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sábado, 31 de janeiro de 2015

ARQUITETURA - Casa se transforma ao sabor do sol

Casa se transforma ao sabor do sol

Tetos móveis animam o lar inovador

17/12/2014 | POR NILBBERTH SILVA; FOTOS RAFAELA NETTO / DIVULGAÇÃO
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
Não é todo dia que um arquiteto pode criar a morada dos seus sonhos. Mas essa foi exatamente a oportunidade que os sócios do escritório FGMF tiveram ao projetar aCasa das Pérgolas Deslizantes em Bauru, interior de São Paulo.

A tarefa começou em 2009, antes dos sócios Fernando Fortes, Lourenço Gimenez e Rodrigo Marcondes Ferraz conhecerem o proprietário. Nesse ano, o FGMF foi considerado pela revista britânica Wallpaperum dos 30 escritórios mais promissores do mundo.

A pedido da publicação, o trio projetou uma casa com o DNA do time. O lar tinha paredes pré-montadas e espaços que podiam se abrir e fechar para a paisagem. E a surpresa veio alguns anos depois, quando o trio foi procurado por um casal que desejava uma residência inovadora e móvel, assim como os desenhos que nunca tinham saído do papel.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
A dupla tinha um terreno em formato de V próximo aos muros de um condomínio fechado. Como a vista era pouco atrativa, os arquitetos criaram uma casa voltada para o interior. O terreno foi dividido em sete faixas paralelas, cada uma com 4 m de largura. O lar, formado por blocos residenciais, ocupa quatro dessas "fatias", enquanto os espaços restantes recebem jardins, piscina e espelho d'água. Sobre eles, ficam os pergolados móveis que dão nome ao lar.
As quatro estruturas quadradas de cumaru foram instaladas em trilhos sobre os blocos. Os moradores podem movimentá-las por controle remoto - "o motor é bem semelhantes ao de um portão automático", afirma o sócio Rodrigo. As estruturas ajudam a controlar a incidência de sol, expondo as paredes de vidro no inverno e protegendo-as no verão.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
"Criar vazios entre os blocos foi mais importante para a obra do que a arquitetura dos espaços fechados", conta Rodrigo. "A medida aumenta a sensação de amplitude", continua ele. As esquadrias largas de vidro também faz o lar de 185 m² parecer maior.
Um corredor envidraçado conecta ambientes internos e externos. A implantação ainda permitiu enriquecer os espaços que "sobraram" fora dos pátios e dos blocos. Esses retalhos viraram jardins e varandas.
Apesar da complexidade do projeto, as paredes, vigas e pergolados ficaram prontos em quatro semanas. Os arquitetos usaram painéis de concreto pré-moldados da Sudeste. O material exige desenhos mais detalhados, porém, fica pronto rapidamente. O acabamento liso e resinado permite mantô-lo sempre à vista.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
É difícil saber o que fica dentro e fora em uma casa tão integrada. Para solucionar esta dúvida, as áreas de permanência receberam pisos de madeira, e os corredores e áreas de serviço ganharam porcelanato branco.
Os móveis de design nórdico marcam os ambientes. O casal de moradores vive em viagens constantes entre o interior de São Paulo e a Suécia, de onde trouxeram peças como a luminária PH, criada por Poul Henningsen para a Louis Poulsen, e a mesa de centro Newton, projetada por Dan Sunaga e Staffan Holmkarl para a Karl Andersson & Söner.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

  
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

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Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

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http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Casas/noticia/2014/12/casa-se-transforma-ao-sabor-do-sol.html

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