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Vídeo mostra a temperatura da Terra subir desde 1880 até os dias atuais em tudo em 26 segundos
O vídeo mostra como as emissões de gás produzidos por carros, pela industria e outros afetam o "efeito estufa"
Temperatura da Terra pode subir até 4 graus
Aquecimento deve ocorrer até o fim do século, segundo o Banco Mundial, se o padrão de emissões não for alterado.
20 de novembro de 2012 | 2h 05
Bruno Deiro - O Estado de S.Paulo
Um relatório encomendado pelo Banco Mundial alerta para os efeitos de um aquecimento de 4°C na temperatura do planeta até o fim do século. Caso sejam mantidas as emissões nos níveis atuais, ondas de calor, longos períodos de estiagem, enchentes e outros desastres naturais deixariam de ser eventos ocasionais.
Segundo o estudo, o cenário para 2100 projeta um aumento de temperaturas de forma desigual - em áreas continentais, a temperatura pode subir até 6°C até meados de 2060. Os picos de calor ocorrerão nos países de maior latitude, mas o maior aumento de temperatura média será nos trópicos, com 15% a 20% a mais de elevação no nível do mar do que o restante do planeta. Secas e ciclones também serão mais frequentes nessas regiões, de acordo com o Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto do Clima (PIK).
Em locais como o Mediterrâneo, o norte da África e o Oriente Médio, quase todos os meses de verão devem ser mais quentes do que as ondas de calor extremo sentidas hoje. Em julho, a região do Mediterrâneo poderá ter temperaturas 9° C mais altas que as atuais.
Para o físico Paulo Artaxo, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os países mais pobres podem sofrer mais. "Países em desenvolvimento, como o Brasil, são mais vulneráveis pela falta de estrutura para lidar com desastres naturais. Além disso, temos áreas em que as temperaturas já são elevadas."
Os pesquisadores estimam que desde o período pré-industrial a temperatura já aumentou em 0,8°C. O estudo, porém, deixa claro que se as medidas de redução de emissões forem tomadas nos próximos meses ainda é possível manter o aumento em 2°C nos próximos 80 anos. "Seria o cenário mais otimista. Não é a tábua da salvação, mas poderia evitar desastres maiores", diz Artaxo.
Agricultura
Estudos da Embrapa Informática, com dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), projetam os danos causados por um aquecimento de 2ºC na agricultura do País.
"Há soluções de adaptação, como manejo diferenciado, modificações genéticas e adubagem correta. Culturas como soja, milho, arroz e feijão sofreriam riscos grandes, enquanto que para cana de açúcar e mandioca haveria aspectos positivos", diz Eduardo Assad, agroclimatologista da Embrapa. As regiões Sul e Nordeste seriam as mais atingidas.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,temperatura-da-terra-pode-subir-ate-4-graus--,962451,0.htm
Emissões mundiais de CO2 sobem 2,5% em 2011, diz instituto alemão
A China liderou a lista de maiores emissores no ano, com 8,9 bilhões de toneladas; o 2º lugar ficou com os EUA
13 de novembro de 2012 | 12h 02
Reuters
As emissões globais de dióxido de carbono em 2011 subiram 2,5%, para 34 bilhões de toneladas, um novo recorde, informou o Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR), nesta terça-feira, 13.
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O IWR, que fornece consultoria para ministérios alemães, mencionou a atividade recuperada da indústria após o fim da crise econômica global dos últimos anos.
"Se a tendência atual for mantida, as emissões mundiais de CO2 irão subir outros 20%, para mais de 40 bilhões de toneladas até 2020", afirmou o diretor do instituto, Norbert Allnoch.
A China liderou a lista de emissores em 2011, com 8,9 bilhões de toneladas, um aumento em relação aos 8,3 bilhões do ano anterior. A produção de CO2 da China foi 50% maior que as 6 milhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos. A Índia ficou em terceiro, na frente da Rússia, Japão e Alemanha.
Em maio, a Agência Internacional de Energia disse que as emissões globais de CO2 cresceram 3,2% desde o ano passado, para 31,6 bilhões de toneladas, lideradas pela China.
O IWR tem apresentado há muito tempo propostas para frear o aumento do uso de combustíveis fósseis e estabilizar as emissões globais do dióxido de carbono, ao relacionar a produção de cada país ao investimento obrigatório em equipamentos para proteger o clima e energia renovável.
As emissões mundiais de CO2 estão 50% acima do nível de 1990, o ano tomado como base pelo Protocolo de Kyoto sobre o clima. O primeiro período do Protocolo termina em 31 de dezembro e seguirá direto para um novo período de compromissos.
A extensão do novo período deve ser decidida quando líderes mundiais encontrarem-se em Doha, este mês, para uma cúpula da ONU sobre esforços globais para enfrentar a mudança climática. A cúpula tem como objetivo finalizar um novo acordo até 2015 para redução de emissões, que entraria em vigor em 2020.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,emissoes-mundiais-de-co2-sobem-25-em-2011-diz-instituto-alemao,959774,0.htm
TEMPERATURA DA TERRA
A pesquisa indica que, com o aumento da
temperatura,as populações mais carentes serão as mais atingidas por fenômenos
climáticos como secas, inundações, ondas de calor etc. O estudo salienta que os
problemas afetariam a todos, independente da região do mundo e da comunidade a
que pertencem.
Cidades como Moçambique, Madagascar,
México e Bangladesh poderiam sofrer com a elevação de 0,5 metro a 1 metro do nível do mar até
2100. De acordo com o trabalho, regiões tropicais, subtropicais e áreas
próximas dos polos podem sofrer diversos impactos.
Para os pesquisadores, apesar do quadro
de elevado risco, ainda é possível adotar medidas para que a temperatura do
planeta não ultrapasse mais de 2 graus de acréscimo no período. Para isso seria
necessário adotar uma política sustentada pela comunidade internacional.
No dia 26, no Catar, começa a
Conferência Internacional do Clima, a COP18, que vai discutir um novo tratado
climático global. O Brasil defende a aprovação de uma nova etapa para o Tratado
de Quioto. Esse acordo prevê compromissos internacionais para a redução da
emissão de gases estufa.
Aquecimento - Outra pesquisa, da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), aponta a presença recorde de gases de efeito
estufa na atmosfera em 2011. Segundo a instituição, entre 1990 e 2011, aumentou
30% o efeito do aquecimento sobre o clima por causa das emissões de dióxido de
carbono (CO2) e de outros gases que retêm o calor.
O boletim Gases Estufa 2011 da OMM, que
está sendo lançado hoje, aponta a emissão de 375 bilhões de toneladas de
carbono desde 1750. A
queima de combustíveis fósseis é a principal responsável pelas emissões no
período. Metade desse carbono ainda permanece na atmosfera. A outra parte foi
absorvida por oceanos e pela biosfera.
"Esses bilhões de toneladas de
dióxido de carbono adicionais em nossa atmosfera permanecerão lá por séculos,
fazendo com que nosso planeta se aqueça ainda mais e tenha um impacto sobre
todos os aspectos da vida na Terra", explica o secretário-geral da OMM,
Michel Jarraud. "As emissões futuras só vão piorar a situação."
"Até agora, sumidouros de carbono
absorveram quase a metade do dióxido de carbono emitido pelos seres humanos na
atmosfera, mas isso não vai necessariamente continuar no futuro. Já vimos que
os oceanos estão se tornando mais ácidos como resultado da absorção de dióxido
de carbono, com possíveis repercussões para a cadeia alimentar submarina e
recifes de coral. Há muitas interações adicionais entre gases de efeito estufa,
a biosfera da Terra e os oceanos, e precisamos aumentar a nossa capacidade de monitoramento
e do conhecimento científico, a fim de entender melhor estes fenômenos",
diz Jarraud.
A organização ressalta o fato de o
dióxido de carbono ser o gás de efeito estufa mais importante emitido pelas
atividades humanas. Ele é responsável por 85% do aumento da força radioativa
durante a última década. Também é o gás de efeito estufa mais importante de
longa duração; os outros são o metano e o óxido nitroso.
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