Escrito por Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional

Após o Carnaval, certamente virão excelentes oportunidades no mundo dos concursos públicos. Quanto à nossa Língua, listo hoje importantes pontos gramaticais:

1. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

A partir deste ano, só valerão as novas regras ortográficas e o examinador deve questionar sobre o princípio das mudanças em relação a alguns paroxítonos e em relação ao uso do hífen. Note que "ideia", "estreia", "creem", "enjoo" justificam-se (sem o acento gráfico), por respeito à regra dos paroxítonos.

Sobre o hífen, "pôr do sol", "pé de moleque", "dia a dia" (em função da existência do conectivo) perdem o bendito sinal.

2. PRONOMES
Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos) jamais devem iniciar orações, frases, mensagens.

Caso haja alguma expressão negativa (indefinida), são atraídos para antes do verbo. Veja os exemplos: "Não me julgue." e "Nada o desanima.".

3. VERBO

As bancas examinadoras mais tradicionais costumam cobrar o uso normativo do verbo haver, no sentido de existir. Lembre-se: é invariável. Frases como "Houveram desistências." ou "Devem haver propostas." representam grave desvio em relação à língua-padrão.

4. CONJUNÇÃO

Procure fazer uma lista com as conjunções mais "perigosas". É sempre frequente o CESPE afirmar que "conquanto" é sinônimo de "porquanto". Jamais! Conquanto é "apesar de que", "mesmo que"; porquanto é "porque".

5. VÍRGULA

O bom uso da vírgula está condicionado a uma boa visão sintática. Em nossa Língua, as orações pautam-se - na ordem direta - pela relação sujeito-verbo-complemento.

Tal estrutura, de S-V-C, não deve fazer uso de vírgula isolada. Em outras palavras: entre sujeito e verbo (e entre verbo e complemento), não se usa vírgula.


Um grande abraço e até a próxima,
Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva


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