Islamismo - parte 1
O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, ou Muhammad, chamado pelos ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, no ano 570, Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita. Conforme a tradição, o arcanjo Gabriel revelou-lhe a existência de um Deus único.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são os muçulmanos (Muslim, em árabe), aquele que se subordina a Deus. Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.
O livro sagrado do
Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na coletânea das revelações
divinas recebidas por Maomé de 610
a 632. Seus principais ensinamentos são a onipotência de
Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os
seres humanos.
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:
- Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
- Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);
- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir a peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).
Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos:
- Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta;
- Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat);
- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas;
- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum);
- Ir a peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj).
Islamismo - parte 2
Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações,
ocorrendo divisão em diversas vertentes com características distintas. As
vertentes do Islamismo que possuem maior quantidade de seguidores são a dos
sunitas (maioria) e a dos xiitas. Xiita significa “partidário de Ali” Ali Abu
Talib, califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e
acabou assassinado. Os sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos
primeiros convertidos ao Islã e discípulo de Maomé. As principais
características são:
Sunitas- defendem que o chefe do Estado muçulmano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas, livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.
Xiitas – alegam que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupado por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirma que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.
Alguns pontos em comum entre Xiitas e Sunitas são: a individualidade de Deus, a crença nas revelações de Maomé e a crença na ressurreição do profeta no Dia do Julgamento.
No Brasil, o Islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião. A primeira mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Por que Meca é importante para o
islamismo?
Porque ali fica o santuário de Ka’bah,
construído no segundo milênio antes de Cristo. Segundo a tradição islamita,
Ka’bah é o único local da Terra tocado pelas forças celestes. Foi também em
Meca que nasceu e está enterrado Maomé (570-652), fundador da religião
islâmica. Situada na Arábia Saudita, a cidade já era ponto de parada de
caravanas e centro comercial muito antes do nascimento do profeta. Mas os
maometanos, também chamados de muçulmanos (hoje cerca de 1,2 bilhão de pessoas
espalhadas pelo mundo), a converteram em sua capital. Pelos preceitos da
religião, todo fiel tem o dever de visitar a cidade ao menos uma vez antes de
morrer. Além disso, onde quer que esteja, tem que rezar cinco vezes por dia
voltado para lá. "Há também a oração do meio-dia de sexta-feira, que
precisa ser feita em uma mesquita, sempre construída apontando para a
Meca", diz Helmi Nasr, professor de línguas orientais da USP.
Quem foi Maomé?
É o profeta e a figura
mais importante do islamismo. Nascido em Meca no ano 570 como Mohammad, passou
a maior parte da vida como mercador analfabeto, mas, aos 40 anos, teria
recebido suas primeiras revelações do arcanjo Gabriel. O fenômeno se repetiu
por 23 anos e deu origem ao Corão, livro sagrado dos islâmicos. Maomé pregou a
devoção a um Deus único (Alá), lutou contra o infanticídio e defendeu a divisão
de terras dos ricos com os pobres, contrariando a classe dominante de Meca. Foi
perseguido e mudou-se para Medina, onde estruturou uma poderosa tropa. Retornou
dois anos depois e ascendeu como líder político. Naquele tempo, a sociedade
árabe era dividida em tribos e clãs, e pode-se dizer que Maomé proporcionou uma
unidade nacional por meio da religião, ajudando a posicionar a nação árabe como
pioneira cultural e científica 200 anos depois.
CONSULTORIA Andréia Frazão, professora do Instituto de História da UFRJ, e Hassan ali Gharib, da Associação Beneficente Islâmica do Brasil
CONSULTORIA Andréia Frazão, professora do Instituto de História da UFRJ, e Hassan ali Gharib, da Associação Beneficente Islâmica do Brasil
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