1964 até 1985. No Rio Grande do Norte, esse golpe de estado se caracterizou somente pelas perseguições a jovens e intelectuais da terra. Políticos como Aloísio AlvesGaribaldi Alves e Agnelo Alves, por exemplo, tiveram seus políticos suspensos pelo Ato Institucional Nº 5, de 1968.[29] Na década seguinte, a partir 1974, foram descobertas as primeiras jazidas de petróleo no Rio Grande do Norte, o que provocou um maior crescimento na economia do estado, que até então era prejudicada pelos longos períodos secos, começou a crescer. O turismo também foi um dos setores que mais cresceram no estado. Governos recentes fizeram importantes mudanças, como ocorreu na gestão de Garibaldi Alves, que elevou a irrigação como uma das metas prioritárias, com o objetivo de interligar bacias hidrográficas e levar água de boas qualidade às famílias sobreviventes em regiões secas e irrigar uma densa área do território norte-riograndense.[29]
Geografia
O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado a nordeste da região Nordeste, tendo como limites os estados do Ceará a oeste, a Paraíba a sul, e o Oceano Atlântico a norte e a leste.[47] A área do estado é de 52 796,791 km²[48](algumas fontes indicam 53 306 km²[49]), equivalente a 0,62% do território brasileiro,[49] onde 269,6046 km² estão em perímetro urbano.[50] A distância entre os pontos extremos norte-sul, localizados em Tibau e Equador, respectivamente, é de 233 quilômetros; enquanto isso, a distância entre os pontos extremos do leste (em Baía Formosa) ao oeste (em Venha-Ver) é de 433 km.[49]
Devido à sua localização geográfica no território brasileiro, o Rio Grande do Norte é conhecido como esquina do continente. É a unidade da federação mais próxima da Europa e da África.[51][52]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte

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