10 maneiras como o sexo moldou nossa história e cultura
Seres humanos veem sexo como uma atividade prazerosa, mas a verdade é que ela mais do que isso: é também essencial à reprodução da espécie. Não à toa, então, faz parte de toda a nossa história, moldando-a, bem como nossa cultura ao longo dos anos. Confira:
10. Doenças sexualmente transmissíveis atrapalharam grandes guerras
Havia muito mais a se temer do que balas e gás químico durante a Primeira Guerra Mundial: em um dia, cerca de 18 mil homens foram incapacitados por doença venérea.
Na Segunda Guerra Mundial, a gonorreia e a sífilis devastaram tropas inteiras e, embora as mortes fossem raras graças à penicilina, as doenças sexualmente transmissíveis eram ainda muito debilitantes. Os soldados não só contraíam DSTs de mulheres locais, como de hordas de mulheres que seguiam os exércitos, tornando-se prostitutas quando tinham oportunidade. O resultado foi claro e generalizado: mais de 100.000 homens foram diagnosticados com gonorreia, e cerca de 80.000 foram diagnosticadas com sífilis.
9. Uma enorme população é descendente de um rei mongol
Muitos de nós somos (ou podemos ser) parentes do maior líder mongol: Genghis Khan. Um estudo recente de DNA revelou que uma porcentagem surpreendentemente elevada de homens compartilha uma raiz genética em comum com ele. De acordo com algumas estimativas, um em cada 200 homens é descendente de Khan ou colossais 16 milhões de pessoas.
Enquanto isso parece inacreditável, a diversidade genética do século 13 era muito menor do que é hoje, e o rei mongol passava a maior parte de seu tempo fazendo sexo com mulheres diferentes. Os historiadores não têm um número definido de filhos do Khan, mas estimam que ele teve centenas ou até milhares. Apenas quatro foram gerados por sua esposa, de maneira que foram bem documentados eram os únicos verdadeiros herdeiros.
Por sua vez, esses quatro filhos também fizeram a sua parte para espalhar o DNA mongol. O mais velho, Tushi, teve 40 filhos legítimos e possivelmente muitas crianças ilegítimas. Kublai Khan, neto de Genghis, teve 22 filhos legítimos, sendo que supostamente adicionava 30 mulheres ao seu harém a cada ano. Com tais números, é mais fácil ver como 16 milhões de pessoas são descendentes de um só homem.
8. Um dos grandes criminosos da história foi derrubado por uma DST
Al Capone é “o” gângster. Seus excessos, crimes e vícios dominaram todo Chicago nos anos 1920 e 30. Depois de muito tempo de impunidade, sua sorte finalmente acabou quando os policias encontraram uma acusação que realmente colou no bandido: evasão fiscal.
Primeiro enviado para a prisão de Atlanta e em seguida para a infame Alcatraz, o gângster tentou sair de sua pena de 11 anos um pouco mais cedo por bom comportamento. Sua estratégia funcionou, mas Al Capone não pode desfrutar plenamente da sua vitória sobre o sistema de justiça americano: este inimigo público acabou derrotado pela sífilis, em 25 de janeiro de 1947. Devemos o fim de uma rede criminosa altamente eficiente a uma DST.
7. O professor que enfrentou preconceito por ensinar sexo
Alfred Kinsey era doutor em biologia pela Universidade de Harvard (EUA), um cientista muito respeitado e um especialista mundial em vespas. No entanto, desistiu de tudo isso para um campo muito mais necessário e controverso: a sexualidade humana.
Kinsey, a pedidos, começou a dar uma aula sobre casamento. Estudantes, pensando que ele era um especialista em tais assuntos, fizeram-lhe muitas perguntas sobre sexo. Vendo a confusão absoluta da maioria dos universitários sobre o ato, e incapaz de responder às suas perguntas, Kinsey começou a pesquisar o assunto.
Isso era algo mais fácil de dizer do que de fazer nos anos 30, 40 e 50. Essa época sombria para a sexualidade fez com que Kinsey encontrasse oposição de todos os lados. Alguns o chamavam de “tarado usando a ciência para suas próprias perversões”, outros o chamavam de imoral e seu próprio pai religioso se disse “pego de surpresa pela natureza do interesse de seu filho”.
Tendo em visto o “terror comunista” de 1954, Kinsey foi acusado de tentar corromper a América e a democracia com informação perversa. Mesmo assim, seu primeiro livro, “O Comportamento Sexual do Macho Humano”, foi um enorme sucesso e vendeu 500 mil cópias. Os EUA estavam em polvorosa com informação sexual nunca tida antes.
6. Nossa loucura por afrodisíacos é capaz de extinguir animais
Vinho de osso de tigre, sopa de barbatana de tubarão, pênis de veado em conserva, testículos de boi, cabra, frango ou qualquer outra criatura, bile de urso, chifre de rinoceronte, ovos de tartaruga, cavalo marinho seco… Você já está excitado? Não?
Então tente ostras, chocolate, abacate, semente de anis, figos, rabanetes, amêndoas, banana, caviar, trufas, café, manjericão, abalone ou outro dos milhares de itens que já foram reverenciados como o “Viagra” do seu tempo.
Afrodisíacos. Não podemos negar seu apelo. Mas eles também causam alguns probleminhas culturais. Por exemplo, a Ásia é notória por tráfico de animais. Os clientes pagam um bom dinheiro por um animal ameaçado ou em perigo se acham que vai adicionar uma faísca para a sua vida amorosa. No entanto, os cientistas esperam que o advento de drogas para impotência mais eficazes contenha a demanda por esses animais no futuro. Comprimidos são mais baratos, legais e você não tem que matar bichinhos inocentes para tomá-los.
5. Os sexuais antigos romanos hoje parecem santos
Quem conhece a história de Roma em detalhes sabe que essa população, na antiguidade, era bem liberal e não tinha problema com representações sexuais. Mas o Vaticano tem. Eles são grandes fãs da arte romana clássica, exceto por um pequeno detalhe: não gostam das partes descobertas. Sendo assim, fizeram “ajustes” em centenas de estátuas para esconder seus pênis você deve estar familiarizado com a “folha de figueira santa”.
De acordo com uma lenda urbana amplamente repetida (e não confirmada), o Vaticano foi além e de fato removeu fisicamente os falos ofensivos. Este conto levou alguns a afirmarem que há uma sala secreta (mais uma!) em seu grande complexo dedicada exclusivamente ao armazenamento desses pênis antigos.
4. Os escândalos sexuais que derrubaram uma monarquia
As histórias de escândalo e sexo que cercaram Maria Antonieta diziam que ela era uma ninfomaníaca que governava muito mal a França, soprando dinheiro em suas extravagâncias. Ela supostamente tinha muitos amantes e fartava-se em doces, enquanto a maioria dos franceses morria de fome. Panfletos mostravam que ela tinha atos sexuais com quase todos à sua volta, exceto seu marido.
Neste caso, o sexo que alterou o curso da história não era factual, apenas implícito. Mesmo assim, foi motivo suficiente para fazer os camponeses franceses se cansarem de reis, rainhas e da fome, e buscarem mudança. Antonieta e seu marido Louis XVI foram capturados e enviados para a guilhotina.
3. O sexo que desfez casamentos e até igrejas
As regras do amor cortês na Idade Média incluíam pérolas como “O amor é reforçado pelo ciúmes” e “revelação pública de amor é mortal para o amor na maioria dos casos”. O conceito aparecia em toda a literatura inglesa, comumente visto em protagonistas que desejavam mulheres fora de seu alcance.
O exemplo mais infame de tal amor cortês na vida real aconteceu entre Henrique VIII e Ana Bolena. Eles acabaram tendo um relacionamento sério, apesar de Henrique ser casado. Ele exibia ciúme extremo de Ana e seu amor por ela só aumentou quando a moça não conseguiu lhe dar um herdeiro do sexo masculino.
Henrique, sendo um cavalheiro, seguiu mais uma das regras do amor cortês: nunca ame uma mulher com quem você não se casaria. O rei da Inglaterra então se casou com Ana Bolena mesmo que o divórcio fosse ilegal, declarando sua união com Catarina “nula e sem efeito”. Para isso, ele precisou separar a Igreja Anglicana da Católica no país. O pior de tudo é que, no final, este novo amor foi igualmente fugaz e breve. Quando Ana não pode lhe dar um menino, Henrique executou sua esposa para se casar uma terceira vez (spoiler: ele chegou ao sexto casamento, eventualmente).
2. Viagra levou a maior incidência de DSTs
O Viagra revolucionou a sexualidade quando chegou ao mercado em 1998. Até o Vaticano aprovou o remédio, porque o sexo fortalece os laços conjugais. A pílula maravilhosa renovou relacionamentos e salvou casamentos, mas também teve um efeito colateral inesperado: a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.
Especificamente, a propagação de doenças sexualmente transmissíveis em asilos. Como mulheres mais velhas raramente engravidam, os idosos recém-viris abandonaram a proteção com terríveis resultados, levando a um aumento desproporcional na incidência de DSTs em comunidades de aposentados.
1. O sexo incestuoso que acabou com reinados
Reis e rainhas tinham o que e quem queriam. Isso é péssimo quando não se sabe escolher. Primos, sobrinhos e até irmãos e irmãs eram possibilidades comuns como cônjuges, desde que fossem de sangue real. Faraós egípcios, imperadores japoneses, reis havaianos, governantes do antigo Peru, para não mencionar a realeza na África Central, México, Tailândia e em toda a Europa todos se casaram e trocaram DNA com parentes próximos.
O rei egípcio Tutancâmon era produto de uma longa linha de relações incestuosas. Tut tinha diversos defeitos, incluindo uma fenda palatina, e não foi capaz de reproduzir com sucesso com sua esposa (sua meia-irmã). Os Habsburgos da Espanha também morreram com o rei Charles II (foto acima), um homem de pequena estatura com problemas mentais que mal podia comer (devido à alegada mandíbula Habsburgo). Seu maior defeito era a sua impotência, o que significa que ele não pode continuar a linhagem da família.
Doenças relacionadas com o incesto não acabaram com todas as famílias reais, mas com certeza prejudicaram muito a diversidade genética. Um aumento da taxa de hemofilia em toda a Europa pode ser rastreado até os reais ingleses. Ainda hoje, herdeiros de reinados devem tomar cuidado com quem se casam, porque nunca se sabe o que a roleta russa do DNA vai fazer quando se combinar com o de mesmo um primo ou prima distante. [Listverse]
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